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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Projeto quer criar árvores geneticamente modificadas

É possível que as castanheiras americanas estejam prestes a reaparecer

É possível que uma espécie geneticamente modificada seja liberada deliberadamente em breve.

Era uma vez, reza a lenda, uma época em que um esquilo podia pular de castanheira em castanheira, do Maine à Flórida, sem jamais precisar pisar no solo. Estima-se que a população de castanheiras na América do Norte então chegasse a cerca de 4 bilhões de árvores. Isso mudou e parte da culpa cabe a machados e serras elétricas. Mas o principal culpado é o Cryphonectria parasitica, o fungo que causa a clorose nas castanheiras. No fim do século XIX, algumas mudas infectadas trazidas da Ásia trouxeram o C. parasitica para a América do Norte. Em 1950 as castanheiras eram pouco mais de uma lembrança na maior parte do continente.



É possível, contudo, que as castanheiras americanas estejam prestes a reaparecer – graças à engenharia genética. Neste mês três terrenos experimentais receberão mudas da árvore sob a supervisão cuidadosa do Departamento de Agricultura na Geórgia, Nova York e Virgínia. Além de suas bagagens genéticas normais, essas árvores receberam um punhado de outros genes que os pesquisadores acreditam que as protegerão contra os fungos.



Esse projeto foi organizado pela Forest Health Initiative (FHI), uma autarquia criada para investigar a ideia do uso de espécies geneticamente modificadas para resgatar espécies de árvores cujas populações tenham sido devastadas por doenças fúngicas ou pestes de insetos. A FHI já patrocinou pesquisas de várias universidades, e o teste deste mês será o primeiro teste de campo de grande porte. Caso logre sucesso, a FHI pedirá permissão ao governo para plantar castanheiras transgênicas em seu habitat natural com a intenção de reestabelecer a espécie nas florestas americanas. E, caso dê certo, tal projeto pode fornecer um modelo para projetos de reestabelecimento de outros tipos de árvores.

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FONTE : por Redação do Opinião e Notícia
* Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá.
** Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.
(Opinião e Notícia)



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