Avaliação do período entre agosto de 2011 e julho de 2012 revela disparada na exploração irregular de madeira; o aumento legal foi de apenas 8%.
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta semana o Boletim Transparência Manejo Florestal Estado do Pará 2011-2012, mostrando que a área total de exploração madeireira foi de 157,2 mil hectares de florestas, dos quais 122,3 mil hectares (78%) não foram autorizados e 34,9 mil hectares mil (22%) foram liberados para manejo florestal.
Esses números significam que o desmatamento ilegal cresceu 151% no Pará, contra um aumento de somente 8% na exploração autorizada.
“As áreas exploradas não autorizadas tiveram maior ocorrência no sudoeste do Pará (32% – Uruará e Trairão). O restante ocorreu no sudeste (19% – Paragominas e Ulianópolis), Marajó (17% – Portel e Bagre), nordeste (16%- Tailândia e Mojú) e Baixo Amazonas (16% – Prainha e Santarém)”, afirma o Boletim.
Considerando as florestas afetadas pela exploração ilegal de madeira, a maioria (67%) situava-se em áreas privadas, devolutas ou sob disputa; outros 25%, em assentamentos de reforma agrária; e 8%, em áreas protegidas.
Apenas 2.055 hectares de exploração ilegal de madeira foram encontrados em terras indígenas (TI), sendo que a TI Anambé, situada no município de Moju, concentrou 41% desse total.
Já em unidades de conservação (UCs) foram somente 8.037 hectares de florestas exploradas ilegalmente. As mais exploradas foram a Floresta Nacional (Flona) de Itaituba II (48% do total detectado), Flona do Trairão (30%) e Flona do Jamanxim (10%).
Analisando as áreas dos planos de manejo entre 2007 e 2012, o Imazon destaca que, das 715 autorizações de exploração florestal avaliadas (476.454 hectares), a quase totalidade (99% ou 473.662 hectares) continua conservada, e apenas 1% (2.792 hectares) foi desmatada. Em relação ao período anterior, foi observado um aumento de desmatamento de apenas 300 hectares.
Para realizar esses cálculos, o Imazon utilizou informações dos sistemas de controle da Sema – Simlam (Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental) e Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) -, as quais foram sobrepostas àquelas geradas pelo Simex (Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira), desenvolvido pela entidade.
Em seu boletim de agosto sobre o desmatamento geral da Amazônia, o Imazon indicou que entre agosto de 2012 e julho de 2013 a floresta perdeu 2.007 quilômetros quadrados (km2). Isso significa que houve uma alta de 92% entre a destruição cometida nos últimos 12 meses com relação ao período anterior (agosto de 2011 a julho de 2012), que registrou 1.047km2.
Mais recentemente, na semana passada, o Imazon detectou uma queda no desmatamento. Foram 103 quilômetros quadrados destruídos em setembro de 2013, uma queda de 76% se comparada com setembro de 2012.
* Com informações do Imazon.
** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta semana o Boletim Transparência Manejo Florestal Estado do Pará 2011-2012, mostrando que a área total de exploração madeireira foi de 157,2 mil hectares de florestas, dos quais 122,3 mil hectares (78%) não foram autorizados e 34,9 mil hectares mil (22%) foram liberados para manejo florestal.
Esses números significam que o desmatamento ilegal cresceu 151% no Pará, contra um aumento de somente 8% na exploração autorizada.
“As áreas exploradas não autorizadas tiveram maior ocorrência no sudoeste do Pará (32% – Uruará e Trairão). O restante ocorreu no sudeste (19% – Paragominas e Ulianópolis), Marajó (17% – Portel e Bagre), nordeste (16%- Tailândia e Mojú) e Baixo Amazonas (16% – Prainha e Santarém)”, afirma o Boletim.
Considerando as florestas afetadas pela exploração ilegal de madeira, a maioria (67%) situava-se em áreas privadas, devolutas ou sob disputa; outros 25%, em assentamentos de reforma agrária; e 8%, em áreas protegidas.
Apenas 2.055 hectares de exploração ilegal de madeira foram encontrados em terras indígenas (TI), sendo que a TI Anambé, situada no município de Moju, concentrou 41% desse total.
Já em unidades de conservação (UCs) foram somente 8.037 hectares de florestas exploradas ilegalmente. As mais exploradas foram a Floresta Nacional (Flona) de Itaituba II (48% do total detectado), Flona do Trairão (30%) e Flona do Jamanxim (10%).
Analisando as áreas dos planos de manejo entre 2007 e 2012, o Imazon destaca que, das 715 autorizações de exploração florestal avaliadas (476.454 hectares), a quase totalidade (99% ou 473.662 hectares) continua conservada, e apenas 1% (2.792 hectares) foi desmatada. Em relação ao período anterior, foi observado um aumento de desmatamento de apenas 300 hectares.
Para realizar esses cálculos, o Imazon utilizou informações dos sistemas de controle da Sema – Simlam (Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental) e Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) -, as quais foram sobrepostas àquelas geradas pelo Simex (Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira), desenvolvido pela entidade.
Em seu boletim de agosto sobre o desmatamento geral da Amazônia, o Imazon indicou que entre agosto de 2012 e julho de 2013 a floresta perdeu 2.007 quilômetros quadrados (km2). Isso significa que houve uma alta de 92% entre a destruição cometida nos últimos 12 meses com relação ao período anterior (agosto de 2011 a julho de 2012), que registrou 1.047km2.
Mais recentemente, na semana passada, o Imazon detectou uma queda no desmatamento. Foram 103 quilômetros quadrados destruídos em setembro de 2013, uma queda de 76% se comparada com setembro de 2012.
* Com informações do Imazon.
** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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