Homenagem a Augusto Carneiro, feita na abertura do II Congresso Brasileiros de Jornalismo Ambiental, emocionou e teve contornos de simplicidade. | ||||
Por Vera Mari Damian, especial para a EcoAgência Por estas e outras iniciativas, a estratégia resultou num dos estados pioneiros no país na luta ambiental. A homenagem a Augusto Carneiro feita na abertura do II Congresso Brasileiros de Jornalismo Ambiental emocionou e teve contornos de simplicidade, marca registrada também na sua vida de militante. Muitos dos profissionais ali presentes são filhotes da rede de informações de Carneiro e que hoje militam para difundir jornalismo ambiental no máximo de mídias possíveis. O II Congresso Brasileiros de Jornalismo Ambiental iniciou ontem, 10 e outubro, em Porto Alegre-RS e segue até o dia 12 reunido profissionais e estudantes para debater melhores práticas para pesquisar e difundir informações sobre o tema. A programação inclui palestra e Mostra de Vídeos, entre eles um filme sobre a vida de Carneiro, de autoria de Clarinha Glock. Ao 85 anos e idade, Carneiro segue perseverante em sua prática na criação de redes. Todos os sábados, lá está ele na Feira de Agricultores Ecologistas da Coolméia, em Porto Alegre, com sua banca de textos e livros para fomentar a conscientização ecológica. Os jornalistas ambientais agradem. Fundador da Agapan Nascido em Porto Alegre, em 31 de dezembro de 1922, Augusto César Cunha Carneiro foi um dos fundadores da Feira do Livro de Porto Alegre, há 50 anos, com a banca da Livraria Farroupilha, organismo do Partido Comunista. Foi contador, servidor da Justiça do Trabalho e, finalmente, advogado. Ainda antes de se aposentar, no final da década de 1950, acompanhava as crônicas de Henrique Roessler, no suplemento rural do Correio do Povo, como fiscal de caça no Estado. Morto o personagem que corria atrás de caçadores na região do Vale dos Sinos, Aparados da Serra e arredores, muita gente ficou órfã da UPN – União Protetora da Natureza, que centralizava a atuação em defesa do meio ambiente. Em 1970, José Lutzenberger retornou a Porto Alegre cheio de novas idéias, atualizado com o que havia de melhor na militância no mundo. Carneiro, juntamente com Lutzenberger, Juarez e Hilda Zimmermann e outros honoráveis da Academia, fundou a AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural em 1971. Em 1988, ajudou Lutzenberger a fundar a Fundação Gaia. Militou também na Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, núcleo gaúcho, e é presidente da PANGEA – Associação Ambientalista. Mais do que um simples militante, Carneiro continua sendo o mesmo depois dos 80 anos de vida é a principal referência na divulgação das boas idéias ambientalistas. Foi através da distribuição de textos que fazia via correios ou pessoalmente em eventos, feiras e encontros, muito antes de existir a Internet, que Carneiro fez as idéias de Lutzenberger se tornarem conhecidas no Brasil. Carneiro tem um lado prático bastante acentuado. Batalhou pela criação e manutenção de várias Unidades de Conservação no Rio Grande do Sul, entre elas, a Estação Ecológica do Taim, a Estação Ecológica Aracuri/Esmeralda, em Aracuri (reduto do papagaio-charão), a Reserva Biológica do Lami, em Porto Alegre, o Parque da Guarita, em Torres, o Parque Estadual de Itapuã e o Parque Estadual Delta do Jacuí, entre outros.EcoAgência de Notícias |
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terça-feira, 8 de maio de 2012
Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental : homenagem a Augusto Carneiro
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