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Direto do ISA
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Entre 2 e 5 de setembro, coletores e técnicos da Associação Rede de Sementes do Xingu participaram de intercâmbio de experiências e saberes com a comunidade acadêmica da Esalq/USP e da Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo - Direto do ISA, 30/9. |
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Entre 18 e 20 de setembro a comunidade de São Felipe organizou evento que reuniu conhecedores, lideranças, professores e organizações parceiras para inaugurar sua maloca, a casa de saber. Ocasião para discutir o fortalecimento dos conhecimentos locais, os projetos de futuro e temas como identidade cultural e educação escolar indígena. Também para dançar, apresentar músicas, adornos e instrumentos. Estavam presentes representantes das etnias Yeba Masã, Tukano, Tuyuka, Desana, Barassana, Yuhupdah, Makuna e Baniwa - Blog do Rio Negro/ISA, 1/10. |
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Energia
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A Funai decidiu ontem rejeitar a viabilidade do projeto da megausina de São Luiz do Tapajós, no Pará. A decisão foi tomada após análise do estudo sobre impactos socioambientais da usina. A Funai conclui que São Luiz significa 14 impactos negativos aos índios e terras indígenas - seis dos quais, irreversíveis. Na avaliação do órgão, o projeto é inconstitucional por alagar áreas indígenas, o que é proibido pelo artigo 231 da Constituição. O parecer da Funai será encaminhado ao Ibama, a quem caberá fazer a avaliação conclusiva sobre a viabilidade da usina. Apesar de o governo insistir que a obra não afeta terras indígenas, há aldeias situadas a poucos quilômetros do ponto previsto para a barragem, como a Sawré Muvbu, dos índios munduruku - OESP, 1/10, Economia, p.B6. |
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Em 2013, a Funai enviou ao Ibama um parecer apontando 27 impactos negativos da usina de São Manoel, em construção no rio Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, sobre as terras Kaiabi, onde vivem cerca de mil índios. O relatório levou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a entrar no processo. Depois de uma forte pressão, a Funai revisou o próprio parecer, amenizando os impactos que havia apontado. No dia 2 de dezembro, a EPE conseguiu a licença prévia ambiental da usina. Onze dias depois, a usina foi arrematada em leilão. Mas, há duas semanas atrás, a Justiça Federal em Mato Grosso suspendeu, em liminar, o licenciamento da usina - OESP, 1/10, Economia, p.B6. |
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O edital do Leilão de Energia de Reserva aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indica que os grandes projetos de energia solar devem finalmente sair do papel e ingressar na matriz energética brasileira. O preço teto da energia vendida por parques solares, considerado o último entrave para a viabilização dos projetos, foi estabelecido em R$ 262 por megawatt-hora (MWh), acima do patamar mínimo de R$ 250/MWh defendido por especialistas. Com esses preços, é esperada a contratação de projetos com capacidade total de 500MWa 1 mil MW -OESP, 1/10, Economia, p.B13. |
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Água
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O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, afirmou ontem que o plano para lidar com a crise hídrica paulista, a ser discutido nesta semana, afetará apenas cidades do interior, na área das bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí). Ele disse que, se aprovada, a medida "não afetará o sistema Cantareira e a Sabesp" no fornecimento de água à Grande São Paulo, mas municípios situados na região das bacias, como Campinas e Piracicaba. Andreu avaliou que alguns deles "evidentemente terão de adotar racionamento" se as restrições forem aprovadas. O plano prevê reduções e até interrupções diárias na retirada de água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e seus afluentes, que atendem cerca de 5,5 milhões de pessoas no interior paulista - FSP, 1/10, Cotidiano, p.C6. |
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A Sabesp prometeu entregar na próxima segunda-feira, um dia após o primeiro turno das eleições, o plano de contingência para o Sistema Cantareira à Agência Nacional das Águas (ANA), um dos órgãos reguladores do principal manancial paulista. Segundo a ANA, a Sabesp chegou a encaminhar um plano no dia 27, intitulado "Projeção de Demanda - Sistema Cantareira", mas depois enviou um ofício na segunda, afirmando que a proposta ainda "necessita de correções em seu método/modelo" e solicitando mais cinco dias úteis para encaminhar a nova versão. O prazo termina na próxima segunda-feira. Ontem, o Cantareira tinha só 6,9% da água que é capaz de guardar, para abastecer cerca de 6,5 milhões de pessoas só na Grande São Paulo - OESP, 1/10, Metrópole, p.A20. |
