Por Loren Claire Canales (da Redação)
A ONG Igualdad Animal apresenta novas imagens resultantes da investigação que realizou nos pontos de venda de cães e gatos dos mercados de Tres Pájaros de Dali, localizados em Nanhai, Foshan (região de Guangdong), assim como em dois locais de criação e engorda e um matadouro da zona.
Esta nova investigação encontra-se no âmbito da campanha SinVoz, iniciada em Abril deste mesmo ano, com a qual a ONG pretende por fim ao comércio de carne de cães e gatos na China. O resultado imediatos da investigação foi o fechamento de um matadouro e 33 estabelecimentos comerciais da região.
Apesar de seguranças perseguirem e tentarem impedir os membros da ONG em acompanhar a descarga dos animais vivos nos mercados, ainda foi possível que testemunhassem milhares deles chegando em enormes caminhões, amontoados dentro de pequenas jaulas.
Os cães, gatos e coelhos são descarregados à noite e as jaulas onde estão confinados são arremessadas do alto dos caminhões. Muitos destes animais partem os ossos com a queda das jaulas no chão. Algumas gatas prenhas dão à luz durante o trajeto até o mercado, que dura vários dias e durante o qual não comem nem bebem, e seus filhotes morrem ao serem esmagados na brutal descarga das jaulas.
Visita ao criadouro de cães de Shandong
Para conhecer de perto como funciona a indústria da carne de cachorro na China, a ONG visitou o criadouro de cães de Shandong (em Jining), onde os animais são criados para o consumo de sua carne e pele.
Tiveram acesso a dois espaços deste criadouro de Shandong: um destinado aos cães adultos e outro repleto de filhotes.
O primeiro espaço contava com várias boxes, dentro das quais havia cerca de 10 cães adultos de tamanho grande (alaska, malamute, galgos e outras raças) destinados à reprodução.
No outro espaço foi possível contar cerca de 150 filhotes de apenas uma semana de vida, amontoados em pequenas jaulas de arame espalhadas pelo chão. Estas jaulas tinham aproximadamente meio metro de largura por 40 cm de altura, onde até 13 animais se espremiam em cada uma. Apenas os menores conseguiam se mover em seu interior.
Segundo informações fornecidas neste criadouro, os filhotes são vendidos com 3 semanas de idade a outra empresa, onde são submetidos a engorda até chegarem ao peso adequado. Uma vez engordados, os filhotes são degolados no próprio criadouro ou são levados ao matadouro. Cada filhote é vendido por 200 yuanes (por volta de 74 reais).
É possível ver a galeria completa de fotografias do criadouro aqui:
Visita ao criadouro de cães de Jiaxiang
Ao chegar a este criadouro de engorda observamos uma única jaula com uma dezena de filhotes, e as boxes onde mantinham cerca de 60 cães grandes. Os cães são engordados em Jiaxiang até alcançarem uma média de 90 Kg de peso e posteriormente são vendidos para o consumo de sua carne.
É possível ver a galeria completa de fotografias do criadouro aqui:
Matadouro de cães de Zhanjiang
Durante a investigação, a ONG visitou um matadouro localizado em um bairro de Zhanjiang, em uma zona residencial. Lá são mortos cerca de 15 cães por dia. Os animais são mantidos presos em uma habitação sem ventilação e totalmente escura, sem água nem comida, até o momento de sua morte. São golpeados na cabeça, esfaqueados e, posteriormente, o pelo é retirado para enviar a carne limpa aos restaurantes locais.
É possível ver a galeria de imagens feitas no matadouro de Zhanjiang aqui:
Atenção: imagens de extrema violência
Mercado de Wuhan (Husband Seafood Market)
Em Wuhan não é habitual o consumo de carne de cachorro. No entanto, os investigadores da ONG descobriram neste mercado um estabelecimento cheio de jaulas, dentro das quais encontraram uma grande quantidade de animais vivos, todos destinados para o mercado da carne: 15 cães distribuídos em várias jaulas, além de veados, jacarés, guaxinins, ouriços, um porco-espinho, faisões, burros e gansos. Também foi observado que nesta mesma manhã haviam matado pelo menos um cachorro, pois a sua pele estava sobre uma das jaulas. Em outra, chegou-se a ver inclusive o crânio de um cachorro.
É possível ver a galeria completa de fotografias do mercado aqui:
Comércio de carne de gato no mercado de FuXing (Taiping)
No mercado de FuXing comprovou-se como os gatos também são vítimas do consumo de carne. Neste mercado, os gatos são diretamente capturados das ruas e mortos nos restaurantes por meio de um golpe na cabeça. Posteriormente, são colocados em enormes panelas com água fervendo e servidos como parte do famoso prato “Dragão, Tigre e Fênix” que, segundo a tradição, “ajuda a fortalecer o corpo”.
