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domingo, 19 de maio de 2013

RS : Pampa gaúcho é segunda área mais desmatada no País

IBGE apontou que 54% do bioma foi perdido até 2009, o equivalente a 177,7 mil quilômetros quadrados


Pampa gaúcho perdeu cerca de 54% de sua área original até 2009<br /><b>Crédito: </b> Danilo Menezes Santa Anna / Especial / CPMemória
Pampa gaúcho perdeu cerca de 54% de sua área original até 2009
Crédito: Danilo Menezes Santa Anna / Especial / CPMemória
 
O Pampa gaúcho aparece em segundo lugar no mapeamento sobre o desmatamento no Brasil nos últimos anos, ficando atrás apenas para a Mata Atlântica. Até 2009, o bioma perdeu cerca de 54% de sua área original, o que representa 177,7 mil quilômetros quadrados. Já a Mata Atlântica registra apenas 12% da área preservada. Os dados dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2012 foram divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisa as ações nas áreas ambiental, econômica, institucional e social no Brasil.

Em relação ao Cerrado, a devastaçao chega a 49,1%, e na caatinga a 45,6%. O Pantanal é o menor e mais preservado bioma, tendo perdido apenas 15% da área total. Segundo a pesquisa, que leva em consideração 62 indicadores, o Brasil avançou rumo ao desenvolvimento sustentável, mas mesmo assim ainda há muitos desafios a enfrentar.

Entre os fatores positivos está a redução de cerca de 77% no desflorestamento da Amazônia Legal, o que ampliou a área protegida nos últimos seis anos, mesmo estando longe do ideal. Outros pontos que foram considerados importantes entre os indicadores estão a queda pela metade na mortalidade infantil na última década e a ampliação do acesso a serviços como redes de água e esgoto e o serviço de coleta de lixo.

Na outra ponta, a pesquisa destacou as áreas em que o País precisa avançar, como no combate às desigualdades socioeconômicas e de gênero. O indicador levou em consideração ainda as taxas de homicídios e de acidentes de transportes, que foram consideradas altas.

No indicador sobre a dimensão ambiental, que levou em consideração 20 fatores de avaliação do ar, terras e águas, um dos destaques foi que entre 1992 e 2010, houve redução de 90% no consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio. Um dos pontos analisados foi o uso de agrotóxicos e fertilizantes, em que o modelo de desenvolvimento da agricultura gerou a utilização crescente do uso de fertilizantes e agrotóxicos.

O indicador de balneabilidade, que analisa as áreas próprias ou impróprias para banho, mostrou tendência de melhoria em alguns locais, tais como Porto da Barra e Farol da Barra, em Salvador (BA), Toninhas, em Ubatuba (SP) e Balneário Camboriú (SC).

O indicador de acesso a serviço de coleta de lixo doméstico apresenta resultados mais favoráveis ao desenvolvimento sustentável que os demais indicadores de saneamento. Em 2009, 98,2% dos moradores nas áreas urbanas tiveram seu lixo recolhido. No indicador de dimensão econômica, o destaque é o aumento na reciclagem e do consumo de energia com a utilização de fontes não renováveis. Assim, o consumo de energia per capita alcançou o nível mais alto dos últimos oito anos. Segundo o IBGE, isso deve-se ao desenvolvimento do País, com o maior acesso da população aos bens de consumo.

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Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo

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