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Biodiversidade
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Organizações criticam marco da biodiversidade
Proposta para revisar a lei sobre pesquisa científica e exploração do patrimônio genético de plantas e animais nativos gera conflitos entre ambientalistas, índios e farmacêuticas. Texto, aprovado pela Câmara, tramitará em regime de urgência no Senado. Comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares reclamam que não participaram da elaboração e da tramitação das novas regras. “O resultado desse processo em que imperou o lobby da indústria foi um projeto em que há um evidente desequilíbrio”, afirma Mauricio Guetta, do Instituto Socioambiental. Na sexta-feira, 80 organizações entregaram ao MMA um documento com 17 pontos contrários à proposta - CB, 1/3, Brasil, p.6. |
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Energia
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A chinesa State Grid, empresa que venceu o leilão para construir a principal linha de transmissão de Belo Monte, decidiu pegar um "atalho" para iniciar as obras e evitar atrasos no projeto. Os chineses negociam com o Ibama uma autorização parcial ao empreendimento para instalar os canteiros de obra ao longo do traçado de 2.087 km de extensão da malha. Essa autorização driblaria a necessidade de conseguir, antes de qualquer tipo de intervenção, a licença de instalação do projeto, documento que libera o início das obras. O recurso foi usado em 2011 no licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte. O caso está na Justiça, em processo movido pelo Ministério Público Federal do Estado, que alega a ilegalidade do instrumento - OESP, 28/2, Economia, p.B11. |
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O consórcio Norte Energia tem seis meses para concluir a desapropriação de mais de 2 mil imóveis localizados na área impactada pela hidrelétrica de Belo Monte, em construção na região de Altamira (PA). A meta é do próprio consórcio, que pretende iniciar o enchimento da represa no dia 15 de setembro. Antes de fechar a represa, a Norte Energia precisa chegar a um acordo sobre os reassentamentos com milhares de famílias ainda não atendidas, além de ter de desobstruir a área que será inundada pelo lago. O reassentamento total das mais de 20 mil pessoas atingidas pela hidrelétrica sempre foi uma das ações compensatórias mais atrasadas da usina. - OESP, 28/2, Economia, p.B11. |
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O Ministério Público Federal no Pará e o Instituto Socioambiental criticam o atraso no atendimento a diversas ações compensatórias aos povos indígenas atingidos por Belo Monte, descumprimentos que o consórcio nega. Um levantamento que acaba de ser concluído pela Fundação Getúlio Vargas aponta que muitos dos recursos gastos pelos empreendedores em ações compensatórias da usina - como na área de educação e em obras de saneamento - não refletiram em melhoria da prestação do serviço para a população, principalmente pela falta de contrapartida do poder público local - OESP, 28/2, Economia, p.B11. |
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Painéis de energia solar serão lançados como 'boias' na represa de uma hidrelétrica do Grupo Votorantim, em um projeto desenvolvido em parceria com o centro de pesquisas CSEM Brasil. A Votorantim espera elevar a geração de eletricidade sem mudança na usina. Nova placa permite geração solar em carros e fachadas de prédios - Valor Econômico, 2/3, Empresas, p.B1. |
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Depois de aumentar a taxa de retorno dos empreendimentos de transmissão, com o propósito de atrair mais investidores para esses projetos, o governo pretende esticar o prazo para conclusão dessas obras. Tradicionalmente, os contratos de transmissão preveem prazos de três anos para conclusão dos projetos. Nesse período, o empreendedor fica responsável por conseguir todas as licenças ambientais do projeto (licenças prévia, de instalação e de operação) e entregar a linha em pleno funcionamento. Dos três anos previstos, um seria dedicado à emissão das autorizações ambientais e os outros dois às obras. A realidade, porém, é que os empreendimentos têm demandado bem mais tempo que isso - OESP, 28/2, Economia, p.B11. |
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"Que ninguém quer ficar sem energia, isso é um fato. Ocorre que a construção de barragens e toda a infraestrutura para geração de energia não se faz sem um alto custo social. Até que ponto esse nosso desejo de não ficar no escuro justifica que milhares de pessoas, vivendo especialmente na Amazônia, tenham seus direitos violados? Não podemos inverter as coisas e aceitar que a aceleração de processos, que inevitavelmente acarretarão flexibilização de direitos, seja a solução. Não são os atrasos que geram prejuízos e apagão, mas a falta de planejamento, que subdimensiona a complexidade da instalação desses empreendimentos, gerando atrasos, violação de direitos e apagão", artigo de Flávia Scabin e Thiago Acca - OESP, 1/3, Aliás, p.E9. |
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Amazônia
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Ficou pronta em janeiro no meio da floresta amazônica a torre do projeto ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), em São Sebastião do Uatumã (AM), que servirá para estudar a interação entre a mata e o clima. A torre de 325 metros -um a mais que a torre Eiffel- terá instrumentos em diferentes alturas para medir a concentração de gás carbônico, metano, óxido nitroso, ozônio e outros gases, além de estudar o fluxo de vapor d'água e de aerossóis, importantes na formação de nuvens. "Queremos colocar a torre para funcionar uns 30 anos, no mínimo, e acompanhar os impactos da mudança climática na floresta", diz Antônio Manzi, pesquisador do Inpa - FSP, 2/3, Ciência, p.C7. |
