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segunda-feira, 12 de maio de 2014



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Contaminação, Energia, Parques, Pecuária, Povos Indígenas
Ano 14
12/05/2014

 

Povos Indígenas

 
  Comunidades discutem estratégias adequadas à educação escolar indígena que garantam que seus modos próprios de ensino-aprendizagem sejam respeitados, valorizados e incentivados - Direto do ISA, 12/5.
  "Quando a Comissão da Verdade sobre a ditadura militar inicia a análise do quase genocídio dos ianomâmis nos anos 1970 (na abertura da rodovia Perimetral) e 1980 (com a massiva invasão garimpeira), um novo aumento das mortes é tema de uma investigação atual. Os índios do extremo norte voltam a padecer de altas taxas de mortalidade, vítimas de uma ou mais doenças típicas da sociedade contemporânea, como incompetência administrativa e, talvez, corrupção, como suspeita o Ministério Público. Na área ianomâmi os gastos do Ministério da Saúde subiram quase seis vezes nos últimos dez anos (2004-2013). Mas, no mesmo período, a incidência de malária subiu de 41,8 por mil habitantes para 70,6", artigo de Leão Serva - FSP, 12/5, Cotidiano, p.C2.
 
A Polícia Federal prendeu sexta-feira em Faxinalzinho (RS) um grupo de cinco índios kaingang, suspeitos de terem matado dois agricultores no último dia 28. Duas detenções foram feitas dentro da prefeitura, durante uma reunião que havia sido convocada pelo governo estadual e pela Funai para mediar um acordo entre as comunidades indígenas e os agricultores que ocupam áreas destinadas a uma possível terra indígena. Pelo menos oito mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Federal de Erechim contra os acusados de terem assassinado os irmãos Anderson de Souza e Alcemar de Souza. A comunidade indígena está acampada há 12 anos na região e reivindica demarcação de terras - O Globo, 10/5, País, p.8.
   
 

Parques

 
  Os parques nacionais de Jericoacoara e Ubajara, no Ceará, e de Sete Cidades e Serra das Confusões, no Piauí, estão hoje imersos numa polêmica sobre possíveis privatizações. De um lado, estão aqueles que defendem uma administração mais eficiente. Do outro, os que temem que os parques percam o que têm de melhor: a paz e a beleza in natura. No Ceará, uma empresa ficaria responsável pelo controle de acesso, arrecadação de entradas e apoio à visitação. Ela também teria o direito de construir restaurantes e pousadas, o que desagrada aos moradores. "O projeto é agressivo. Controlar a entrada tudo bem, mas esses outros serviços são dispensáveis. Já temos hotéis e restaurantes", diz o presidente do Conselho Comunitário, Elenildo Silva - O Globo, 11/5, País, p.16.
  A parceria entre o ICMBio e empresas privadas vem garantindo uma visitação de melhor qualidade e uma maior proteção ao Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. O modelo aplicado pela concessionária Cataratas do Iguaçu S.A. deverá servir de exemplo à parcerias público-privadas (PPPs) dos parques nacionais de Jericoacoara, Ubajara, Sete Cidades e Serra das Confusões. No Iguaçu, os gestores destacam a oferta de recursos, mão de obra e estrutura para preservar 185 mil hectares. "Sem as parcerias, cuidar de uma unidade como esta seria impossível", admite o diretor do parque, Jorge Pegoraro. Desde que a Cataratas do Iguaçu S.A. começou a operar, em 2000, o número de ingressos subiu de 600 mil por ano para mais de 1,5 milhão - O Globo, 11/5, País, p.16.
  "A beleza cênica do primeiro parque nacional do Brasil - o de Itatiaia, criado em 1937 - e do Parque Nacional Serra da Bocaina está prejudicada por antenas gigantes de Furnas. Pelo direito dos visitantes a contemplar as belezas das unidades e por questões ambientais, tramita no Ministério Público Federal, desde 2010, um inquérito civil público que trata de um peculiar conflito de interesses entre o ICMBio e Furnas. A questão consiste na utilização de espaços de conservação para instalações da empresa pública, como torres com antenas de transmissão de micro-ondas e construções/imóveis de apoio", artigo de Luciana Portal Gadelha - O Globo, 10/5, Opinião, p.21.
   
 

Energia

 
  A usina nuclear Angra 2, em Angra dos Reis (RJ), corre o risco de ser desligada em 2017 em razão da saturação dos depósitos de rejeitos radioativos, segundo uma avaliação da Comissão Nacional de Energia Nuclear. O mesmo deve ocorrer com a usina Angra 1 em 2018 ou 2019. E Angra 3, ainda em construção, pode deixar de entrar em operação por conta da crítica situação de armazenamento dos rejeitos. Uma auditoria do TCU no sistema que guarda o lixo atômico descobriu o iminente esgotamento dos depósitos de resíduos de baixa e média radioatividade e das piscinas que recolhem o combustível usado, de alta radioatividade. O mais grave é que a construção do novo depósito e da nova piscina está praticamente na estaca zero - O Globo, 12/5, País, p.3.
  Apesar da crise energética no país, com risco de tarifas mais caras e até de racionamento, o Brasil quase não avança no aquecimento e na geração de eletricidade solar. Os problemas ocorrem tanto em projetos de larga escala como na pequena produção doméstica. Nem mesmo os programas governamentais conseguem progresso significativo: em 2010, o governo anunciou um plano, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética para instalar até o fim de 2014 placa solar para chuveiros em dois milhões de casas do Minha Casa Minha Vida. Até agora, segundo a Caixa, apenas 215.945 residências contam com o sistema, ou 10,8% da meta - O Globo, 12/5, Economia, p.15.
   
