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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

BIODIVERSIDADE - 1/11/2012

Lagosta à la sumiço
Doze pescadores saíram em cinco jangadas. Depois de nove horas no mar, voltaram com duas lagostas. O mar do Ceará não está para lagosta. Pescadores artesanais acusam os 'piratas' e seus métodos predatórios pela diminuição do crustáceo. O conflito expõe a insustentabilidade da produção de lagostas no Brasil. A pesca com o manzuá (armadilha feita de madeira) é a única permitida por lei. A pesca predatória é feita com barcos motorizados, GPS e marambaias (tambores de ferro usados como armadilha). A pesca ilegal é a que mais cresce e ameaça a lagosta no Ceará, o Estado que mais produz o crustáceo, e também no Rio Grande do Norte e Pernambuco - onde nem há mais pesca de manzuá. O quadro é preocupante: no ano passado saíram 2.261 toneladas do Ceará até o fim de novembro. Neste ano, foram apenas 1.113 toneladas até agora - OESP, 1/11, Paladar, p.P4 e P5.

Butantã anuncia 9 espécies de caranguejeiras
Uma pesquisa do Instituto Butantã descobriu quatro espécies de aranhas caranguejeiras do gênero Typhochlaena, cujos indivíduos vivem em árvores e eram suspeitos de terem sido extintos. No total, o estudo coordenado pelo aracnólogo Rogério Bertani identificou nove espécies novas, coletadas nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. A descoberta foi publicada na última edição da revista científica Zookeys e inclui ainda os gêneros Pachistopelma e Iridopelma. Segundo o pesquisador, além de bastante coloridas, estão entre as menores caranguejeiras arborícolas do mundo - OESP, 1/11, Vida, p.A22.

Árvore evolutiva reúne todas as aves do mundo
O mundo abriga 9.993 espécies conhecidas de aves e, pela primeira vez, todas elas foram reunidas numa única "árvore genealógica" por uma equipe internacional de cientistas, cujo objetivo é desvendar os padrões que guiaram a evolução desses animais. O estudo, publicado no site da revista Nature, combinou dados de DNA com análises mais tradicionais para traçar a árvore evolutiva das espécies de aves. Segundo a equipe, liderada por Walter Jetz, da Universidade Yale (EUA), os dados mostram que a diversificação dos ancestrais das aves de hoje explodiu há cerca de 50 milhões de anos. A partir daí, uma série de adaptações evolutivas facilitaram o surgimento de linhas muito diversificadas, algumas "apenas" 5 milhões de anos atrás - FSP, 1/11, Ciência, p.C11.

Por uma cozinha que nasce no campo
Por cinco dias, a cidade de Turim, na Itália, recebeu mais de 220 mil pessoas para o Salone del Gusto e o Terra Madre, eventos organizados pelo Slow Food, movimento culinário-político que privilegia o alimento "bom, limpo e justo". Pelos cinco pavilhões dos dois eventos paralelos, as pessoas conheceram culturas culinárias do mundo todo e participaram de workshops, conferências, degustações e oficinas. A feira reuniu produtos e produtores de mais de cem países espalhados pelos cinco continentes. O Brasil estava representado por uma delegação de mais de cem pessoas, que levaram uma grande variedade de produtos - OESP, 1/11, Paladar, p.P8.

Dos taxistas ao TreGaline, só se falava naquilo
"As últimas horas do Terra Madre são barulhentas, como se espera de um grande mercado. Troca de cartão e de abraços e a promessa de que continuaremos lutando por um mundo melhor, mais justo, em que todos tenham comida boa e diversificada. E só há um jeito de cumprirmos essas promessas: valorizando quem produz o alimento em pequena escala e protegendo os ambientes onde ele é produzido. E nossos produtos despertavam curiosidade. Estavam lá a farinha de copioba da Bahia e a polvilhada de Santa Catarina, nosso mel de abelhas nativas, o licuri, a araruta, o pequi, a farinha de jatobá, o baru, o berbigão e, claro, nossos queijos de leite cru. E com tudo isso a gente começa a achar que um mundo diferente ainda é possível", depoimento de Neide Rigo - OESP, 1/11, Paladar, p.P8.

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