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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Circo Ringling Brothers insiste em continuar explorando animais

19 de maio de 2014


(da Redação da ANDA)
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O Circo Ringling Brothers tem ocupado novamente os noticiários deste mês, e mais uma vez graças aos maus-tratos a animais. De acordo com a ABC 6, ativistas de direitos animais estão chamando a atenção para as práticas de treinamento cruéis da companhia. As informações são do Travelers Today.
Ashley Byrne, da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), declarou: “Quando o circo chega à cidade, você pode ter certeza de que a crueldade vem junto, pois todo circo que usa animais pratica ameaça e intimidação para treiná-los”.
Treinadores do circo – que se auto denomina “O Maior Show da Terra” – defenderam-se argumentando que a segurança aos animais é prioridade máxima para a empresa. Joey Frisco, um domador de elefantes que trabalha no Ringling Brothers, disse que o público deve entender o quanto eles cuidam dos animais. “Nosso menor elefante aqui…a April, ela pesa 1.360 kg, eu não acho que qualquer pessoa já teve um cão que pese 1.360 kg ou algo assim e foi capaz de fazer qualquer tipo de animal realizar o que ele não quer”.
Foto: YouTube
Foto: YouTube
Para divulgar e educar o público quanto à controvérsia do Ringling Brothers, manifestantes da PETA entregaram panfletos e DVDs contendo evidências de maus-tratos, como cenas em que os treinadores usam “bull hooks”, longos bastões com ponta de metal utilizadas para intimidar e “punir” os animais. Byrne acrescentou que os “bull hooks” servem a apenas dois propósitos: para infligir dor, ou infligir o medo da dor.
A controversa campanha do Ringling Brothers a favor dos “bull hooks” entrou novamente em evidência após o último episódio envolvendo a segurança dos seus artistas.
A performance chamada “candelabro humano” caiu de uma altura de 12 metros em frente a 3.900 espectadores devido ao rompimento de uma braçadeira. Como resultado do acidente, alguns artistas sofreram fraturas, e dois acrobatas ainda encontravam-se em estado crítico na semana seguinte.
Stephen Payne, porta-voz do Ringling Bros, disse à Associated Press: “Nós queremos assegurar que todos os nossos performers estejam em segurança. Um acidente como esse é sem precedentes”.
Foto: YouTube
Foto: YouTube
Quando questionado sobre a controvérsia da crueldade aos animais no Ringling Brothers, Payne declarou ser contra uma lei que proibirá os “bull hooks”. Ele disse que a decisão “não é suportada por qualquer evidência ou prova de abuso a elefantes em Los Angeles”, e que a proibição “irá privar famílias do direito de levar suas crianças para ver animais no circo”.
No entanto, além de serem abusados, os animais explorados pelos circos também sofrem acidentes. Na exposição sobre o Ringling Bros. intitulada “The Cruelest Show on Earth” (“O Show Mais Cruel da Terra”), Deborah Nelson conta a história de um acidente fatal em 2004 que envolveu um elefante de oito meses de idade. De acordo com a Take Part, o filhote teve de ter sua morte induzida após ter fraturado duas pernas durante um exercício de treinamento.

Nota da Redação: No Brasil, os estados de Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais têm legislação que proíbe o uso de animais em circo. O Pl 7291/06, de autoria do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que tem como objetivo proibir animais em circos em todo o país, se encontra pronto para pauta no plenário e consta como prioridade. Escreva para o Presidente da Câmara, o Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e exija a aprovação do projeto com urgência:
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