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sexta-feira, 18 de junho de 2010

CHUMBO : instalação de empresa preocupa

Comunidade questiona projeto de fábrica de baterias automotivas em área de preservação

O projeto de instalação de uma pequena indústria de beneficiamento de chumbo para produção de baterias automotivas na zona rural de Jaguaruna, no Sul do Estado, preocupa uma comunidade de famílias de agricultores que vive no local.

O empreendimento ainda não foi concluído, e o temor dos moradores é que a atividade industrial possa causar danos ambientais às nascentes que abastecem as propriedades da região.

A polêmica surgiu na localidade de Sanga Grande Baixa no final de 2009, quando alguns agricultores orgânicos descobriram que a empresa Baterias Sulight, já existente em Jaguaruna, pretendia instalar uma nova unidade naquela região.

– Encontramos um edital discreto em um jornal semanário e aos poucos descobrimos que essa fábrica, no futuro, poderia causar graves problemas ambientais – diz o agricultor Geraldo Garcia, um dos idealizadores do movimento que rejeita a indústria na localidade.

O raciocínio dos agricultores é simples: ninguém é contra a atividade industrial proposta pela empresa. O problema, segundo eles, é a localização do empreendimento.

De acordo com Garcia, a indústria vai se instalar em uma área de preservação Permanente (APP), que apresenta um terreno com grande vegetação natural, em meio a várias nascentes de água e com inclinação superior a 45º.

– Não estamos contra a Baterias Sulight. Sabemos que a empresa vai gerar emprego e renda ao município, mas a questão problemática é o local. Por mais que se tenha o cuidado com filtros no lençol freático, as várias nascentes e a agricultura orgânica correm riscos. Por que ela não é instalada no distrito industrial da cidade, que é o local mais adequado e está reservado para as empresas? – questiona o agricultor.

Fatma determinou embargo da obra

Os moradores já protocolaram no Ministério Público a solicitação de uma audiência para que a região possa tomar conhecimento das informações sobre o empreendimento. Eles também encaminharam um ofício à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) pedindo a impugnação da licença ambiental dessa indústria.

O gerente regional da Fatma em Tubarão, Rui Bonelli Bitencourt, informou que já foi determinado o embargo da obra, iniciada sem autorização do órgão, e negada a licença ambiental porque, o empreendimento está sendo construído em área de preservação permanente.
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FONTE : jorn. MARCELO BECKER, sucursal do Diário Catarinense em Jaguaruna,SC.

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