Pampa gaúcho perdeu cerca de 54% de sua área
original até 2009 Crédito: Danilo Menezes Santa Anna / Especial /
CPMemória
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O Pampa gaúcho aparece em segundo lugar no mapeamento sobre
o desmatamento no Brasil nos últimos anos, ficando atrás apenas para a Mata
Atlântica. Até 2009, o bioma perdeu cerca de 54% de sua área original, o que
representa 177,7 mil quilômetros quadrados. Já a Mata Atlântica registra apenas
12% da área preservada. Os dados dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável
(IDS) 2012 foram divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisa as ações nas áreas ambiental,
econômica, institucional e social no Brasil.
Em relação ao Cerrado, a
devastaçao chega a 49,1%, e na caatinga a 45,6%. O Pantanal é o menor e mais
preservado bioma, tendo perdido apenas 15% da área total. Segundo a pesquisa,
que leva em consideração 62 indicadores, o Brasil avançou rumo ao
desenvolvimento sustentável, mas mesmo assim ainda há muitos desafios a
enfrentar.
Entre os fatores positivos está a redução de cerca de 77% no
desflorestamento da Amazônia Legal, o que ampliou a área protegida nos últimos
seis anos, mesmo estando longe do ideal. Outros pontos que foram considerados
importantes entre os indicadores estão a queda pela metade na mortalidade
infantil na última década e a ampliação do acesso a serviços como redes de água
e esgoto e o serviço de coleta de lixo.
Na outra ponta, a pesquisa
destacou as áreas em que o País precisa avançar, como no combate às
desigualdades socioeconômicas e de gênero. O indicador levou em consideração
ainda as taxas de homicídios e de acidentes de transportes, que foram
consideradas altas.
No indicador sobre a dimensão ambiental, que levou em
consideração 20 fatores de avaliação do ar, terras e águas, um dos destaques foi
que entre 1992 e 2010, houve redução de 90% no consumo de substâncias
destruidoras da camada de ozônio. Um dos pontos analisados foi o uso de
agrotóxicos e fertilizantes, em que o modelo de desenvolvimento da agricultura
gerou a utilização crescente do uso de fertilizantes e agrotóxicos.
O
indicador de balneabilidade, que analisa as áreas próprias ou impróprias para
banho, mostrou tendência de melhoria em alguns locais, tais como Porto da Barra
e Farol da Barra, em Salvador (BA), Toninhas, em Ubatuba (SP) e Balneário
Camboriú (SC).
O indicador de acesso a serviço de coleta de lixo
doméstico apresenta resultados mais favoráveis ao desenvolvimento sustentável
que os demais indicadores de saneamento. Em 2009, 98,2% dos moradores nas áreas
urbanas tiveram seu lixo recolhido. No indicador de dimensão econômica, o
destaque é o aumento na reciclagem e do consumo de energia com a utilização de
fontes não renováveis. Assim, o consumo de energia per capita alcançou o nível
mais alto dos últimos oito anos. Segundo o IBGE, isso deve-se ao desenvolvimento
do País, com o maior acesso da população aos bens de consumo.
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Fonte: Mauren Xavier /
Correio do Povo
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