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segunda-feira, 23 de março de 2015

Arara azul rara no Brasil é encontrada abandonada em rodovia no Rio


Arara-Azul-de-Lear foi encontrada abandonada (Crédito: Divulgação/Clínica de Recuperação de Animais )
Arara-Azul-de-Lear foi encontrada abandonada (Crédito: Divulgação/Clínica de Recuperação de Animais )
Uma Arara-Azul-de-Lear, espécie ameaçada de extinção, foi encontrada abandonada às margens de uma via de acesso à rodovia BR-101, em Macaé, no Norte Fluminense do Rio. A espécie é a segunda ave mais rara do Brasil e uma das mais raras do mundo. Apenas 1200 araras habitam hoje o nordeste da Bahia. Como o animal foi parar em Macaé é um mistério. A principal suspeita é que a ave tenha sido vítima de tráfico de animais.
“Recebemos uma denúncia de um senhor que conta ter visto um homem em um carro parar e deixar uma caixa fechada na beira da estrada. Ele diz que a caixa estava se mexendo e que achou até que era uma criança. Ao abrir, se deparou com o animal”, conta o inspetor Jaílton de Oliveira Conceição, da Guarda Ambiental de Macaé.
A arara foi encontrada com sérios problemas, decorrentes de uma vida em cativeiro, segundo o biólogo Jeferson Pires, responsável pela Clínica de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade Estácio de Sá, em Vargem Pequena, para onde a ave foi levada.
“A gente consegue perceber que esse animal não estava bem tratado em cativeiro. A arara não tem nenhuma pena na asa e no rabo. Como ela é um animal muito inteligente, nascido para viver livre, não fica bem em cativeiro e começa a se mutilar e arrancar as próprias asas”, explica o biólogo.
Segundo o inspetor Jaílton, possivelmente a arara foi abandonada quando passou a se automutilar.
“É uma covardia o que esse cidadão fez. A gente imagina que a pessoa abandonou por não querer cuidar do animal quando ele começou a ficar doente”, diz.
A ave está em quarentena na clínica, isolada dos demais animais, sob autorização do Programa de Conservação da Arara-Azul-de-Lear, coordenado pelo Cemave-ICMbio. De acordo com Jeferson Pires, o animal passará por diversos exames e testes para depois ser encaminhado ao programa de conservação.
“Assim que a ave estabilizar será definido para onde ela vai, provavelmente para projetos de reprodução. Dificilmente, a arara volta para a natureza porque não é fácil para o animal se adaptar”, afirma.
O tráfico de animais é crime inafiançável, com pena de 2 a 8 anos de prisão.

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