campanha Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
Campanha permite a realização de doações destinadas às espécies

Não! Nada de suspiros por bichos bonitinhos. O programa de Espécies de Evolução Distinta e Globalmente Ameaçadas (Edge), da Sociedade Zoológica de Londres, deixa espécies como mico-leão-dourado, arara azul e onça pintada um pouco de lado para dar lugar a animais considerados feios e estranhos.
O motivo? Segundo a organização, os animais ameaçados de extinção, que chamam atenção por sua beleza, têm mais privilégios na alocação de verbas de programas para garantir a manutenção de suas espécies. Para mudar esse quadro, a Sociedade lançou uma campanha através de seu portal eletrônico, onde as pessoas podem fazer doações para auxiliar na manutenção das criaturas negligenciadas.
No site é possível encontrar as espécies mais ameaçadas classificadas em grupos de anfíbios e mamíferos. Além disso, há informações esclarecendo as ameaças e as conservações necessárias de cada um.
Os pesquisadores afirmam que, apesar de estranhas, as espécies “representam uma peça única e insubstituível do património natural do mundo”. Eles explicam que esses animais possuem poucos parentes e muitas vezes são extremamente distintos na maneira de olhar, viver e se comportar.
O EcoD apresenta cinco espécies que fazem parte da lista do Edge. Conheça:
1 – Salamandra Gigante
salamandra Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
A espécie é comum na China. Foto: bittermelon

É ameaçada pelo comércio de alimentos e o mercado de medicina tradicional, na China. Além disso, a construção de barragens e a contaminação do local colocam em risco o seu habitat. Algumas formas de conservação podem ser feitas a partir do estabelecimento de um programa de monitoramento em longo prazo para as espécies em diferentes locais e uma ação de educação ambiental para informar as pessoas sobre a situação da espécie, além de incentivar a gestão sustentável das suas populações na natureza.
2 – Equidna
Equidna Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
O animal é pouco conhecido. Foto: ThePitcher

A caça insustentável é a principal razão para o declínio da espécie. Equidnas de bico longo são espécies altamente valorizadas e, por isso, são caçadas para servir de alimento para cães treinados. Outras ameaças vêm da exploração madeireira, agricultura e mineração. O animal, que é pouco conhecido, requer mais investimento na área de pesquisa, pois pouco se sabe sobre a espécie. O desenvolvimento de um plano de ação de conservação abrangente detalhando ações necessárias para salvar a espécie também fazem parte da lista dos pesquisadores.
3 – Sapo Roxo
saporoxo Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
O sapo roxo está perdendo espaço para plantações de café, cardamomo e gengibre. Foto: DaveHuth

Mais comum na índia, a espécie necessita de ações consideraas urgentes pelos especialistas. Segundo eles, é preciso trabalhar com habitantes locais para incentivar técnicas agrícolas ecologicamente sensíveis e realizar mais pesquisas sobre o animal. A espécie está ameaçada devido a perda de floresta em curso para plantações de café, cardamomo e gengibre.
4 – OLM
OLM Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
Os Olms são pálidos e sem visão. Foto: SanShoot

O OLMs são encontrados em cavernas europeias e conhecidos por caçar suas presas no escuro absoluto. É que eles desenvolveram um poderoso sistema sensorial do olfato, paladar, audição e electrosensor – são pálidos e sem visão. Os OLMs pretos precisam de um plano de pesquisas, pois uma parcela da espécie requer uma proteção adicional, de acordo com os pesquisadores.
5 – Waterdog Alabama
WaterdogAlabama Campanha pode ser luz no fim do túnel para espécies feias ameaçadas de extinção
O Waterdog Alabama é parte de uma antiga linhagem de salamandras que divergiram de todos os anfíbios há 190 milhões de anos, no período Jurássico. A espécie enfrenta problemas com questões de poluição da água de Black Warrior, no Alabama, onde são muito encontradas. Os pesquisadores afirmam que esses animais precisam de uma área protegida para a sua preservação.

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FONTE : * Publicado originalmente no site EcoD.