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quarta-feira, 19 de novembro de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Áreas Protegidas, Povos Indígenas
Ano 14
19/11/2014

 

Povos Indígenas

 
  Entre os dias 3 e 10 de novembro foi realizada na comunidade São Pedro, Alto Rio Tiquié, Terra Indígena Alto Rio Negro/AM, a V Canoita, encontro entre diversos povos, comunidades e associações indígenas do noroeste amazônico, tanto do lado brasileiro quanto do lado colombiano -Blog do Rio Negro/ISA, 18/11.
  "Como disse um líder kaiowá: 'A coisa está tão absurda que hoje querem nos penalizar por termos sido expulsos de nossos territórios. Querem que assumamos a culpa pelo crime deles. Durante décadas nos expulsaram de nossa terra à força e agora querem dizer que não estávamos lá em 1988 e, por isso, não podemos acessar nossos territórios?'. Os kaiowá de Guyraroká lembram-se e têm nomes para cada morro e cada riacho de suas terras espoliadas. O STF também deve zelar para que não se esqueça a história e que injustiças não se repitam. Decretar que somente as terras ocupadas por índios em 1988 merecem os direitos constitucionais permite apagar da memória esbulhos e injustiças", artigo de Manuela Carneiro da Cunha FSP, 19/11, Tendências/Debates, p.A3.
  
 

Água

 
  As regras para restrição de água nas cidades abastecidas pela Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (SP) só devem ser definidas em dezembro, admitiu ontem o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Na prática, o órgão federal ainda não conseguiu apoio para reduzir a captação de setores públicos, industriais e agrícolas no interior do Estado. A solução encontrada foi deixar aberto até o dia 28 um canal para receber sugestões - e marcar uma reunião em dezembro, em data ainda não definida OESP, 19/11, Metrópole, p.A16.
  "O Ministério Público Federal entrará hoje na Justiça em seis estados com ações para defender as águas contra a atuação da Agência Nacional de Águas (ANA). O MP quer que a ANA seja proibida de outorgar direitos de recursos hídricos, alegando que ela tem feito isso de forma ilegal, já que não existem comitês de bacias, como manda a lei, em toda a região Norte. Os procuradores alegam que isso pode afetar todo o equilíbrio hídrico do país. O MP cita o relatório do professor Antonio Nobre que mostra que há uma ligação direta entre as águas do Norte e as chuvas no Centro-Sul. O MP dirá que a maneira como estão sendo expedidas licenças para os usos econômicos de águas, como a construção de hidrelétricas, mineradoras e empreendimentos agropecuários, coloca em risco o suprimento de água no resto do país, além, evidentemente, do seu impacto local", coluna de Míriam Leitão O Globo, 19/11, Economia, p.22.
  A crise da água poderá ganhar as ruas em manifestações mais frequentes e de maior vulto sobretudo no início de 2015, quando poderá aumentar a gravidade do problema, acreditam estudiosos de mobilizações sociais. Mas há dúvidas se esses protestos poderão ser equiparados em magnitude às mobilizações que existiram em torno dos transportes em 2013. Parte dos sociólogos acredita que a escassez de água por si só teria capacidade de induzir manifestações de grande vulto. Para outros pesquisadores, o problema da água não teria fôlego por si só para mobilizações grandes, somente movimentos de menor porte, uma vez que para parte da população estaria associado a fenômenos climáticos, não havendo a quem exatamente culpar Valor Econômico, 19/11, Brasil, p.A4.
  
 

Áreas Protegidas

 
  No Brasil, o poder público impõe uma onda de entraves à administração dos parques. Há resistências a parcerias com a iniciativa privada, além de dificuldades para atrair visitantes e convocá-los para participar da manutenção das áreas. Segundo ambientalistas, os gestores não devem esperar que os governos se interessem pelas áreas verdes. "Quando o assunto é investimento, os governos têm outras prioridades. A iniciativa privada, seja ou não empresarial, é muito mais eficiente na gestão de recursos e criativa na oferta de serviços", disse Ana Luisa da Riva, do Instituto Semeia. Ana Luisa ressalta que privatizar os parques está fora de cogitação. O território e o modo como deve ser administrado sempre serão uma atribuição do Estado O Globo, 19/11, Sociedade, p.29.
  Pesquisa nacional encomendada pelo WWF-Brasil para o Ibope aponta que 58% da população têm um forte sentimento de orgulho pelas riquezas naturais do país, ao mesmo tempo que, de cada 10 entrevistados, oito consideram que a natureza não está protegida de forma adequada (82%). A pesquisa realizada com cerca de duas mil pessoas em todas as regiões do país buscou compreender como a população brasileira se relaciona com as áreas protegidas. "A pesquisa deixa claro que há um descompasso entre as políticas públicas no Brasil e os anseios da população. Apesar do apreço que o brasileiro tem pelas áreas naturais, esse tema não é uma prioridade do ponto de vista dos governos", afirma Maria Cecília Wey de Brito O Globo, 19/11, Sociedade, p.29.
  
 
Imagens Socioambientais

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