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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Manchetes Socioambientais - 28/11/2012


Planos municipais da Mata Atlântica são tema de cursos no Vale do Ribeira
Divididos em quatro módulos, abordaram questões gerais da Mata Atlântica, ferramentas de geoprocessamento, trabalho participativo e a elaboração de diagnósticos para planejar ações - Notícias Socioambientais, 27/11.


Amazônia

Desmatamento na Amazônia cai 27% em um ano
A taxa de desmatamento ilegal na Amazônia manteve a tendência de queda e registrou mais um recorde, chegando ao menor número desde que a série histórica foi iniciada pelo Inpe em 1988. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, foram derrubados 4.656 km² de floresta. Uma redução de 27% em relação ao período anterior, que teve 6.418 km² degradados. Esses dados são estimativas do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), que computam o chamado corte raso, quando toda a cobertura florestal é removida. O Pará mais uma vez foi o Estado que mais desmatou, com 1.699 km² de floresta destruída. Apenas os Estados do Acre, Amazonas e Tocantins não mostraram redução na perda de cobertura florestal - FSP, 28/11, Ciência, p.C10; OESP, 28/11, Vida, p.A19.


Mudanças Climáticas

Brasil divulga redução de desmate e cobra desenvolvidos
O anúncio da redução da taxa de desmatamento deve ser usado pelo País nas negociações do clima para pedir mais ambição dos países desenvolvidos em seus esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa. Chefe da negociação brasileira na Conferência do Clima, André Corrêa do Lago, que chegou a ser aplaudido quando fez o anúncio em plenária, disse à imprensa que essa é uma indicação forte de como os países em desenvolvimento estão cumprindo seus compromissos. "Os países em desenvolvimento estão fazendo tudo o que disseram que iam fazer nesta convenção. E os desenvolvidos não estão entregando o que concordaram em fazer". Com essa redução, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, na COP de Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907 km² - OESP, 28/11, Vida, p.A19.

Incertezas de Kyoto ameaçam mercado de carbono
O mercado de carbono encara um futuro incerto diante do iminente fim do Protocolo de Kyoto, que previa metas obrigatórias para emissão de gases que provocam o efeito estufa pelos países desenvolvidos até 2012. Sob a égide do chamado mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), empresas e governos destes países investiram em projetos de energia renovável e outras ações de redução da poluição em nações em desenvolvimento, gerando créditos de carbono que poderiam usar para compensar suas próprias emissões excedentes ou negociar no mercado. Sem a estrutura vinculante de Kyoto, no entanto, o sistema passará a depender de metas voluntárias para continuar a existir pelo menos até que outro acordo com força legal entre em vigor, o que está previsto para acontecer só a partir de 2020 - O Globo, 29/11, Ciência, p.34.

Degelo de solo pode liberar dobro de carbono
O permafrost, solo permanentemente congelado que cobre quase um quarto do Hemisfério Norte, está derretendo por conta do aquecimento global, o que pode piorar ainda mais a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. É o que mostra um relatório divulgado ontem pelo Pnuma. Segundo o trabalho, todo o permafrost, que se estende por países como Rússia, Canadá, China e EUA, contém, na forma de matéria orgânica congelada, 1,7 mil gigatoneladas de carbono, duas vezes mais do que há hoje na atmosfera. Sua liberação pode amplificar significativamente o aquecimento global já esperado - OESP, 28/11, Vida, p.A19.

O clima em Doha
"É improvável que Doha produza algum avanço real. EUA e China prosseguirão num cabo de guerra imobilizador. A União Europeia, em geral na vanguarda das pressões por combate ao aquecimento global, afunda-se na crise econômica e carece de meios para financiar a descarbonização noutros países - ainda que tal agenda prospere na esfera doméstica de vários deles, e não só na Europa. O Qatar, com o maior índice de emissões de carbono por pessoa no mundo, parece ser o lugar mais adequado para os delegados às negociações da ONU sobre clima começarem a se perguntar se já não é hora de abandonar os trilhos de Kyoto e buscar novos caminhos", editorial - FSP, 28/11, Opinião, p.A2.


Energia

Itaipu, 30 anos depois
Três décadas após obras terem inundado Sete Quedas e afetado parte da flora e da fauna locais, usina é exemplo de restituição da mata ciliar e aposta em expandir programas socioambientais. O motivo, porém, vai além de contrapartidas obrigatórias: é também uma questão de sobrevivência. O gigante de aço e concreto que por décadas buscou remediar o inevitável impacto ambiental de suas obras hoje quer reduzir a influência que sofre de seu entorno. Desde 2003, Itaipu expandiu os programas socioambientais de 16 para 29 cidades, atuando em toda a bacia do Rio Paraná 3. Efeitos na biodiversidade da região se estendem a Mato Grosso do Sul e São Paulo - OESP, 28/11, Caderno Especial, p.H1 a H5.

Apagão deixa quase 2 milhões sem energia em Manaus
Um apagão no sistema de energia atingiu a cidade de Manaus (AM) na tarde de ontem e afetou cerca de 1,8 milhão de habitantes. O blecaute atingiu os serviços de celulares e internet, além de sinalização do trânsito, o comércio e a indústria. O fornecimento de energia na cidade é realizado por térmicas a óleo combustível e a gás natural. Em outubro, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) prometeu acabar com os apagões em Manaus no prazo máximo de seis meses a partir do início da transmissão de energia gerada pela hidrelétrica de Tucuruí, no Estado do Pará, por meio de linhão de 1.800 quilômetros - FSP, 28/11, Mercado, p. B4.

Maior usina de energia solar é inaugurada
A primeira usina de geração de energia solar do Estado de São Paulo e a maior do Brasil foi inaugurada ontem, em Campinas. Com capacidade de produção de 1,1 megawatt (MW), a estação é capaz de abastecer até 657 clientes por mês com um consumo médio de 200 quilowatts/hora (KWh). O projeto foi desenvolvido pela CPFL Energia, com a Unicamp e empresas associadas. São quase 4 mil placas dispostas em três agrupamentos, na subestação que fica próximo a Jaguariúna. O complexo, que já está abastecendo a rede de Campinas, serve também para estudos para a inserção da geração fotovoltaica na matriz energética brasileira - OESP, 28/11, Economia, p.B4.


Geral

Estrada das Cavernas tem estudo ambiental
O Departamento de Estradas de Rodagem encaminhou na segunda-feira à Cetesb relatório de impacto ambiental para pavimentação dos 45 km da SP-249, rodovia entre Ribeirão Branco e Apiaí, no sudoeste paulista. A estrada será uma opção de acesso às cavernas do Vale do Ribeira, que tem a maior concentração de grutas do País - OESP, 28/11, Metrópole, p.C3.

Programa "Águas Brasil" chega aos canaviais
O programa "Águas Brasil", lançado há dois anos por meio de uma parceria entre órgãos federais e ambientalistas, formaliza hoje, no interior de São Paulo, sua primeira iniciativa para assegurar a qualidade do recurso natural no segmento de cana-de-açúcar. O alvo do projeto é a Zilor, usina sediada em Lençóis Paulista, onde serão realizados por cinco anos trabalhos de recuperação florestal de matas ciliares e capacitação de produtores vinculados à empresa. O projeto tentará produzir em pequena escala modelos de restauração capazes de serem replicados em áreas maiores e aliviar a pressão gerada pela atividade agrícola sobre recursos hídricos - Valor Econômico , 28/11, Empresas, p.B13.                

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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 28/11/2012.

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