 

Água

 
  O nível de água do Sistema Cantareira atingiu 8,9% da capacidade ontem, mantendo a tendência de esgotamento do mais importante conjunto de represas para o abastecimento dos cerca de 9 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo - OESP, 12/5, Metrópole, p.A13.
  A escassez de água e a possibilidade de racionamento, ainda que negada pelo governo de São Paulo, mobiliza os setores da indústria e da agricultura das regiões abastecidas direta ou indiretamente pelo Sistema Cantareira. A maioria das empresas ampliou medidas para economizar água e espera que a situação melhore em breve. Mas muitas estudam alternativas, como recorrer a caminhões-pipa. O problema já fez uma multinacional parar a produção por duas semanas. O risco de escassez de água preocupa produtores de flores no interior paulista. "Se tiver racionamento, terei de fechar a porteira", diz o produtor de rosas Francisco Saito - OESP, 12/5, Metrópole, p.A12.
  A já limitada navegação no rio São Francisco ficou ainda mais comprometida pela pior seca dos últimos 50 anos na região do semiárido. Antigos problemas de erosão das margens e de assoreamento somam-se agora à diminuição do nível do rio, expondo rochas ao longo dos 1.579 quilômetros navegáveis. Por causa disso, a única empresa que ainda transporta cargas pelo São Francisco ameaça trocar o rio pela rodovia, mudança que aumentaria os custos da indústria que depende do caroço de algodão do oeste baiano - FSP, 11/5, Mercado, p.B7.
  Indústrias e estabelecimentos comerciais já buscam alternativas para continuar funcionando caso os cortes de água se confirmem. Aos varejistas, a Federação do Comércio de São Paulo vem recomendando que ampliem a capacidade de suas caixas d'água. Outros estabelecimentos, como os shopping centers têm optado por poços artesianos como uma fonte alternativa. Pelo menos 20 shoppings na Grande São Paulo já usam poços artesianos, com pequenas estações de tratamento, para complementar o suprimento de água. Até colégios estão recorrendo aos poços para enfrentar um eventual racionamento - O Globo, 10/5, Economia, p.24.
  'Semana que vem, 9 milhões de paulistanos vão começar a beber água do volume morto do Sistema Cantareira. As bombas que vão sugar o fundo da Represa do Jaguari-Jacareí serão ligadas. O que poucos lembram é que esta é a segunda vez que vamos beber água do volume morto, a primeira foi no final de 2003, na última grande seca. Naquele verão, o nível da represa chegou a 0% e até atingiu valores negativos (-7,3%). Isso apesar de o nível da represa estar na cota 827,53 metros, seis metros acima da cota em que ela se encontra hoje (821,61 metros acima do nível do mar)", artigo de Fernando Reinach - OESP, 10/5, Metrópole, p.E4.
   
 

Geral

 
  O município de São Félix do Xingu, no Sul do Pará, não encabeça mais a "lista negra" dos principais desmatadores do Ministério do Meio Ambiente. Mas a cidade ainda não saiu de vez da lista, ainda que um esforço concentrado tenha reduzido o desmatamento em 70% nos últimos cinco anos. A área atingida caiu de 761 km2 para 223 km2 entre 2008 e o ano passado. Para sair definitivamente da "lista negra", o desmatamento terá de ser reduzido para 40 km2 anuais. À beira do Rio Xingu, o município é o maior produtor nacional de gado. A cidade pagou um preço alto pelo desflorestamento descontrolado das últimas décadas - Valor Econômico, 12/5, Especial, p.G2.
  De acordo com a ação, a multinacional Eli Lilly manipulou em terreno em Cosmópolis (SP), produtos químicos usados para fazer agrotóxicos e enterrou ilegalmente os resíduos em valas. Todos os ex-trabalhadores que passaram pela unidade durante o período de contaminação - 26 anos, segundo a ação, de 1977 a 2003 - terão direito a seguro saúde, para eles e para seus filhos nascidos posteriormente ao serviço, pelo resto da vida. Além da Eli Lilly do Brasil, foi condenada também a ABL (Antibiótico do Brasil Ltda), que atualmente opera a planta industrial de Cosmópolis - OESP, 10/5, Metrópole, p.E1 a E3.
  "Embora sejam emitidos desde os tempos do Paraíso, os poderosos gases bovinos ameaçam agora o clima do planeta e essa carne deve ser banida já da mesa dos homens. É nesse cenário que vem a proposta de criar a carne artificial para, segundo o investigador holandês Mark Post, reduzir em 60% o estrago ambiental. Provas? Nem pensar. Agora, já não se discute a produção e sua ambiência, mas a própria atividade pecuária. O que há de verdade nisso e o que há de guerra comercial? Eis um debate que, internamente, não se abriu e que, desde já, está colocado aos candidatos à Presidência da República", artigo de Kátia Abreu - FSP, 10/5, Mercado 1, p.B7.
  "Com metas estabelecidas para os próximos 20 anos, o recém-lançado Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Paulo pretende reduzir drasticamente o volume de lixo despejado em aterros sanitários. Se hoje 98,2% dos resíduos têm essa destinação, espera-se que em 2034 a parcela se reduza a 20%. Não será fácil. Para atingir esse objetivo, a cidade terá de ampliar o processamento doméstico do lixo e aumentar a coleta seletiva com vistas à reciclagem", editorial - FSP, 10/5, Editoriais, p.A2.
   
 
Imagens Socioambientais

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