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quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Kimberly-Clark afirma que não transformará mais a floresta boreal em lenços de papel
Após cinco anos de pressão, empresa se compromete com a proteção das florestas do Canadá.
A fabricante de lenços de papel e papel higiênico Kimberly-Clark anunciou nesta quarta-feira (05/08) que não pretende utilizar mais qualquer fibra proveniente de florestas ameaçadas ou importantes para conservação. O Greenpeace, que trabalhou com a empresa na definição dos pontos de sua política, também anuncia o fim de sua campanha de cinco anos contra a Kimberly-Clark, detentora das marcas Kleenex, Scott e Huggies.
“O dia de hoje representa uma vitória para o Greenpeace e para todas as florestas primárias, em especial para a floresta boreal”, afirmou Richard Brooks, do Greenpeace do Canadá. “Esta nova relação entre Kimberly-Clark e Greenpeace representa uma diminuição significativa na pressão da indústria de papel sobre as florestas.”
A empresa se comprometeu em aumentar a utilização de fibras certificadas e recicladas nos próximos dois anos. Pelo menos 40% de toda a matéria-prima utilizada na América do Norte virá de uma dessas fontes, um aumento de 70% em relação ao consumo em 2007. “O uso de fibras certificadas e recicladas, além de ser ambientalmente responsável, continuará fornecendo produtos de qualidade aos nossos clientes e consumidores. Agradecemos o Greenpeace por ter nos ajudado a desenvolver padrões de produção mais sustentáveis”, disse Suhas Apte, vice-presidente da área de sustentabilidade da Kimberly-Clark.
A Kimberly-Clark se comprometeu também em zerar gradualmente a utilização de celulose da floresta boreal do Canadá sem selo de origem até 2012. A floresta do Canadá é a maior e mais antiga da América do Norte, abriga animais selvagens ameaçados e é um santuário para milhões de aves migratórias. Além disso, a floresta é o maior estoque terrestre de carbono do planeta, armazenando o equivalente a 27 anos de emissões globais de gases-estufa.
A empresa ainda afirmou seu compromisso em dar preferência à reciclagem de fibras já usadas ao invés das sobras virgens; a não usar madeira proveniente de áreas de conflito ou retirada ilegalmente; apoiar iniciativas para identificação e mapeamento de florestas ameaçadas e importantes para conservação; apoiar a certificação de origem da fibra, financeiramente e no desenvolvimento de políticas; e disponibilizar publicamente os relatórios que permitam a verificação do cumprimento do acordo e que balizem o cancelamento de contratos com os fornecedores que não respeitem as novas normas.
“Essa vitória é a prova de que quando empresas responsáveis e Greenpeace se unem, os resultados podem ser bons para os negócios e excelentes para o planeta”, disse Scott Paul, do Greenpeace dos EUA. “Os esforços da Kimberly-Clark são um desafio para seus concorrentes. Espero que outras empresas estejam atentas a esse novo rumo do mercado e também decidam se adequar.”
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FONTE : Redação do Greenpeace, Washington, D.C. (Envolverde/Greenpeace)
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