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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Cientistas registram aumento do degelo no oeste da Antártida


Cientistas registram aumento do degelo no oeste da Antártida
Imagem: CPOM/ESA

A cobertura de gelo no oeste da Antártida parece estar recuando muito mais do que alguns anos atrás, revelou um estudo climático da Agência Espacial Europeia (ESA). Matéria da AFP, no UOL Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.
Estudos anteriores, realizados entre 2005 e 2010, estimaram que a cobertura de gelo contribuiu com 0,28 milímetro ao ano para a elevação do nível do mar.
Mas três anos de observações do satélite europeu de monitoramento do gelo CryoSat sugerem que a contribuição agora seria 15% maior.
A cobertura de gelo está perdendo cerca de 150 quilômetros cúbicos de gelo por ano, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA) em um comunicado de imprensa.
O fenômeno está vinculado a um afinamento nos fluxos de gelo em três grandes geleias – Pine Island, Thwaites e Smith -, afirmou o cientista polar Malcolm McMillan, na Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.
“Nós achamos que o afinamento do gelo continua a ser mais pronunciado ao longo de cursos de gelo de escoamento rápido neste setor e seus tributários, com taxas de redução de quatro a oito metros ao ano perto da linha do solo, onde os cursos de gelo se desprendem da terra e começam a flutuar no oceano”, afirmou.
Climatologistas observam com preocupação as poderosas coberturas de gelo da Groenlândia e da Antártida.
Ali permanecem muitas dúvidas sobre como este gelo armazenado está respondendo ao aquecimento global, mas a perda de apenas uma parte significativa dele ameaçaria cidades costeiras vulneráveis.
A média do nível do mar global subiu 19 centímetros entre 1901-2010, uma média de 1,7 milímetro ao ano, e acelerou para 3,2 milímetro ao ano entre 1993 e 2010.
Em setembro, o painel de especialistas em clima informou em seu Quinto Relatório de Avaliação que a perda de cobertura de gelo na Groenlândia tinha, provavelmente, aumentado de 34 bilhões de toneladas ao ano na década até 2001 para 215 bilhões de toneladas ao ano na década seguinte.
Na Antártida, a taxa de perda provavelmente aumentou de 30 bilhões de toneladas ao ano para 147 bilhões de toneladas ao ano na mesma escala de tempo, destacou o painel.
A maior parte da perda ocorreu na península do norte da Antártida, considerada um “ponto quente” onde a taxa de aquecimento corresponde a várias vezes a média global, e na região do mar de Amundsen, no oeste da Antártida, emendou.
O CryoSat usa um radar que mede a variação da altura do gelo com precisão elevada, permitindo aos cientistas calcular o volume da cobertura de gelo.
As novas descobertas foram apresentadas em um encontro em San Francisco, Califórnia, da American Geophysical Union, informou a ESA.
EcoDebate, 02/01/2014

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