Enquanto não colapsa, o trânsito nas cidades brasileiras encara um grande desafio. Como encontrar soluções sustentáveis para o tráfego nas ruas e avenidas do País? A nova Lei de Política Nacional de Mobilidade Urbana, que prioriza transporte público coletivo e está em vigor desde abril, vai pegar? Como abrir novos caminhos no meio da sensação de caos que o trânsito nas grandes cidades nos coloca? Quais as potenciais interações entre as agendas climática, ambiental e de planejamento urbano? Para responder essas e outras perguntas, o Instituto Democracia e Sustentabilidade promove, com o mote “O Desafio da Mobilidade no Brasil: para onde vamos?”, duas rodas de conversa, no dia 20 de setembro, em São Paulo e Brasília.
Em parceria com a Livraria Cultura, o evento em São Paulo acontece às 19 horas, no Shopping Bourbon. Em Brasília, o evento será realizado também às 19h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em parceria com o Movimento Nossa Brasília e o Coletivo do Dia Mundial Sem Carro.
Em São Paulo, participam Eduardo Vasconcellos, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Alexandre de Ávila Gomide, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Maurício Broinizi, da Rede Nossa São Paulo. A mediação é da jornalista Paulina Chamorro, da rádio Estadão/ESPN, que apoia o evento. Em Brasília, participam da Roda: Renato Boareto, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), Nazareno Stanislau Afonso, do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), Maria Rosa Ravelli Abreu, professora do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (UnB), e Ronaldo Martins Alves, do Instituto Pedala Brasília.
O cenário da mobilidade urbana depara com vários obstáculos. A indústria automobilística anuncia venda de 3,6 milhões de novos automóveis no próximo ano, em parte por conta da isenção de IPI para carros e motos, e o CIDE, para gasolina e diesel – num total de R$ 6 bilhões concedidos pelo governo. Esses carros e motos, porém, lotam o espaço público sem transportar muitas pessoas: nos horários de pico, 25% das pessoas estão neles, mas eles ocupam em média 80% do espaço nas vias.
A falta de incentivo para o transporte público é gritante. De acordo com Nazareno Afonso, coordenador MDT, são investidos R$ 12 no incentivo tributário para carro e moto, enquanto que, para o transporte público, é investido apenas R$ 1. O reflexo imediato dessa desproporção pode também ser enxergado em cifras. A deseconomia decorrente dos congestionamentos somente na Região Metropolitana de São Paulo chega à incrível cifra de R$ 60 bilhões anuais.
Mobilidade e sustentabilidade - Diante desse cenário, a recém promulgada Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana nos coloca outro desafio, segundo o advogado André Lima, sócio do IDS. Ela precisa articular suas metas com as políticas ambientais. “Não adianta ter uma Política Nacional de Mobilidade super bem estruturada se ela interage pouco com outras políticas ambientais, como a do clima, e a de ordenamento urbano”. A Política Nacional de Mobilidade só alcançará índices aceitáveis de sustentabilidade, afirma Lima, se incorporar as metas de redução de emissões de CO2 e outros poluentes.
O IDS pretende contribuir para esse importante debate, fazendo questionamentos tais como: como a sociedade pode contribuir efetivamente para a implementação da lei? Quais são os principais gargalos e desafios que a lei nos impõe? Várias são as questões que a sociedade precisa debater e compreender melhor para se apropriar da política e garantir seus resultados.
Sobre o IDS – Desde a sua fundação, em outubro de 2009, o IDS desenvolve Rodas de Conversas com pessoas de referência para discutir temas de grande relevância da agenda nacional. Entre os temas já abordados estão saúde, educação, desenvolvimento urbano, economia, segurança pública e Política 2.0. Nesse processo de construção coletiva de uma nova sociedade, cuja base é a Plataforma Brasil Democrático e Sustentável, o IDS usa a Escuta Ativa como ferramenta de captação e processamento das informações trocadas nos encontros com a sociedade. Um dos pilares da plataforma é “Qualidade de Vida e Segurança para todos os brasileiros”. Propostas de promoção à mobilidade urbana saudável são mencionadas no texto da plataforma, e é a Escuta Ativa quem tem a função de dar vida e forma a todo esse conteúdo, evitando que este se encerre num documento formal, estático e frio.
