Terra atinge recorde na emissão de gases-estufa
A emissão de gases-estufa na atmosfera atingiu um novo recorde no ano passado, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A liberação de CO2 atingiu 391 partes por milhão (ppm). Estima-se que, se este número chegar a 400 ppm, 90% dos recifes de corais, lar de grande parte da biodiversidade marinha, estariam comprometidos. O recorde na liberação de CO2 encontrado pela OMM corrobora um outro estudo, divulgado segunda-feira, pelo Banco Mundial. A organização alertou que, mantida a inércia atual, a Humanidade caminha para a liberação de 800 ppm em meados do século, o que aumentaria a temperatura global em 4o C. Especialistas de ambas as entidades são descrentes em relação às decisões que podem ser tomadas na 18ª Conferência do Clima, em Doha, na semana que vem - O Globo, 21/11, Ciência, p.34.
Dois agrotóxicos 'pularam' avaliação da Anvisa
Dois agrotóxicos chegaram ao mercado sem passar pela avaliação da Anvisa que examina eventuais danos à saúde humana. Essa avaliação é obrigatória para o registro no Ministério da Agricultura, mas foi "pulada". Um dos dois produtos beneficiados é o Diamante BR, inseticida da Ourofino Agronegócios. A empresa é a mesma que, no ano passado, emprestou um jatinho ao então ministro da Agricultura Wagner Rossi, do PMDB, no episódio que acelerou sua queda. O outro produto que não passou pela avaliação da Anvisa é o Locker, fungicida da FMC Química do Brasil. O ex-gerente de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, denunciou suspeita de corrupção e irregularidades em carta numa rede social. Segundo ele, houve até a falsificação de sua assinatura - FSP, 21/11, Poder, p.A9.
Barragem submersa garante água na seca
O engenheiro José Artur Padilha criou um método que promove a irrigação e a regeneração do solo e transformou sua fazenda no município de Afogados da Ingazeira, no sertão de Pernambuco, em um laboratório vivo. O método de armazenagem de água, intitulado de Conceito Base Zero, utiliza barragens submersas em leitos de rios secos. Padilha acredita em uma "revolução pacífica" para todo o semiárido nordestino com a adoção do método pela gestão pública. Incluído na Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente de 1999, o Conceito Base Zero nunca foi adotado por nenhum governo - OESP, 21/11, Vida, p.A20.
Os desafios do agronegócio
"Na medida em que a agropecuária brasileira começou a se destacar como um grande competidor no mercado internacional, o País passou a enfrentar o protecionismo de muitas nações desenvolvidas e também agressões internas de grupos ideológicos, sob diversos pretextos. Não por coincidência, enquanto diminui a atuação dos 'sem-terra', ganha corpo o movimento indigenista exatamente nas regiões de maior expansão da agropecuária, com invasões de propriedades por grupos de índios, incentivados por organizações nacionais e estrangeiras. Assim como o Incra se omitia, ou até apoiava as ações do MST, a Funai se coloca na linha de frente do movimento pela ampliação das áreas indígenas, em vez de melhorar as condições de vida dos índios, que, no geral, vivem precariamente não por falta de terras, mas de assistência governamental", artigo de Rogério Amato, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) - OESP, 21/11, Economia, p.B2.
Os projetos ferroviários
"Os gargalos rodoviários do Brasil e o caótico trânsito das suas metrópoles forçam os governos estaduais e federal a retomar os planos de implantação dos trens regionais. Durante as últimas quatro décadas, a malha ferroviária foi esquecida e sucateada, tanto que hoje, em todo o País, apenas duas linhas de passageiros estão em funcionamento. Nos anos 60, mais de 100 milhões de passageiros utilizavam trens interurbanos no território nacional. Diante das más condições de vários trechos das malhas rodoviárias e viárias das regiões mais desenvolvidas do País, alguns governos voltaram a estudar a construção de 21 ramais ferroviários para passageiros, o que representaria a oferta de 3.334 quilômetros de trilhos em 14 Estados até 2020", editorial - OESP, 21/11, Notas e Informações, p.A3.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, boletim de 21/11/2012.
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