Hoje, 27.05, é considerado o Dia da Mata Atlântica, por força de decreto presidencial de 1999. Quase nenhum efeito pratico para reverter sua degradação. Mais estética do que ética. Finge-se proteger, simpaticamente através da regra decretada, mas estimulam-se o avanço da cidade (como espaço ideal do mercado) e do agronegócio sobre os ecossistemas naturais.
Pois, apesar de reverencia presidencial e de sua importância constitucional e, evidentemente, ainda que não para todos (é o que parece), de sua importância ecológica e social, é o bioma mais impactado e degradado do Brasil.
A destruição teve inicio, como sabemos, com a exploração do pau-brasil, para enriquecer a Europa, com seu capitalismo então emergente, depois vieram as monoculturas, o gado e, o golpe de misericórdia, a urbanização, as cidades, moldando esse cenário que compõe a crise ecológica.
Atualmente o desmatamento na Mata Atlântica só aumenta, segundo a ONG SOS Mata Atlântica. Entre julho de 2012 a junho de 2013 o desmatamento atingiu 23.948 hectares, um incremento de 9%. Desse total, 23.142 hectares correspondem a floresta nativa e o restante a regiões de restinga (806 hectares), o que equivale, em linguagem em tempo de Copa, a 24 mil campos de futebol.
O referido estudo demonstra que restam apenas 8,5% dos remanescentes florestais acima de 100 hectares. Considerando os fragmentos acima de 3 hectares, os quais, perdem potencialidade ecológica, o indicie pode chegar a 12,5%.
Minas Gerais é o estado que mais degrada a Mata Atlântica, patrimônio nacional pela Constituição Federal de 88. Logo em seguida vem o Piauí (6.633 hectares), depois a Bahia (4.777 hectares) e o Paraná (2.126). Os quatro estados representam 92% da devastação do bioma.
Desde 2008 o desmatamento só aumenta e a flexibilização do Código Florestal potencializou a degradação da Mata Atlântica. Este No levantamento de 2011 a 2012, foram 21.977 hectares. De 2010 e 2011, desapareceram 14.090 hectares. No período de 2008 a 2010, a média anual de desmatamento foi de 15.183.
Mas já foi pior. No período de 2005 a 2008, foram desmatados 102.938 hectares, uma média anual de 34.313.
Assim, no Dia Nacional da Mata Atlântica, não temos nadas a comemorar, mas sim muito trabalho a fazer para reverter a lógica do mercado, do capital, de morte da biodiversidade e de injustiça social.
Posted: 27 May 2014 08:15 AM PDT
Hoje, 27.05, é considerado o Dia da Mata Atlântica, por força de decreto presidencial de 1999. Quase nenhum efeito pratico para reverter sua degradação. Mais estética do que ética. Finge-se proteger, simpaticamente através da regra decretada, mas estimulam-se o avanço da cidade (como espaço ideal do mercado) e do agronegócio sobre os ecossistemas naturais.
Pois, apesar de reverencia presidencial e de sua importância constitucional e, evidentemente, ainda que não para todos (é o que parece), de sua importância ecológica e social, é o bioma mais impactado e degradado do Brasil.
A destruição teve inicio, como sabemos, com a exploração do pau-brasil, para enriquecer a Europa, com seu capitalismo então emergente, depois vieram as monoculturas, o gado e, o golpe de misericórdia, a urbanização, as cidades, moldando esse cenário que compõe a crise ecológica.
Atualmente o desmatamento na Mata Atlântica só aumenta, segundo a ONG SOS Mata Atlântica. Entre julho de 2012 a junho de 2013 o desmatamento atingiu 23.948 hectares, um incremento de 9%. Desse total, 23.142 hectares correspondem a floresta nativa e o restante a regiões de restinga (806 hectares), o que equivale, em linguagem em tempo de Copa, a 24 mil campos de futebol.
O referido estudo demonstra que restam apenas 8,5% dos remanescentes florestais acima de 100 hectares. Considerando os fragmentos acima de 3 hectares, os quais, perdem potencialidade ecológica, o indicie pode chegar a 12,5%.
Minas Gerais é o estado que mais degrada a Mata Atlântica, patrimônio nacional pela Constituição Federal de 88. Logo em seguida vem o Piauí (6.633 hectares), depois a Bahia (4.777 hectares) e o Paraná (2.126). Os quatro estados representam 92% da devastação do bioma.
Desde 2008 o desmatamento só aumenta e a flexibilização do Código Florestal potencializou a degradação da Mata Atlântica. Este No levantamento de 2011 a 2012, foram 21.977 hectares. De 2010 e 2011, desapareceram 14.090 hectares. No período de 2008 a 2010, a média anual de desmatamento foi de 15.183.
Mas já foi pior. No período de 2005 a 2008, foram desmatados 102.938 hectares, uma média anual de 34.313.
Assim, no Dia Nacional da Mata Atlântica, não temos nadas a comemorar, mas sim muito trabalho a fazer para reverter a lógica do mercado, do capital, de morte da biodiversidade e de injustiça social.
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