SERVIÇO:
São Paulo: 20 de setembro às 19h na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, Rua Turiassu 2100. As vagas são limitadas. Inscrições devem ser feitas pelo email ids@idsbrasil.net
Brasília: 20 de setembro às 19h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Auditório Águas Claras. SDC Eixo Monumental – lote 05 – 1º andar – Ala Sul.
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FONTE : * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Em parceria com a Livraria Cultura, o evento em São Paulo acontece às 19 horas, no Shopping Bourbon. Em Brasília, o evento será realizado também às 19h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em parceria com o Movimento Nossa Brasília e o Coletivo do Dia Mundial Sem Carro.
Em São Paulo, participam Eduardo Vasconcellos, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Alexandre de Ávila Gomide, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Maurício Broinizi, da Rede Nossa São Paulo. A mediação é da jornalista Paulina Chamorro, da rádio Estadão/ESPN, que apoia o evento. Em Brasília, participam da Roda: Renato Boareto, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), Nazareno Stanislau Afonso, do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), Maria Rosa Ravelli Abreu, professora do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (UnB), e Ronaldo Martins Alves, do Instituto Pedala Brasília.
O cenário da mobilidade urbana depara com vários obstáculos. A indústria automobilística anuncia venda de 3,6 milhões de novos automóveis no próximo ano, em parte por conta da isenção de IPI para carros e motos, e o CIDE, para gasolina e diesel – num total de R$ 6 bilhões concedidos pelo governo. Esses carros e motos, porém, lotam o espaço público sem transportar muitas pessoas: nos horários de pico, 25% das pessoas estão neles, mas eles ocupam em média 80% do espaço nas vias.
A falta de incentivo para o transporte público é gritante. De acordo com Nazareno Afonso, coordenador MDT, são investidos R$ 12 no incentivo tributário para carro e moto, enquanto que, para o transporte público, é investido apenas R$ 1. O reflexo imediato dessa desproporção pode também ser enxergado em cifras. A deseconomia decorrente dos congestionamentos somente na Região Metropolitana de São Paulo chega à incrível cifra de R$ 60 bilhões anuais.
Mobilidade e sustentabilidade - Diante desse cenário, a recém promulgada Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana nos coloca outro desafio, segundo o advogado André Lima, sócio do IDS. Ela precisa articular suas metas com as políticas ambientais. “Não adianta ter uma Política Nacional de Mobilidade super bem estruturada se ela interage pouco com outras políticas ambientais, como a do clima, e a de ordenamento urbano”. A Política Nacional de Mobilidade só alcançará índices aceitáveis de sustentabilidade, afirma Lima, se incorporar as metas de redução de emissões de CO2 e outros poluentes.
O IDS pretende contribuir para esse importante debate, fazendo questionamentos tais como: como a sociedade pode contribuir efetivamente para a implementação da lei? Quais são os principais gargalos e desafios que a lei nos impõe? Várias são as questões que a sociedade precisa debater e compreender melhor para se apropriar da política e garantir seus resultados.
Sobre o IDS – Desde a sua fundação, em outubro de 2009, o IDS desenvolve Rodas de Conversas com pessoas de referência para discutir temas de grande relevância da agenda nacional. Entre os temas já abordados estão saúde, educação, desenvolvimento urbano, economia, segurança pública e Política 2.0. Nesse processo de construção coletiva de uma nova sociedade, cuja base é a Plataforma Brasil Democrático e Sustentável, o IDS usa a Escuta Ativa como ferramenta de captação e processamento das informações trocadas nos encontros com a sociedade. Um dos pilares da plataforma é “Qualidade de Vida e Segurança para todos os brasileiros”. Propostas de promoção à mobilidade urbana saudável são mencionadas no texto da plataforma, e é a Escuta Ativa quem tem a função de dar vida e forma a todo esse conteúdo, evitando que este se encerre num documento formal, estático e frio.
SERVIÇO:
São Paulo: 20 de setembro às 19h na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, Rua Turiassu 2100. As vagas são limitadas. Inscrições devem ser feitas pelo email ids@idsbrasil.net
Brasília: 20 de setembro às 19h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Auditório Águas Claras. SDC Eixo Monumental – lote 05 – 1º andar – Ala Sul.
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FONTE : * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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