A programação completa está disponível no site da Mostra. Confira!
De 19 a 29 de março de 2015, longas, médias e curtas metragens focados na temática ambiental, grande parte deles inéditos no Brasil, serão exibidos nas salas de cinema na capital paulista. São 65 filmes, vindos de 23 países.
A 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, que acontece anualmente na cidade de São Paulo, traz como um dos destaques a pré-estreia do documentário “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. A produção foi indicada ao Oscar de melhor documentário.
"Sal da Terra", de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado
“Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado

Outra pré-estreia será o filme “No Meio do Rio, Entre as Árvores”, de Jorge Bodanzky, que será o cineasta homenageado este ano pela Mostra.
A água é um tema que se destaca nesta edição da Mostra, tanto na Sessão Especial com os filmes “A Crise Global da Água” e “Quem Controla a Água?”, como em filmes da Competição Latino Americana e em todo o Panorama Histórico, para o qual foram selecionados filmes de cineastas como Elia Kazan, Jean Renoir e Glauber Rocha sobre o tema rios. A Sessão Especial acontece no dia 28/03 no Centro Cultural São Paulo, com exibição de filmes às 17h e 19h e debate a partir das 20h30.
“A 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental se consolida como a maior mostra temática de meio ambiente do Brasil, ao mesmo tempo em que o sudeste do país enfrenta sua maior crise ambiental. A mostra já vem antecipando desde sua primeira edição, por meio dos filmes e de debates, esse colapso que testemunhamos”, afirma o diretor da Mostra, Chico Guariba. “Neste ano também consolidamos a competição latino americana com a exibição de 07 longas, o que reflete o amadurecimento desta produção no Brasil e na América Latina”.
"No Meio do Rio, Entre as Árvores", de Jorge Bodanzky
“No Meio do Rio, Entre as Árvores”, de Jorge Bodanzky

A Mostra inclui seis programas: Mostra Contemporânea Internacional, Panorama Histórico, Homenagem, Competição Latino-Americana, Circuito Universitário e Mostra Escola.
A Mostra contemporânea traz filmes de diversas partes do mundo, classificados nas temáticas Cidades, Energia, Biodiversidade, Recursos Naturais, Consumo e Povos e Lugares. São filmes que raramente entram em circuito de cinema no Brasil, e que já foram exibidos em grandes festivais como Berlim, Tribeca, Sundance, Cannes, Locarno, Hot Docs, CinemAmbiente, dentre outros. Serão realizados debates a partir da exibição de seis filmes, com a presença de diretores, especialistas e formadores de opinião.
No Panorama Histórico serão exibidos cinco filmes sobre o tema rios, reunindo produções de diretores e épocas diversas. Aqui temos produções de Glauber Rocha, Ozualdo Candeias, Jean Renoir, Elia Kazan e Youssef Chahine. De Chahine, a Mostra exibe o filme Um dia, O Nilo, raridade cuja única cópia existente é propriedade da Cinemateca Francesa. O filme aborda a construção da represa de Assuã, de dimensões monumentais, que trouxe impactos profundos, como enfatizado pelo diretor. Para alterar o curso do rio Nilo, um território ancestral foi inundado e o povo que ali vivia, guardião de uma cultura milenar, desterritorializado.
"Um Dia, o Nilo", do egipcio Youssef Chahine
“Um Dia, o Nilo”, do egipcio Youssef Chahine

Competição Latino-Americana recebeu inscrições de 09 países, dentre curtas e longas. Foram selecionados 12 filmes para exibição. As produções nacionais tiveram aumento significativo na participação: cinco dos filmes escolhidos são brasileiros. Outras nacionalidades contempladas são Argentina, Colômbia, Chile, México e Uruguai. São três os prêmios concedidos: melhor filme eleito pelo júri, melhor filme escolhido pelo público e menção honrosa. O público poderá votar durante as sessões. O júri deste ano é composto pelos cineastas Tata Amaral, Toni Venturi e Francisco Galvão de França, que é também Coordenador de Programação do Sesc Piracicaba.
A Mostra promove uma Homenagem ao realizador brasileiro Jorge Bodanzky, exibindo obras clássicas como “Iracema – Uma Transa Amazônica” (1974, codirigido com e Orlando Senna, produções dos anos 1970/1980 (“Jari”, “Terceiro Milênio”), trabalhos mais recentes, ainda de pouca circulação. “A Propósito de Tristes Trópicos” refaz a viagem que o antropólogo Claude Lévi-Strauss realizou no Mato Grosso nos anos 1935 e 1938 e que resultou no livro ‘Tristes Trópicos’. Já “Pandemonium” investiga o impacto das mudanças climáticas e os novos desafios na área energética. Finalmente, em “No Meio do Rio, Entre as Árvores” aborda o cotidiano de pessoas da região do Alto Xingu. Um encontro com o cineasta completa a seção Homenagem.
O Circuito Universitário leva a estudantes universitários filmes de edições anteriores da Mostra, como ‘aquecimento’ para a Mostra nas salas de cinema e como forma de incentivar a formação de público e o debate junto aos alunos. Os filmes exibidos este ano retratam questões como lixo, água, urbanização e a Amazônia. Participam do Circuito Universitário este ano Faculdade de Saúde Pública da USP, EACH-USP Leste, Faculdade Cásper Líbero, Senac, Mackenzie e FAAP. Os filmes serão exibidos nas próprias unidades, seguidos de debate com professores.
A Mostra Escola acontece no Centro Cultural São Paulo, voltada a estudantes de Ensino Médio e Fundamental. Serão exibidos os filmes “A Crise Global da Água”, “A Escala Humana”, “Trashed” e “Amazônia Desconhecida”.
"Amazônia Desconhecida", de Daniel Augusto e Eduardo Rajabally
“Amazônia Desconhecida”, de Daniel Augusto e Eduardo Rajabally

As sessões acontecem em salas de cinemas da cidade de São Paulo: Caixa Belas Artes, Reserva Cultural, Cine Olido, Cinemateca Brasileira e Centro Cultural São Paulo (CCSP). A entrada é gratuita, exceto no CCSP, que cobra uma taxa de manutenção de R$1,00 por pessoa.
Desde sua primeira edição, em 2012, a Mostra já atingiu 52 mil pessoas, exibindo 176 filmes em mais de 70 espaços em 17 cidades. Foram promovidos 70 debates. Além da Mostra principal, que acontece na capital paulista, uma versão pocket da programação itinera por cidades do interior do estado de São Paulo no segundo semestre, levando a reflexão e o debate a vários espaços.
A 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da ONG Ecofalante correalização da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo e SPCine, e é possível graças ao Programa de Apoio à Cultura (ProAC), do Governo do Estado de São Paulo, com patrocínio da Pepsico e da White Martins, apoio da Eaton, do Instituto Votorantim e do Heritage Comfort Inn, e apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Embaixada da França no Brasil, Institut Français, Instituto Akatu, Instituto Pólis, Rede Nossa São Paulo, Procam/USP, Le Monde Diplomatique Brasil, Instituto Envolverde, Rádio Eldorado/Estadão, Catraca Livre e Revista Piauí.
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(Ecofalante)