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Google lança hoje a segunda fase de projeto Street View Amazônia. O trabalho realizado em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável mostra, por meio de imagens captadas em 360o, a rotina dos povos que habitam áreas protegidas e preservadas da Floresta Amazônica, além dos tipos de vegetação que formam esse ambiente. O Internauta poderá 'caminhar' por trilhas em matas fechadas e ter a visão de cima da copa das árvores. A área escolhida representa mais de 900 mil hectares de floresta e encontra-se nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável do Juma e Madeira - O Globo, 2/3, Sociedade, p.22. |
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Cidades
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"Passam despercebidos da mídia e da população projetos como a implementação dos Corredores Verdes na Zona Oeste, o Mutirão Reflorestamento, que mudou o panorama das encostas da cidade, e a Trilha Transcarioca, que pretende ligar com corredores ecológicos as matas cariocas, gerando emprego e renda. São projetos tocados pelo terceiro escalão do governo, com ajuda de ONGs ambientais e milhares de braços voluntários. Reúnem adeptos e entusiastas. É um movimento de baixo para cima, que, cada vez mais forte, se organiza para tornar a cidade mais limpa, mais verde, mais sustentável e mais bonita. É um movimento quase subterrâneo de cidadãos cariocas, orgulhosos dos 450 anos de sua cidade, mas que almejam um quinto centenário com uma natureza restaurada, que torne o Rio de Janeiro uma referência mundial em meio ambiente", artigo de Pedro da Cunha e Menezes - O Globo, 1/3, Rio 450 anos, p.21. |
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Água
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A causa do desabastecimento tem nome: redução de pressão na rede de abastecimento, nas palavras do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Na prática, porém, é um racionamento. Neste mês, a operação que reduz a força com que a água é enviada às casas completou um ano de transtornos aos moradores da Grande SP, em especial aqueles de bairros altos da periferia e distantes dos reservatórios da Sabesp. A operação se transformou na principal ferramenta do governo tucano para economizar água em meio à grave crise de abastecimento. O governo estima que ao menos 200 mil pessoas vivam o problema do desabastecimento de maneira drástica. Os efeitos, porém, atingem um número incontável de pessoas de todas as regiões da cidade - FSP, 28/2, Cotidiano, p.C1. |
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Os cerca de 15 mil pescadores de Sepetiba são sobreviventes. Ausência total de fiscalização por parte do poder público, acúmulo de metais pesados e a pesca predatória formam o tripé insustentável da quinta maior baía brasileira. Encravada numa região com 450 indústrias - incluindo atividades siderúrgicas de alto impacto -, a Baía de Sepetiba sofre com um passado de agressões ao meio ambiente. Estudos recentes do oceanógrafo e professor da UFF Julio Cesar Wasserman apontam para concentrações intoleráveis de metais pesados nos sedimentos da baía. Em alguns pontos, foram detectados quatro mil ppm (partes por milhão) de zinco, quando o limite seguro é de 50 ppm - O Globo, 1/3, Rio, p.14. |
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O ecossistema da Baía de Sepetiba supera o da Baía de Guanabara em produção pesqueira. Somente a Associação de Pescadores Artesanais de Sepetiba, que reúne 224 pessoas, produz em média 300 toneladas de pescado por mês. O governo do estado ainda está mapeando a situação de toda a Baía de Sepetiba, mas, somente em Itaguaí, já foram identificadas 114 comunidades de pesca. Apesar dos índices elevados de metais pesados, a qualidade da água, no geral, tem melhorado nos últimos anos. Estudo feito pela Marinha mostra decréscimo no acúmulo de metais pesados em brânquias, fígados e músculos retirados de carapebas, bagres e corvinas, de 2011 a 2014 - O Globo, 1/3, Rio, p.16. |
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Após atingir o nível mais baixo da história no início deste mês, o Sistema Cantareira encerra fevereiro com a maior entrada de água nas represas em quase dois anos. Desde março de 2013, o manancial que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo não registrava volume tão favorável, com 36,4 mil litros por segundo, vazão três vezes maior do que em janeiro passado e fevereiro de 2014, que foi de 8,5 mil litros por segundo. O aumento da vazão foi provocado pela volta das chuvas na região dos rios e represas que formam o sistema. A pluviometria em fevereiro ficou 47,5% acima do esperado - OESP, 28/2, Metrópole, p.E6. |
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Alckmin descarta levar água do litoral sul para a capital
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou ontem o uso da água de rios da serra do litoral sul paulista para abastecer a Grande São Paulo. O motivo seria o alto custo de energia elétrica que precisaria ser empregada no processo - várias bombas trariam a água do litoral para o planalto - OESP, 28/2, Metrópole, p.E6. |
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Com a crise de abastecimento enfrentada hoje por São Paulo, a cidade pode pedir conselhos a Israel. Encravado em uma região próxima ao deserto do Saara e à península Arábica, Israel consome 2,1 quatrilhões de litros de água ao ano -o Estado de São Paulo consome 4,8 quatrilhões por ano. Mas os recursos naturais de Israel só garantem por ano, hoje, 750 trilhões de litros cúbicos de água. O país, nas últimas décadas, investiu em tecnologias. Como resultado, Israel recicla 80% de seu esgoto e dessaliniza o suficiente para garantir 25% do consumo. Ninguém fica sem água - FSP, 1/3, Cotidiano, p.C4. |
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Com todo o investimento na reciclagem e dessalinização de água, não adiantaria ver, em seguida, o líquido indo embora por vazamentos no sistema de distribuição. Assim, Israel investe também em tecnologias para o controle desse desperdício. Hoje, o país vê apenas de 5% a 10% de sua água vazar. Em São Paulo, incluindo ligações clandestinas, o desperdício está em 34,3% - FSP, 1/3, Cotidiano, p.C4. |
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