O presidente norte-americano Barack Obama declarou nesta terça-feira (28), durante o tradicional discurso sobre o Estado da União, que não há razão para continuar havendo uma discussão sobre a existência ou não das mudanças climáticas.
“A transição para uma economia baseada em energia mais limpa não acontecerá em uma noite, e exigirá escolhas difíceis ao longo do caminho. Mas o debate está resolvido. As mudanças climáticas são um fato”, declarou.
“E quando os filhos de nossos filhos nos olharem nos olhos e perguntarem se fizemos tudo o que podíamos para deixar a eles um mundo mais seguro e estável, com novas fontes de energia, quero que sejamos capazes de dizer: ‘sim, fizemos’”, continuou.
Obama afirmou que combater as mudanças climáticas continua a ser uma prioridade neste seu segundo mandato. Um dos principais pontos da luta do presidente contra o aquecimento global é uma regulamentação da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA revelada em junho de 2013, que limitará as emissões de carbono das atuais e futuras usinas de energia, as maiores fontes de gases do efeito estufa.
Ele disse que pretende adotar várias medidas atuais e novas para expandir a produção de energia limpa, enfatizando que, para isso, usará de seus poderes como chefe executivo, que não dependem da ação do Congresso, que se mostra dividido sobre estas questões.
De fato, o discurso do presidente dos EUA foi ovacionado pela maioria dos Democratas, mas alguns deles, como o senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, um estado que é grande produtor de carvão, não pareceram entusiasmados com o posicionamento do norte-americano. Já a maioria dos Republicanos, como a representante do partido Michelle Bachmann, se mostraram claramente contrariados.
Entre as propostas citadas por Obama estão um plano de novos incentivos para que a frota do país de veículos de carga de médio e grande porte funcione com gás natural e combustíveis alternativos. Esses incentivos complementarão os novos padrões de eficiência de combustíveis que a EPA e o Departamento de Transporte emitirão no final deste ano para veículos de carga de grande porte.
O presidente também quer impulsionar o uso do gás natural no transporte e na indústria, mas observou que sua administração está trabalhando para desenvolver novos padrões ambientais para a exploração de petróleo e gás em terras públicas e para reduzir as emissões de metano.
Um dos assuntos mais polêmicos do setor energético, contudo, não foi abordado: a proposta do oleoduto Keystone XL, que ligaria o Canadá ao Golfo do México. Defensores do projeto alegam que o oleoduto criaria milhares de empregos e reduziria os custos dos combustíveis, diminuindo a dependência do país em importações de petróleo. Já críticos alertam que o Keystone XL prejudicaria o meio ambiente e aceleraria as mudanças climáticas.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
“A transição para uma economia baseada em energia mais limpa não acontecerá em uma noite, e exigirá escolhas difíceis ao longo do caminho. Mas o debate está resolvido. As mudanças climáticas são um fato”, declarou.
“E quando os filhos de nossos filhos nos olharem nos olhos e perguntarem se fizemos tudo o que podíamos para deixar a eles um mundo mais seguro e estável, com novas fontes de energia, quero que sejamos capazes de dizer: ‘sim, fizemos’”, continuou.
Obama afirmou que combater as mudanças climáticas continua a ser uma prioridade neste seu segundo mandato. Um dos principais pontos da luta do presidente contra o aquecimento global é uma regulamentação da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA revelada em junho de 2013, que limitará as emissões de carbono das atuais e futuras usinas de energia, as maiores fontes de gases do efeito estufa.
Ele disse que pretende adotar várias medidas atuais e novas para expandir a produção de energia limpa, enfatizando que, para isso, usará de seus poderes como chefe executivo, que não dependem da ação do Congresso, que se mostra dividido sobre estas questões.
De fato, o discurso do presidente dos EUA foi ovacionado pela maioria dos Democratas, mas alguns deles, como o senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, um estado que é grande produtor de carvão, não pareceram entusiasmados com o posicionamento do norte-americano. Já a maioria dos Republicanos, como a representante do partido Michelle Bachmann, se mostraram claramente contrariados.
Entre as propostas citadas por Obama estão um plano de novos incentivos para que a frota do país de veículos de carga de médio e grande porte funcione com gás natural e combustíveis alternativos. Esses incentivos complementarão os novos padrões de eficiência de combustíveis que a EPA e o Departamento de Transporte emitirão no final deste ano para veículos de carga de grande porte.
O presidente também quer impulsionar o uso do gás natural no transporte e na indústria, mas observou que sua administração está trabalhando para desenvolver novos padrões ambientais para a exploração de petróleo e gás em terras públicas e para reduzir as emissões de metano.
Um dos assuntos mais polêmicos do setor energético, contudo, não foi abordado: a proposta do oleoduto Keystone XL, que ligaria o Canadá ao Golfo do México. Defensores do projeto alegam que o oleoduto criaria milhares de empregos e reduziria os custos dos combustíveis, diminuindo a dependência do país em importações de petróleo. Já críticos alertam que o Keystone XL prejudicaria o meio ambiente e aceleraria as mudanças climáticas.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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