Além de desmentirem a lenda de que o Brasil é um país livre de tragédias naturais, estudos do Banco Mundial lançados na terceira semana de novembro, durante o evento Entendendo o Risco Brasil, mostram quão devastadores foram os últimos desastres no país para as economias locais. De acordo com uma recente avaliação, a primeira do tipo feita depois dessas catástrofes, as perdas foram de aproximadamente 15 bilhões de reais.
Os estudos se referem às enchentes em Santa Catarina em 2008, às chuvas em Alagoas e Pernambuco em 2010 e às inundações e deslizamentos de terra na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011. Elaborados pelo Banco Mundial em parceria com governos estaduais e a Secretaria Nacional de Defesa Civil, tais pesquisas mostram que o setor de habitação foi o mais afetado, com perdas de pelo menos 7 bilhões de reais.
O impacto mais forte foi sentido pela população de baixa renda, que vivia em encostas, margens de rios e outras áreas vulneráveis. Quando os desastres ocorreram, os governos locais liberaram verbas para ajudar as vítimas e financiaram a reconstrução de casas, o que pesa nos cofres públicos.
“Em Santa Catarina, por exemplo, perdas e danos públicos devido às enchentes foram equivalentes a quase metade das despesas de pessoal no estado em 2008″, comenta a economista Fernanda Senra de Moura, uma das autoras.
Os trabalhos também avaliaram as consequências para a infraestrutura, a educação, a saúde, a agricultura e o comércio. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a reconstrução de estradas consumiu 620 milhões de reais.
Tais danos à infraestrutura de transportes interromperam uma série de atividades econômicas, causando prejuízos difíceis de medir. “O gerenciamento do risco de desastres é um tema que só recentemente ganhou visibilidade no Brasil. Criar medidas preventivas exige planejamento urbano e financeiro, além de um compromisso de longo prazo”, avaliou Frederico Pedroso, consultor do Banco Mundial para esse tema.
O primeiro passo rumo à implementação de políticas sólidas nesse setor foi tomado em agosto, quando o governo brasileiro lançou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais (2012-2014). Dos 18,8 bilhões de reais a serem investidos, 83% vão financiar obras capazes de prevenir e/ou diminuir os efeitos das catástrofes.
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FONTE : * Publicado originalmente no site ONU Brasil.
O impacto mais forte foi sentido pela população de baixa renda, que vivia em encostas, margens de rios e outras áreas vulneráveis. Quando os desastres ocorreram, os governos locais liberaram verbas para ajudar as vítimas e financiaram a reconstrução de casas, o que pesa nos cofres públicos.
“Em Santa Catarina, por exemplo, perdas e danos públicos devido às enchentes foram equivalentes a quase metade das despesas de pessoal no estado em 2008″, comenta a economista Fernanda Senra de Moura, uma das autoras.
Os trabalhos também avaliaram as consequências para a infraestrutura, a educação, a saúde, a agricultura e o comércio. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a reconstrução de estradas consumiu 620 milhões de reais.
Tais danos à infraestrutura de transportes interromperam uma série de atividades econômicas, causando prejuízos difíceis de medir. “O gerenciamento do risco de desastres é um tema que só recentemente ganhou visibilidade no Brasil. Criar medidas preventivas exige planejamento urbano e financeiro, além de um compromisso de longo prazo”, avaliou Frederico Pedroso, consultor do Banco Mundial para esse tema.
O primeiro passo rumo à implementação de políticas sólidas nesse setor foi tomado em agosto, quando o governo brasileiro lançou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais (2012-2014). Dos 18,8 bilhões de reais a serem investidos, 83% vão financiar obras capazes de prevenir e/ou diminuir os efeitos das catástrofes.
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FONTE : * Publicado originalmente no site ONU Brasil.
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