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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Nasce filhote de peixe-boi no Inpa
“Boo”, que estava em trabalho de parto há três dias, deu à luz a um filhote macho na manhã desta sexta-feira (8 de janeiro de 2010).
O laboratório de Mamífero Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) recebeu, por volta das 6h30 desta sexta-feira (8/1/2010)), o filhote da peixe-boi fêmea “Boo”, que entrou em trabalho de parto na última terça-feira (5/1/2010)).
O Inpa agora contabiliza 42 animais da espécie, sendo o sexto nascido no Instituto. Boo é o peixe-boi mais antigo do Inpa, estando no local desde 1974. O animal já passou por quatro gestações, porém em uma das ocasiões o filhote nasceu morto.
Segundo o veterinário do Inpa, Anselmo D’Affonseca, um peixe-boi vive em média 60 anos, mas, como os intervalos entre as gestações são longas entre si – quatro ou cinco anos –, o número de filhotes que o mamífero pode ter ao longo da vida é pequeno.
De acordo com ele, o filhote, de sexo masculino, passa bem e já está dando as primeiras nadadas ao lado da mãe. Para o veterinário, a observação ajudará em procedimentos que possivelmente podem ser tomados caso o filhote demonstre algum comportamento estranho ou fora do padrão.
“Estaremos anotando tudo o que esta acontecendo, se o filhote vai mamar ou não, pois se isso não acontecer o mesmo terá que ser retirado do tanque” disse Anselmo.
Reintrodução à natureza
O Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Inpa já realizou duas reintroduções de peixes-bois na natureza. Da primeira vez, em 2008, dois animais e da última vez, em 2009, mais dois animais.
Quando são reintroduzidos ao meio ambiente, os peixes-boi são monitorados por telemetria, através de um aparelho transmissor de rádio. Esse aparelho é posto na calda do animal e fica emitindo sinais de rádio que são acompanhados diariamente por pesquisadores do projeto Peixe-boi da Amazônia.
Desses quatro animais reintroduzidos no meio ambiente, dois deles morreram, o outro se desprendeu do aparelho e não foi mais localizado e o quarto foi trazido de volta ao Inpa, por não ter se readaptado.
Segundo Anselmo D''Affonseca, o trabalho de reintrodução é muito difícil por que os animais estão mais adaptados ao cativeiro, pois a maioria dos animais que chegam aos tanques do Inpa ainda filhotes.
“Toda a reintrodução é complicada e envolve risco com o peixe-boi não é diferente. Através das tentativas é que vamos aperfeiçoando a metodologia para novas reintroduções”, contou.
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FONTE : Eduardo Gomes, com colaboração de Tabajara Moreno (Envolverde/Inpa)
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