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segunda-feira, 19 de maio de 2014



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Áreas Protegidas, Cavernas, Código Florestal, Infraestrutura, Mata Atlântica, Mudanças Climáticas, Exposições
Ano 14
19/05/2014

 

Direto do ISA

 
  ISA lidera iniciativa que articula 12 organizações e tem foco na estruturação e fortalecimento de cadeiras produtivas de atividades econômicas sustentáveis de populações indígenas, extrativistas e agricultores familiares em 11 municípios do Pará e Mato Grosso - Blog do Xingu/ISA, 19/5.
  Retrospectiva em imagens de lutas pelos direitos indígenas estreia em Belém no dia 20/5. Exposição reúne 43 fotos de momentos e personagens históricos, apresentadas em ordem cronológica, clicadas por 33 fotógrafos, com mapas e textos de apoio, em português e inglês - Direto do ISA, 16/5.
   
 

Áreas Protegidas

 
  A caverna do Diabo, em Eldorado (SP), é uma das maiores do Estado e uma das mais visitadas do país. Com uma exceção: o cadastro de cavernas do governo. Assim como ela, pelo menos outras 600 grutas "desapareceram" desse sistema. Em janeiro de 2012, o governo federal anunciou, em tom de comemoração, que o país ultrapassara a marca de 10 mil cavernas registradas. Mas, ao publicar seu cadastro nacional, veio a surpresa: constavam apenas 9.532. Lançado em setembro de 2013, o Canie (Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas) levou quase dez anos para ficar pronto. Além do sumiço das grutas, especialistas apontam problemas como erros de localização e a omissão sobre a fonte de informações - FSP, 18/5, Ciência, p.C11.
  Uma das atrações turísticas mais visitadas do país, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu um ultimato da Unesco, braço da ONU: ou toma medidas em relação à preservação, ou entrará para a lista de patrimônios da humanidade sob ameaça. Um relatório do órgão, do início deste mês, manifestou "extrema preocupação" com o estado de conservação do parque, que abriga uma das maiores reservas de mata atlântica do país. O documento relaciona dois grandes riscos: a construção da usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu, a 500 metros do limite do parque, e a possibilidade de reabertura da estrada do Colono, que atravessa a unidade - FSP, 18/5, Cotidiano, p.C6.
   
 

Código Florestal

 
  A presidente Dilma Rousseff adiou para depois das eleições a definição sobre um ponto polêmico do Código Florestal que gera desgaste interno no governo: as regras do programa de conversão das multas por desmatamento em compromissos de recuperação das áreas afetadas. Com isso, evitou a possibilidade de desagradar ambientalistas ou bancada ruralista a poucos meses das eleições. Apesar de ter publicado no início do mês um decreto que permitiu o início do CAR (Cadastro Ambiental Rural), por meio do qual os proprietários poderão pleitear o direito à conversão, a solução encontrada pelo Planalto foi postergar a polêmica - FSP, 19/5, Ciência, p.C7.
   
 

Mata Atlântica

 
  Guapuruvus, espécie típica da Mata Atlântica, estão desaparecendo do litoral norte de São Paulo. Há uns três anos, de repente, as árvores começaram, uma a uma, a perder as folhas, secar, descascar e morrer. O problema foi inicialmente observado no norte de São Sebastião, mas já se alastrou até as praias ao sul do município, atravessou o mar e atingiu Ilhabela. E já foi detectado no Jardim Botânico, em São Paulo. Sem motivo aparente, o misterioso declínio dos guapuruvus preocupa caiçaras - que tradicionalmente usam árvores caídas ou derrubadas com autorização do órgão ambiental para fazer canoas - e técnicos ambientais, que desconfiam tanto das mudanças climáticas quanto de alguma praga nova - OESP, 18/5, Metrópole, p.A26.
   
 

Infraestrutura

 
  O orçamento das "megaobras" da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) disparou nos quase três anos e meio de mandato da presidente Dilma Rousseff. Falhas em projetos de engenharia, aditivos contratuais, compensações socioambientais acima das estimativas iniciais e até reajustes salariais de trabalhadores superiores à inflação fizeram o valor total de 12 grandes empreendimentos subir R$ 42,7 bilhões desde dezembro de 2010. O levantamento engloba duas hidrelétricas na região amazônica (Santo Antônio e Jirau), a usina nuclear de Angra 3, refinarias da Petrobras (Abreu e Lima e Comperj), a linha de transmissão Porto Velho-Araraquara, ferrovias (Transnordestina e Norte-Sul), a transposição do rio São Francisco, a pavimentação da BR-163 (Mato Grosso e Pará) e a duplicação da BR-101 no Nordeste - Valor Econômico, 19/5, Política, p.A7.
   