Além disto, neste mercado também eram vendidos para alimentação cães, guaxinins e outros animais não domésticos.
Estima-se que cerca de 4 milhões e gatos são mortos por ano na China devido a sua carne.
É possível ver a galeria completa de fotografias do mercado de FuXing aqui:
A ONG Igualdad animal iniciou uma campanha para acabar com a produção e o consumo de carne de cachorros e gatos na China. Ela faz parte dos milhões de pessoas que consideram inaceitável o massacre de cães e gatos para o consumo humano. Por isso, apelam ao Governo chinês para que proíba esta cruel atividade imediatamente.
Petição pode ser assinada aqui. De acordo com a carta da petição:
“Tendo em vista a impactante investigação em matadouros e comércios de carne de cachorro, apresentada pela organização de direitos animais Igualdad Animal, pôde-se comprovar as torturas física e psicológica a que são submetidos estes animais que alcançam limites difíceis de assimilar. Mais de 10 milhões de cachorros e 4 milhões de gatos são mortos por ano para o consumo de sua carne e de sua pele na China, e esta crueldade não tem justificação. Somos milhões de pessoas que consideramos inaceitável o massacre de cachorros e gatos tanto para o consumo humano, como para o comércio de peles e através desta petição solicito ao Governo chinês a erradicação desta cruel atividade no país, totalmente alheia a ética e a compaixão mais elementares.
Assinando a nossa petição, você fará chegar aos responsáveis do Governo chinês a sua rejeição ao consumo de carne e pele de cães e gatos. É necessário que acrescente a sua assinatura a de milhares de pessoas que se uniram a esta campanha para que esta prática passe a ser, de uma vez por todas, parte do passado.”
E termina com uma reflexão do Diário do Investigador, “Vi que alguns cães corriam livres pelas vielas. Outros estavam acorrentados. Me disseram que estes cães não eram para o consumo humano e que eram animais domésticos dos moradores locais. Mas qual é a diferença entre estes indivíduos e os cães nas jaulas que iriam ser assassinados? Com qual critério os humanos decidem quem deve ficar enjaulado e em algum momento comido, e quem deve ser perdoado e tido como animal doméstico digno de cuidados?”
Esta nova investigação encontra-se no âmbito da campanha SinVoz, iniciada em Abril deste mesmo ano, com a qual a ONG pretende por fim ao comércio de carne de cães e gatos na China. O resultado imediatos da investigação foi o fechamento de um matadouro e 33 estabelecimentos comerciais da região.
Apesar de seguranças perseguirem e tentarem impedir os membros da ONG em acompanhar a descarga dos animais vivos nos mercados, ainda foi possível que testemunhassem milhares deles chegando em enormes caminhões, amontoados dentro de pequenas jaulas.
Os cães, gatos e coelhos são descarregados à noite e as jaulas onde estão confinados são arremessadas do alto dos caminhões. Muitos destes animais partem os ossos com a queda das jaulas no chão. Algumas gatas prenhas dão à luz durante o trajeto até o mercado, que dura vários dias e durante o qual não comem nem bebem, e seus filhotes morrem ao serem esmagados na brutal descarga das jaulas.
Visita ao criadouro de cães de Shandong
Para conhecer de perto como funciona a indústria da carne de cachorro na China, a ONG visitou o criadouro de cães de Shandong (em Jining), onde os animais são criados para o consumo de sua carne e pele.
Tiveram acesso a dois espaços deste criadouro de Shandong: um destinado aos cães adultos e outro repleto de filhotes.
O primeiro espaço contava com várias boxes, dentro das quais havia cerca de 10 cães adultos de tamanho grande (alaska, malamute, galgos e outras raças) destinados à reprodução.
No outro espaço foi possível contar cerca de 150 filhotes de apenas uma semana de vida, amontoados em pequenas jaulas de arame espalhadas pelo chão. Estas jaulas tinham aproximadamente meio metro de largura por 40 cm de altura, onde até 13 animais se espremiam em cada uma. Apenas os menores conseguiam se mover em seu interior.
Segundo informações fornecidas neste criadouro, os filhotes são vendidos com 3 semanas de idade a outra empresa, onde são submetidos a engorda até chegarem ao peso adequado. Uma vez engordados, os filhotes são degolados no próprio criadouro ou são levados ao matadouro. Cada filhote é vendido por 200 yuanes (por volta de 74 reais).