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Mudanças Climáticas
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Para ex-primeira-ministra da Noruega Gro Brundtland, setor privado já vê oportunidades surgindo do combate ao aquecimento. "O recente relatório Crescimento Melhor, Clima Melhor impressionou muita gente. Ficou claro que há muitos mais no setor privado que agora enxergam oportunidades, não apenas necessidade, em se adotar soluções de baixo carbono. Eles demandaram que se atribua um preço ao carbono, pediram um esclarecimento dos governos sobre regulação futura, estavam impacientes, pedindo mais ação. Sim, acredito que uma nova geração de líderes empresariais se deu conta dos riscos de não se converter a uma abordagem amigável ao clima", diz em entrevista - FSP, 1/10, Ciência, p.C8. |
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"Ao contrário do publicado em 24/9, entendemos que o Brasil deveria, sim, assinar a Declaração de Nova York e juntar-se a essa iniciativa que teve o endosso de nada menos que 32 países, empresas, comunidades e entidades civis, entre elas o WWF, que ajudou na formulação do documento. O conteúdo publicado é inverso ao que defendemos quanto à conservação das florestas nativas e não tem sintonia com os valores afirmados pelo WWF-Brasil nos diversos programas da organização ao longo de sua história. Para nós, não faz sentido o maior detentor de floresta tropical do mundo ficar fora do acordo. Mas essa posição pode ser revista, o Brasil ainda pode assinar a declaração. Esperamos que o faça", carta de Maria Cecília Wey De Brito - OESP, 1/10, Fórum dos Leitores, p.A3. |
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Geral
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Segundo o Relatório Planeta Vivo 2014, divulgado ontem pelo WWF, a população de milhares de animais silvestres diminuiu 52% desde 1970. Em 2012, na edição anterior do estudo, estimava-se que 30% das espécies teriam redução de suas populações. A ONG analisou 10.380 populações de 3.038 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. A redução mais dramática da biodiversidade foi na América Latina - uma queda de 83%. É um índice muito maior do que o registrado em toda a zona tropical (56%) e nas regiões de clima temperado (36%). "A destruição da biodiversidade está aumentando exponencialmente. A indústria e a exploração insustentável de commodities dominam regiões do mundo inteiro, do fundo do oceano ao Ártico. Os animais que são indicadores da saúde dos ecossistemas estão desaparecendo", alerta Jean-François Timmers, do WWF-Brasil - O Globo, 1/10, Sociedade, p.30. |
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A promessa de agilizar os licenciamentos ambientais, com a eliminação de demandas burocráticas e cartoriais, foi uma das questões que mais chamou a atenção no programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), fez restrições à questão da desburocratização do licenciamento: "A flexibilização pode atropelar órgãos que têm que se manifestar sobre a questão indígena, o impacto sobre as comunidades quilombolas, o patrimônio ambiental e material" - OESP, 1/10, Política, p.A9. |
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O programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, apresenta propostas genéricas, sem metas definidas nem explicações sobre como serão executadas as promessas, afirmam entidades de defesa do ambiente. "Os programas do Eduardo Jorge [PV] e da Marina Silva [PSB] trazem pontos bem mais específicos, com metas numéricas. O do Aécio não tem isso, mas faz alguns indicativos importantes, mesmo que mais genéricos", afirma Márcio Astrini, do Greenpeace. Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), também classifica as propostas de Aécio como muito genéricas, mas vê pontos positivos. "O programa tem algumas propostas muito genéricas, como a de redução das emissões, mas em geral é bem intencionado", diz. Ela ressalva, porém, que a divulgação das propostas fatiada em cinco dias impede analisar todo o conjunto -Valor Econômico, 1/10, Política, p.A9. |
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'Prefeitos estão se tornando mais importantes que presidentes'
Rob Adams, diretor de Projeto Urbano de Melbourne, na Austrália, defende freio na expansão das cidades e uso de prédios comerciais no Centro como residências. "Em Melbourne, transformamos prédios comerciais no Centro em residenciais. Não precisamos construir novas ruas. É só mudar a forma de usá-los. Nas cidades do futuro, passaremos mais tempo pensando em aumentar a eficiência do que existe em vez de erguer novas estruturas. Boa parte do meu trabalho é construir o espaço entre os prédios, onde precisamos pôr lojas, áreas verdes, praças, escolas, coisas que incentivam e dão segurança para andar nas ruas. A construtora de um prédio alto deveria investir parte do lucro em revitalizar a vizinhança", diz em entrevista - O Globo, 1/10, Página2, p.2. |
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