 

Mudanças Climáticas

 
  "O frustrante é o fato de a ciência do clima não ser capaz de confirmar suas simulações corretamente. Desde o fim do século 20, o aquecimento da Terra tem sido muito menor do que os modelos climáticos mostram. A melhor política para o futuro é preparar a sociedade para a mudança e estar pronto para uma adaptação. Em 25 anos teremos um mundo com uma população de 9 a 10 bilhões, o que exigirá duas vezes mais energia primária do que hoje. Precisamos aceitar as novas ciências e tecnologias de maneira mais positiva do que observamos hoje na Europa. E isso inclui, por exemplo, a energia nuclear e a produção de alimentos transgênicos para oferecer ao mundo o que ele necessita", diz Lennart Bengtsson, ex-diretor do Instituto Max Planck de Meteorologia, em entrevista - OESP, 18/5, Metrópole, p.A27.
   
 

Água

 
  Ao considerar, desde esta sexta-feira, a água do "volume morto", a Sabesp elevou de 8,2% para 26,7% o nível do Sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a companhia, o "volume morto" acrescenta 18,5 ponto porcentual ao volume útil - o equivalente a 400 milhões de metros cúbicos de água armazenados abaixo das comportas do Cantareira. A partir de domingo, os moradores da Grande São Paulo que ainda são abastecidos pelo Sistema Cantareira começam a receber água do "volume morto" do manancial - OESP, 17/5, Metrópole, p.E8.
  "Ontem fez uma semana que o meu prédio entrou em esquema de rodízio. Só recebemos água duas horas por dia: uma de manhã e outra à noite. Não moro em bairro alto nem distante do centro - são 11 km da minha casa, na zona oeste de São Paulo, até a Praça da Sé. Mesmo assim, as torneiras do condomínio, onde moram cerca de 1 mil pessoas, estão secas", artigo de Ana Carolina Sacoman - OESP, 18/5, Metrópole, p.A25.
  "Foi decidido instalar uma série de bombas capazes de coletar parte do 'volume morto'. Esse é o volume de água que garante a recuperação da represa e sua sobrevivência no longo prazo. Essa decisão foi inevitável e vai garantir o abastecimento por alguns meses, talvez até o inicio do próximo período de chuva. Mas é importante dizer que essa decisão envolve riscos. Se gastarmos a maior parte do 'volume morto' durante este ano e não chover no final do ano, talvez não exista sequer água para organizar um racionamento em 2015. Além disso, a retirada dessa água vai dificultar, atrasar ou mesmo impedir a recuperação do Sistema Cantareira. Mas discurso honesto é difícil", artigo de Fernando Reinach - OESP, 17/5, Metrópole, p.E8.
  "Caso haja turbulências no sistema hídrico, por ação natural ou antrópica, podem ocorrer movimentação e dessorção dos poluentes dos sedimentos para a coluna d'água, aumentando a contaminação e o risco de uso desses recursos hídricos. A análise química, ainda que bem detalhada, não contempla a avaliação das interações entre as substâncias presentes na água e os sistemas biológicos. Atualmente, preconiza-se associar análises físicas e químicas aos ensaios biológicos, para que se possa estimar com segurança a qualidade e o possível potencial tóxico da água", artigo de Dejanira de Franceschi de Angelis e Maria Aparecida Marin Morales - OESP, 18/5, Aliás, p.E9.
  "Estranho como praticamente sumiram as ressalvas ao tal 'volume morto'. Reportagem do UOL, do Grupo Folha, alerta sobre possíveis consequências: metais pesados desta reserva podem prejudicar o sistema nervoso, fígado, rins e até provocar câncer. O uso deste volume pode esgotar a água da bacia dos rios e prejudicar o ecossistema. E ainda: o custo do tratamento da água é maior, podendo ser até 40% mais caro e resultar em aumento da conta em 2015.A defesa da ética na política é um dos bordões preferidos da oposição. De palavra, não há quem discorde disso. Mas pelo jeito o que anda em falta mesmo, além da água, é vergonha na cara", artigo de Ricardo Melo - FSP, 19/5, Poder, p.A10.
  "A ampliação da rede de piscinões e a transformação de cada um deles de dosador de vazão em reprocessador de água, com pequenas estações de tratamento, traria enorme alívio ao problema da escassez de água. Em alguns locais, o piscinão a céu aberto com adequadas plantas aquáticas na superfície poderia recuperar as funções depuradoras das nossas antigas várzeas. O uso múltiplo da água assim recuperada permitiria a requalificação e o saneamento de córregos e rios, a utilização industrial e comercial da água de reúso e também o bombeamento da água de melhor qualidade para as represas de abastecimento público", artigo de Celso Mori e Stela Goldenstein - FSP, 18/5, Tendências e Debates, p.A3.
   
 
Imagens Socioambientais

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