As descobertas reforçam a reputação da bacia do Amazonas como sendo o pulmão do planeta – e não a floresta amazônica -, absorvendo o dióxido de carbono e liberando oxigênio.
Anteriormente, acreditava-se que grande parte dessa matéria vegetal flutuava pelo rio Amazonas até o oceano, onde, finalmente, ficava enterrada no fundo do mar.
Uma década atrás, os cientistas da Universidade de Washington descobriram que os rios exalavam grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, mas ainda não se sabia se – ou como – as bactérias podiam quebrar tais materiais.
Um composto chamado lignina constitui a parte principal do tecido lenhoso de uma árvore, e é o segundo componente mais comum em plantas terrestres. Mas ao invés de fluir para os oceanos e acabar no fundo do mar por séculos ou milênios, o estudo observou que as bactérias no rio Amazonas podem quebrar lignina dentro de duas semanas.
Segundo os cientistas, apenas 5% do carbono à base de plantas da floresta amazônica acaba chegando ao oceano.
“É uma surpresa o mecanismo e o papel dos rios no ciclo global do carbono”, disse Richey.
A partir da análise dos pesquisadores, eles determinaram que cerca de 40% da lignina da Amazônia cai nos solos, 55% é digerido por bactérias no sistema do rio, e 5% é levado para os oceanos, onde se decompõe ou se acumulam no fundo.
Fonte: HypeScience / LiveScience.
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