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terça-feira, 28 de maio de 2013

Triste destino das araucárias cortadas no Marrecas


O impacto ambiental da derrubada de mais de 6,5 mil araucárias e milhares de outras espécies, já é enorme. Pior ainda é o destino que elas estão tendo. Uma parte já foi furtada outra está apodrecendo, como já havíamos noticiado (leia aqui). As empresas que participaram do último leilão para a compra dessa madeira alegam que entre 60 a 70% dela está podre e não teria mais uso comercial.
A justificativa, para mais esse escândalo, dada pelo diretor presidente do Samae, Eloi Frizzo (PSB), chega a ser vergonhosa. Para ele a madeira apodrecida estaria nos lotes que permaneceram embargados pela Justiça por conta de ação que contestou as licenças de desmatamento. Nada mais enganoso do que isso.
O embargo do corte realmente existiu. Existiu porque a licença era frágil e foi obtida por meio de um canetação durante o governo Yeda. Mas a maior parte do corte não aconteceu durante o embargo e sim depois. Tanto que a prefeitura acabou mandando uma força tarefa de servidores para “ajudar no serviço” (leia aqui) para que a obra fosse completada a tempo para o ex-prefeito José Ivo Sartori (PMDB) inaugurar.
Essa madeira toda já está há quase um ano depositada ao redor da represas, então não vale a desculpa de que foi culpa da ação judicial. Foi falta de cuidado e incompetência do Samae.
Agora aos técnicos do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) vão analisar o lote e orientar o que o Samae poderá fazer. Uma das possibilidades é vender abaixo, bem abaixo, do preço de mercado. Outra seria beneficiar o que resta e repassar, por convênio, para o município, como o Procurador Geral do Município, Lauri Romário Silva, disse que faria em 2012.
Enquanto isso a Câmara de Vereadores rejeitou uma convocação do diretor presidente do Samae para dar explicações sobre o Marrecas. A bancada do PT entrou com o requerimento, na semana passada, questionando uma série de itens mal explicados na obra. Os questionamentos iam desde o aumento em mais de 200% do custo da obra, as indenizações sem autorização da Câmara, o furto e deteriorização da madeira extraída da área do lago, os vazamentos que estão aparecendo na represa e a inconclusão dela apesar da inauguração.
 
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Fonte: PolentaNews

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