Os principais frutos do Cerrado produzidos na região do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu (MSVP) e as comunidades envolvidas na produção sustentável estão descritos no “Mapeamento do Extrativismo do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu”, publicação do WWF-Brasil com o apoio da Cooperativa Sertão Veredas.
As informações sobre o extrativismo na região foram obtidas durante 18 oficinas de mapeamento participativo que envolveram 48 comunidades do Mosaico, totalizando 180 participantes. Na região do MSVP, o extrativismo vegetal movimenta a economia e complementa a renda de aproximadamente 2.276 famílias.
O estudo teve início em 2012 e ampliou-se a partir de 2013 por meio da parceria com a Cooperativa. “Os resultados obtidos por meio do mapeamento permitirão maior estruturação na cadeia produtiva do extrativismo, evidenciando o potencial produtivo de cada comunidade e possibilitando ferramentas para um melhor planejamento das Cooperativas Agroextrativistas e Associações Comunitárias inseridos no Mosaico”, destaca o coordenador do Programa Cerrado Pantanal, Julio Cesar Sampaio.
O mapeamento
Araçá, araticum, buriti, cagaita, pequi, caju do cerrado, coquinho azedo, favela, jatobá, maracujá do cerrado, umbu e tamarindo são alguns dos frutos produzidos na região do MSVP. A quantidade destes e outros frutos estão mencionados no documento e, ainda, separados de acordo com as comunidades que os produzem.
Segundo Joel Araújo Sirqueira, gestor ambiental da Cooperativa Sertão Veredas, o mapeamento foi uma demanda das próprias comunidades. “Temos que olhar o que ajudamos a fazer e trabalhar no aproveitamento dos frutos do Cerrado”, ressalta.
O mapa do extrativismo no Mosaico Sertão Veredas Peruaçu já está disponível para download.
Mosaico Sertão Veredas Peruaçu
O Mosaico é palco de belezas cênicas e humanas que inspiraram João Guimarães Rosa a escrever uma das maiores obras de nossa literatura, Grande Sertão: Veredas (1956).
O Mosaico Sertão Veredas Peruaçu é composto por um conjunto de áreas protegidas localizadas na margem esquerda do rio São Francisco, entre as regiões norte e noroeste de Minas Gerais e parte do sudoeste da Bahia. Possui uma área de aproximadamente 1,8 milhão de hectares, representando a porção de Cerrado mais conservada no estado de Minas Gerais, envolvendo unidades de conservação estaduais, federais e particulares, comunidades quilombolas, terras indígenas Xakriabás, populações extrativistas e áreas de produção agropecuária.
Desde 2010, o WWF-Brasil, por meio do Programa Cerrado Pantanal, desenvolve na região o Projeto Sertões. Em sua primeira fase (2010-2014), as ações do projeto estiveram centralizadas, principalmente, no incentivo à adoção de boas práticas de produção agropecuária (BPAs); à implementação e gestão integrada das unidades de conservação; à comunicação, visando a valorização e o resgate do Cerrado e o planejamento territorial, que busca o planejamento sistemático da conservação no Cerrado. A segunda fase do Projeto Sertões (2014/2018) prevê uma ampliação das linhas de ação, incluindo o fortalecimento do apoio ao extrativismo vegetal sustentável dos frutos do Cerrado.
* Publicado originalmente no site WWF Brasil.
(WWF Brasil)
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