Defesa tenta anular condenação por morte de Dorothy
A defesa de um dos condenados como mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, ocorrido em 2005, vai pedir à Justiça a revisão da pena e a anulação da condenação. O pedido tem como base o depoimento de uma nova testemunha à Justiça do Pará, tomado anteontem. Ontem, a Justiça decidiu que esse novo depoimento pode ser usado como prova. O novo depoimento ocorreu a pedido de defesa do fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, condenado como um dos mandantes do crime. O policial federal Fernando da Silva Raiol, que participou das investigações sobre a morte de Dorothy, disse no depoimento que tanto Bida como o outro mandante, Regivaldo Galvão, não ordenaram o assassinato. Raiol disse também que a arma do crime foi fornecida por um delegado de Polícia Civil de Anapu, o que pode incluir um novo réu no processo - FSP, 1/11, Poder, p.A13.
Sobre empresários e bandidos
"Nos últimos dias surgiram várias notícias sobre crimes ambientais. E não sei se classifico alguns dos envolvidos como empresários, fazendeiros ou bandidos. A área de soja plantada em terras que sofreram novos desmatamentos na Amazônia cresceu. Se o plantio em áreas desmatadas cresceu 85% num ano e 57% no outro é porque tem mercado. Tem alguém comprando. Quem são essas pessoas? São empresários ou bandidos? Agora, o Instituto Ethos e a Serasa Experian fizeram uma parceria. A Serasa fornece ao Ethos uma lista com as empresas que possuem qualquer atividade na Amazônia. A relação mostra quem tem ou não licença ambiental, quem está no cadastro ambiental rural, quem trabalha em área embargada, quem explora trabalho escravo. O Ethos fica com a tarefa de organizar essas informações e divulgá-las", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 1/11, Economia, p.30.
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