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quarta-feira, 14 de maio de 2014



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Cadastro Ambiental Rural, Lixo, Povos Indígenas
Ano 14
14/05/2014

 

Direto do ISA

 
  Regulamentação de Cadastro Ambiental Rural (CAR) publicada na semana passada mostra descompromisso do governo federal com a recuperação florestal e poderá aumentar a confusão jurídica no campo. Artigo de Raul do Valle - Blog do PPDS/ISA, 13/5.
   
 

Povos Indígenas

 
  Jiquitaia quer dizer farinha de pimenta com sal em língua tupi. É um pó feito da mistura de frutas de diferentes variedades da espécie Capsicum spp., plantadas e colhidas por famílias indígenas baniuas. No preparo da jiquitaia, os baniuas desidratam os frutos das pimenteiras ao sol ou no forno e depois os moem no pilão, adicionando ao final do processo uma pequena dose de sal. Seu sabor, extremamente forte, fascina quem a experimenta pela complexidade. Um vidro de pimenta leva em média 12 variedades de plantas, de um universo de 74 tipos de pimenta cultivadas pelos baniuas do rio Içana, na bacia do rio Negro (Amazonas), como explica Adeilson Lopes da Silva, ecólogo do Instituto Socioambiental - FSP, 14/5, Comida, p.F1 e F5.
   
 

Amazônia

 
  As águas do rio Negro, nas vizinhanças de Manaus (AM), abrigam o maior vírus já descoberto no Brasil, um parasita microscópico comparativamente tão grande que chega a superar algumas bactérias em tamanho e complexidade do DNA. Batizado de SMBV, ou simplesmente vírus Samba, ele foi descrito por pesquisadores da UFMG, em parceria com colegas franceses, na revista especializada "Virology Journal". A descoberta pode ser importante tanto para a saúde humana -já que alguns vírus gigantes como o Samba parecem ser capazes de causar pneumonia- quanto para entender melhor a natureza dos vírus. Vírus gigantes são raros, mas não são necessariamente mais perigosos por serem grandes - FSP, 14/5, Ciência, p.C9.
  A Hidrovias do Brasil recebeu autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para erguer seu primeiro terminal portuário no país. O empreendimento ficará no município de Barcarena, no Pará, e faz parte de um investimento total de R$ 1,3 bilhão da empresa no sistema logístico da região (o que inclui mais dois terminais e barcaças). Mas a companhia pode expandir sua atuação além do inicialmente planejado. O terminal deve ficar pronto para operar durante a safra de 2016. O plano é receber cargas do Centro-Oeste, principalmente por rodovias. Ao chegarem a um terminal de Miritituba (PA) as cargas dos caminhões são colocadas em barcaças. Depois, são encaminhadas até o terminal de Vila do Conde, de onde são exportadas - Valor Econômico, 14/5, Empresas, p.B1.
   
 

Água

 
  Às vésperas do início da captação do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira, previsto para esta quinta-feira, 15, os órgãos gestores do principal manancial paulista estudam limitar a quantidade de água retirada das represas para abastecer cerca de 14 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas ao volume de chuva que cai nos reservatórios. A ideia é tentar evitar o colapso do Cantareira, mas pode comprometer o abastecimento nos próximos meses, que são tradicionalmente secos. Na prática, se chover menos do que a média histórica do período em 15 dias, por exemplo, a proposta é diminuir proporcionalmente a vazão máxima de água que poderá ser retirada do sistema nos 15 dias seguintes - OESP, 14/5, Metrópole, p.A13.
  O "volume morto" do Sistema Cantareira começará a ser usado amanhã, pela primeira vez na história para abastecer a Grande São Paulo. Mas ainda resta um impasse entre os órgãos gestores do manancial e a Sabesp sobre a necessidade de se deixar uma reserva estratégica de 50 bilhões de litros para dezembro, caso a estiagem atípica se repita. A quantidade equivale a cerca de 5% do volume útil total do manancial, de 981 bilhões de litros, e a 27% dos 183 bilhões de litros de água represada abaixo do nível das comportas que a Sabesp começa a captar, com uma operação especial. Restam 83,7 bilhões do volume útil do Cantareira, ou 8,6% da capacidade total do sistema - OESP, 14/5, Metrópole, p.A16.
   
 

Lixo

 
  A meta mais visível da Política Nacional de Resíduos Sólidos - que prevê o fim dos lixões no Brasil até o dia 2 de agosto - já foi alcançada na cidade de São Paulo faz tempo. Mas será somente em 2034 que a maior metrópole do País deverá cumprir 100% da legislação que busca resolver a questão do lixo. É para daqui a 20 anos que o recém-lançado Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da cidade promete chegar ao objetivo maior da política nacional: reaproveitar o máximo possível dos resíduos para que somente um mínimo, o chamado rejeito, realmente seja destinado aos aterros sanitários. Hoje, 98,2% dos resíduos paulistanos têm essa destinação. A meta do plano municipal é reduzir para 20% em 2034 - OESP, 14/5, Metrópole, p.A18.
  A menos de três meses do fim do prazo para que o País se adapte à Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tem reafirmado que não há intenção do governo federal em adiar o prazo definido para os municípios. O Ministério do Meio Ambiente ainda não tem um levantamento de quantas cidades estão em desacordo com a meta dos lixões, mas Izabella disse que o maior gargalo está nas cidades pequenas, em especial no Nordeste. Dos 5.570 municípios brasileiros, menos de 250 são responsáveis por 80% da geração de resíduos. Izabella reconhece que a lei não levou em consideração essas diferenças - OESP, 14/5, Metrópole, p.A18.
  A União foi condenada em dezembro pela Justiça Federal a incluir no orçamento os recursos necessários para a construção de um depósito final para os rejeitos radioativos produzidos pelas usinas nucleares de Angra dos Reis, no Rio. A decisão estabelecia prazo de um ano para a definição do local de armazenamento, mas a União recorreu e suspendeu provisoriamente os efeitos da sentença. De acordo com o Ministério Público Federal, que moveu a ação, o lixo nuclear das usinas de Angra é armazenado em depósitos provisórios desde 1982, "representando riscos à vida da população" - OESP, 14/5, Metrópole, p.A18.
   
 
Imagens Socioambientais

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