Alinhado a este objetivo, órgãos do Governo Brasileiro desenvolvem, atualmente, estudos, projetos e ações em parcerias com montadoras, concessionárias de energia e operadores de frotas de automóveis para o desenvolvimento de pesquisas de veículos movidos a energia elétrica, bem como a elaboração de testes de implantação de redes e postos de recarga para as baterias destes veículos.
Muitos são os artigos publicados sobre o tema. Mas recentemente, a VEZ (Veículos de Emissão Zero) do Brasil, parece ter tirado do papel o que, até pouco tempo e para muitos, parecia um sonho irrealizável. O SEED, que em inglês quer dizer semente, é o primeiro veículo elétrico desenvolvido no país, e conta com vantagens que atendem, principalmente, às necessidades mais urgentes do meio ambiente.
Após 10 anos de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos Nacional, o SEED entrou no mercado com preço competitivo, pintura, acabamentos e acessórios personalizados, bom desempenho e baixo custo de manutenção. A começar pela carroceira, feita de Fiber Glass, o SEED prova a que veio não utilizando ferro nem aço como matéria prima e evitando o impacto ambiental decorrente da cadeia de fabricação destes metais. Assim como os pneus, produzidos em material reutilizado, a maioria de suas autopeças são de origem reciclada ou recicláveis.
Outro ponto positivo está na bateria ECOPOWER produzida pela VEZ, totalmente ecológica e 100% reciclada. Ao invés de polímeros de íons de lítio (Li, um metal alcalino instável que pode entrar em combustão com temperaturas acima de 60oC), a ECOPOWER é feita com chumbo ácido e seu passivo ambiental chega próximo de zero. De acordo com a fabricante, “a melhoria de sua densidade energética é significativa (menor que 70 watt-hora por Kg), representando 1/3 do preço de uma bateria equivalente de íon de lítio para a mesma tensão de operação”.
O SEED consome 4x menos por Km rodado que um carro Flex convencional. Ou seja, para quem gasta em média R$ 100,00 por mês de gasolina para rodar determinada distância com um carro Flex convencional, poderá gastar apenas R$ 25,00 por mês para percorrer a mesma distância com o SEED.
“Tudo está relacionado ao desenvolvimento de infraestruturas…Para que o carro elétrico dê certo é preciso de infraestrutura”, afirma Carlos Ghosn, CEO das montadoras Nissan e Renault.
O Brasil vem enfrentando sérios problemas com o abastecimento de energia elétrica em suas grandes cidades. Mas, embora o carro a etanol seja uma alternativa eficiente e viável para a redução da poluição no país e sua maior fonte de eletricidade seja das mais limpas que existe (Usinas Hidrelétricas), o Brasil tem potencial para investir a fundo em energias renováveis como solar e eólica, por exemplo, que viabilizariam ainda mais o consumo e uso de veículos elétricos no pais. Uma coisa é certa: a semente foi plantada!
* Elisa Homem de Mello é jornalista.
(A Autora)
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