É possível ver a galeria completa de fotografias do criadouro aqui:
Visita ao criadouro de cães de Jiaxiang
Ao chegar a este criadouro de engorda observamos uma única jaula com uma dezena de filhotes, e as boxes onde mantinham cerca de 60 cães grandes. Os cães são engordados em Jiaxiang até alcançarem uma média de 90 Kg de peso e posteriormente são vendidos para o consumo de sua carne.
É possível ver a galeria completa de fotografias do criadouro aqui:
Matadouro de cães de Zhanjiang
Durante a investigação, a ONG visitou um matadouro localizado em um bairro de Zhanjiang, em uma zona residencial. Lá são mortos cerca de 15 cães por dia. Os animais são mantidos presos em uma habitação sem ventilação e totalmente escura, sem água nem comida, até o momento de sua morte. São golpeados na cabeça, esfaqueados e, posteriormente, o pelo é retirado para enviar a carne limpa aos restaurantes locais.
É possível ver a galeria de imagens feitas no matadouro de Zhanjiang aqui:
Atenção: imagens de extrema violência
Mercado de Wuhan (Husband Seafood Market)
Em Wuhan não é habitual o consumo de carne de cachorro. No entanto, os investigadores da ONG descobriram neste mercado um estabelecimento cheio de jaulas, dentro das quais encontraram uma grande quantidade de animais vivos, todos destinados para o mercado da carne: 15 cães distribuídos em várias jaulas, além de veados, jacarés, guaxinins, ouriços, um porco-espinho, faisões, burros e gansos. Também foi observado que nesta mesma manhã haviam matado pelo menos um cachorro, pois a sua pele estava sobre uma das jaulas. Em outra, chegou-se a ver inclusive o crânio de um cachorro.
É possível ver a galeria completa de fotografias do mercado aqui:
Comércio de carne de gato no mercado de FuXing (Taiping)
No mercado de FuXing comprovou-se como os gatos também são vítimas do consumo de carne. Neste mercado, os gatos são diretamente capturados das ruas e mortos nos restaurantes por meio de um golpe na cabeça. Posteriormente, são colocados em enormes panelas com água fervendo e servidos como parte do famoso prato “Dragão, Tigre e Fênix” que, segundo a tradição, “ajuda a fortalecer o corpo”.
Além disto, neste mercado também eram vendidos para alimentação cães, guaxinins e outros animais não domésticos.
Estima-se que cerca de 4 milhões e gatos são mortos por ano na China devido a sua carne.
É possível ver a galeria completa de fotografias do mercado de FuXing aqui:
A ONG Igualdad animal iniciou uma campanha para acabar com a produção e o consumo de carne de cachorros e gatos na China. Ela faz parte dos milhões de pessoas que consideram inaceitável o massacre de cães e gatos para o consumo humano. Por isso, apelam ao Governo chinês para que proíba esta cruel atividade imediatamente.
Petição pode ser assinada aqui. De acordo com a carta da petição:
“Tendo em vista a impactante investigação em matadouros e comércios de carne de cachorro, apresentada pela organização de direitos animais Igualdad Animal, pôde-se comprovar as torturas física e psicológica a que são submetidos estes animais que alcançam limites difíceis de assimilar. Mais de 10 milhões de cachorros e 4 milhões de gatos são mortos por ano para o consumo de sua carne e de sua pele na China, e esta crueldade não tem justificação. Somos milhões de pessoas que consideramos inaceitável o massacre de cachorros e gatos tanto para o consumo humano, como para o comércio de peles e através desta petição solicito ao Governo chinês a erradicação desta cruel atividade no país, totalmente alheia a ética e a compaixão mais elementares.
Assinando a nossa petição, você fará chegar aos responsáveis do Governo chinês a sua rejeição ao consumo de carne e pele de cães e gatos. É necessário que acrescente a sua assinatura a de milhares de pessoas que se uniram a esta campanha para que esta prática passe a ser, de uma vez por todas, parte do passado.”
E termina com uma reflexão do Diário do Investigador, “Vi que alguns cães corriam livres pelas vielas. Outros estavam acorrentados. Me disseram que estes cães não eram para o consumo humano e que eram animais domésticos dos moradores locais. Mas qual é a diferença entre estes indivíduos e os cães nas jaulas que iriam ser assassinados? Com qual critério os humanos decidem quem deve ficar enjaulado e em algum momento comido, e quem deve ser perdoado e tido como animal doméstico digno de cuidados?”
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