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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sea Shepherd expulsa pescadores de baleia de zona protegida na Antártica



Navio-fábrica da frota baleeira japonesa, o Nisshin Maru, é responsável pelo processamento de todas as baleias caçadas no Oceano Antártico
Navio-fábrica da frota baleeira japonesa, o Nisshin Maru, é responsável pelo processamento de todas as baleias caçadas no Oceano Antártico. Foto cedida pela Alfândega australiana. Fonte: Sea Shepherd

A organização não governamental (ONG) ambientalista Sea Shepherd informou que conseguiu expulsar o navio-fábrica japonês Nisshin Maru do Santuário das Baleias do Oceano Austral, área protegida pelo Tratado Antártico e interromper a captura irregular de baleias no continente gelado.
Em comunicado, a Sea Shepherd acrescentou que o Nisshin Maru está deixando a região, sem possibilidade de parar para caçar baleias nas áreas que fixou para as suas atividades. Os navios japoneses se separaram sem poder capturar a espécie, depois de uma perseguição pela frota da ONG ao longo de 580 quilômetros.
“Em um dia e meio, levamos toda a frota de pesca de baleia ao caos”, comentou o capitão do Barco Steve Irwin, Siddharth Chakravarty, em declarações citadas pela agência local AAP.
A Sea Shepherd informou que os seus três navios, em que viajam 100 ativistas de 21 países, continuarão a vigiar os mares antárticos para evitar que a frota japonesa capture baleias no Santuário Austral, onde é proibida a captura comercial desses mamíferos.
Os ambientalistas denunciaram nessa segunda-feira que os pescadores japoneses tinham matado baleias dentro da zona protegida e divulgaram imagens de espécies mortas a bordo do Nisshin Maru.
A Sea Shepherd considera que o Japão viola a regra internacional estabelecida em 1986 sobre a pesca comercial de baleias, embora o governo de Tóquio garanta que as capturas têm fins científicos. A frota da Sea Shepherd, composta pelos barcos Steve Irwin, Bob Barker e Sam Simon, promove a sua campanha anual contra os pescadores japoneses na Antártica, que desde 1987 caçam baleias alegando fins científicos.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Graça Adjuto / EcoDebate
Matéria da Agência Brasil*, publicada pelo EcoDebate, 07/01/2014

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