Indígenas receberão cursos de brigadistas para atuar contra incêndios florestais
A capacitação será realizada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai). O programa tem como objetivo realizar a implementação do manejo integrado e do manejo tradicional do fogo nas áreas contempladas, além da formação de um contingente indígena especializado, disponível para atuar quando necessário, a fim de melhorar a segurança e eficiência das operações de combate aos incêndios florestais nessas áreas.
A seleção das terras indígenas contempladas foi realizada por meio de critérios técnicos, tais como a incidência de focos de calor captados via satélite, as áreas remanescentes de vegetação nativa e a presença de áreas protegidas federais. Houve ainda uma avaliação conjunta entre os coordenadores estaduais do Prevfogo e os técnicos das Coordenações Regionais da Funai.
As áreas indígenas contempladas com as brigadas este ano são: Coroa Vermelha, na Bahia; Avá-Canoeiro, em Goiás; Governador, Bacurizinho e Kanela, no Maranhão; Xacriabá, em Minas Gerais; Kadiwéu, Cachoeirinha e Limão Verde, no Mato Grosso do Sul; Paresi Bakairi e Wawi, no Mato Grosso; Tenharim-Marmelo, em Rondônia; São Marcos, Raposa Serra do Sol, Araçá e Taba Lascada, no estado de Roraima; Xerente e Khraolândia, no Tocantins.
A parceria da Funai com o Prevfogo/Ibama é realizada desde 2011 e está em análise a assinatura de um Termo de Cooperação para formalizar as ações conjuntas. Além das ações conjuntas com o Prevfogo/Ibama, também é promovida a formação de Grupos de Prevenção a Incêndios Florestais em Terras Indígenas, por meio da capacitação de índios sobre prevenção e manejo do fogo.
O objetivo é minimizar os impactos desses eventos sem, contudo, desconsiderar as práticas tradicionais. Os cursos valorizam os conhecimentos tradicionais e promovem o diálogo intercultural acerca das práticas de manejo do fogo.
A consolidação destas ações por meio da Funai tornou-se possível com a estruturação da área de gerenciamento de incêndios florestais em terras indígenas, inserida na Coordenação Geral de Monitoramento Territorial (CGMT), o que levou a fundação a aprimorar seus conhecimentos e práticas, além de fortalecer a interlocução com os órgãos ambientais.
* Publicado originalmente no Portal Brasil e retirado do site EcoD.
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