Manaus movida a solar
O Amazonas chama atenção com um projeto inovador: a instalação em Manaus da maior usina solar da América Latina, com potência de quatro megawatts (MW). A usina de Manaus vai abastecer 2.370 casas na capital. Falar em quatro MW quando se estuda produzir 6.133 MW na hidrelétrica de São Luiz do Tapajós ou se espera os 11.233 MW de Belo Monte, parece ironia. Mas não é. Em muitos municípios amazonenses, a população vai ver os cabos passarem por cima de suas casas e continuará a luz de lamparina, já que o consumo não justifica o investimento numa subestação na região. O projeto é instalar painéis fotovoltaicos na cobertura do estacionamento da Arena Amazônia, o estádio que abrigará jogos da Copa do Mundo em 2014, e no centro de convenções do complexo. A energia excedente será incluída na malha elétrica da cidade - O Globo, 20/11, Revista Amanhã, p.18 a 24.
Usinas termoelétricas ficam abaixo das metas
Quase um mês depois de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ser obrigado a acionar todas as térmicas existentes no País para preservar o nível dos reservatórios, algumas usinas ainda têm tido dificuldade para produzir o volume programado. Há unidades que não conseguiram produzir um único megawatt (MW) nesse período, o que fez a Aneel iniciar uma rígida fiscalização nas usinas. Essas termoelétricas, movidas a óleo combustível, diesel e carvão, são contratadas para ficar em stand by para qualquer emergência no sistema elétrico, a exemplo da seca que o País vive atualmente. Para ficarem paradas à espera de um chamado do ONS, elas ganham uma receita fixa mensal - OESP, 19/11, Economia, p.B1.
Nível dos reservatórios das hidrelétricas em queda
As chuvas que caíram nas últimas semanas não foram suficientes para recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Pelo contrário. O porcentual de armazenamento continuou caindo na semana passada para níveis próximos ao do pré-racionamento, em 2000. No sistema Sudeste/Centro-Oeste, o nível dos reservatórios está em 34,6%; no Norte, 39,6%; e no Sul, 40,7%. A Região Nordeste vive a pior situação, com um nível de reservatório em 32,3%, apenas 5,8 pontos acima do limite de segurança para o abastecimento do mercado - um mecanismo de alerta criado pelo governo federal após o racionamento de 2001 - OESP, 19/11, Economia, p.B1.
SP terá usina solar ligada à rede elétrica
A Secretaria de Energia assinará nesta semana uma ordem de serviço de R$ 13,3 milhões para a construção da primeira usina solar ligada à rede elétrica de São Paulo. O projeto, desenvolvido pela USP e pela Cesp, será implantado no Parque Villa Lobos e pretende testar a capacidade de geração de energia fotovoltaica da capital. Em uma área de 10 mil m2 que será anexada ao Parque, serão instalados 2.500 painéis solares fixos para a criação da miniusina. O empreendimento, com capacidade de 500 quilowatts, ajudará os pesquisadores a formar uma base de dados sobre o potencial de irradiação e a produção deste tipo de energia na cidade - OESP, 19/11, Vida, p.A14.
BP vai pagar US$ 4,5 bi por vazamento nos EUA
Após dois anos e meio, a British Petroleum (BP) anunciou quinta-feira que fez um acordo com o governo dos Estados Unidos e pagará US$ 4,5 bilhões (R$ 9,3 bilhões) em multas pelo maior desastre ambiental da história do país, o derramamento de 750 milhões de litros de óleo e 6 milhões de litros de dispersantes químicos, que afetou ao menos 116 mil pessoas no Golfo do México - OESP, 16/11, Vida, p.A13; FSP, 16/11, Mundo, p.A14.
'Apagões' e política
"Essencial é construir usinas que tenham reservatórios adequados. Isso ocorreu até meados da década de 80 do século passado, mas desde então essa prática deixou de ser seguida, uma vez que reservatórios, às vezes, implicam realocação de populações e podem afetar o meio ambiente, consequências estas que frequentemente são exageradas. Decisões nessa área exigem uma comparação objetiva dos custos e benefícios para a sociedade como um todo. Por esse motivo o sistema elétrico tornou-se fortemente dependente de chuvas. Quando ocorre um período longo de chuvas fracas, o nível dos reservatórios baixa e, consequentemente, falta eletricidade", artigo de José Goldemberg - OESP, 19/11, Espaço Aberto, p.A2.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, boletim de 20/11/2012.
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