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Água
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Mesmo com o fevereiro mais chuvoso em 9 anos, o Sistema Cantareira tem recebido um volume de água 46% abaixo da média histórica para o mês. A entrada de água nos reservatórios ainda está 30,5 mil litros por segundo menor do que o esperado, resultado do "efeito esponja" provocado pelo solo seco. Essa diferença corresponde ao dobro do que a Sabesp tem retirado para abastecer cerca de 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Ontem, o nível do Cantareira subiu 0,6 ponto porcentual, chegando a 8,9% da capacidade, incluindo duas cotas do volume morto- OESP, 19/2, Metrópole, p.A12. |
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Nas projeções do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem. Esse cálculo leva em conta um cenário em que a pressão continue reduzida e a população não eleve o consumo. Alckmin tem afirmado que o pacote de obras emergenciais, como a de transposição de águas da Billings, pode somar até sete pontos percentuais aos reservatórios. Convênio entre a Sabesp e a Defesa Civil prevê a distribuição de 25 mil caixas-d'água para moradores da periferia - FSP, 19/2, Cotidiano, p.C3. |
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As chuvas fizeram transbordar as quatro represas internas que abastecem Valinhos, na região de Campinas (SP), mas os 106,9 mil moradores continuarão convivendo com o racionamento. Na cidade, o abastecimento é suspenso pelo período de 18 horas duas vezes por semana. Embora as represas estejam cheias, metade da população é abastecida pelo Rio Atibaia, dependente do Sistema Cantareira e com vazão ainda instável. Ontem, a vazão do Atibaia chegou a 42,30 metros cúbicos por segundo no ponto de captação de Valinhos, dez metros cúbicos a mais do que a vazão medida na terça-feira. Tanta água de uma vez não resolve os problemas de abastecimento, pois não há reservatório, e a vazão segue o curso para o Rio Jaguari - OESP, 19/2, Metrópole, p.A12. |
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Mudanças Climáticas
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Pedidos de quebra de sigilo de cientistas crescem com a proximidade da Cúpula do Clima de Paris e acentuam embate sobre aquecimento global nos EUA. Céticos do clima usam pedidos formais para tentar quebrar o sigilo de correspondência dos pesquisadores. As petições que buscam quebrar o sigilo de e-mail e anotações de cientistas alegam suspeita de fraude e se baseiam em leis de transparência de informações que garante acesso a documentos produzidos por funcionários de governo. Questionamentos do tipo têm se direcionado a cientistas de instituições como Nasa, NOAA (agência oceânica e atmosférica) e o Departamento de Energia - FSP, 19/2, Ciência, p.C11. |
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"O Protocolo de Kyoto teve escasso sucesso. A melhor evidência disso está no fato de as negociações internacionais sobre o tema tomarem hoje rumo muito diferente. A alternativa surgida na tortuosa negociação diplomática sobre mudança do clima, após o fiasco da Cúpula de Copenhague (2009), foi afrouxar compromissos. Eles podem agora ser voluntários, e cada nação propõe quando planeja alcançá-lo e com base em qual ano. Há amplo ceticismo, porém, quanto à chance de que a estratégia desvinculante produza o resultado esperado, a saber, impedir que o aquecimento ultrapasse 2oC neste século. Todas as atenções se voltam para o fim do outono em Paris", editorial - FSP, 19/2, Editoriais, p.A2. |
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Geral
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BNDES e Caixa Econômica Federal deixaram de checar se empresas que pedem empréstimo público foram condenadas por trabalho análogo à escravidão após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal impedir a publicação da chamada "lista suja". O veto ao acesso dessas empresas ao financiamento público era uma das principais medidas para coibir o crime trabalhista no Brasil. A suspensão da checagem ocorreu após uma liminar de 23 de dezembro do ministro do STF Ricardo Lewandowski. Ele acatou pedido de incorporadoras imobiliárias -parte das quais já autuada pela irregularidade- e tornou sem eficácia legal a chamada "Lista Suja" do trabalho escravo, consolidada e publicada pelo Ministério do Trabalho - FSP, 19/2, Mercado, p.B7. |
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"Bastaria pôr em prática o que já existe, como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Hoje, o Procel é mais lembrado pelo selo de economia de energia. Mais do que isso, o Procel visa a baixar o nível de perda e desperdício de eletricidade, ainda muito elevado - chega a 40 milhões de kW, calcula o Ministério do Meio Ambiente. Indústrias, residências e comércio desperdiçam 22 milhões de kW. As concessionárias de energia têm perdas técnicas e problemas na distribuição responsáveis por 18 milhões de kW. Além de induzir o consumidor residencial a poupar energia, o programa deveria estimular a racionalização energética, principalmente por parte da indústria, para elevar sua competitividade", editorial - OESP, 19/2, Economia, p.B2. |
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"Um consórcio de cientistas está tentando definir sinais vitais para o planeta Terra. Os cientistas selecionaram oito grandes processos que precisam ser monitorados: as mudanças climáticas, a integridade da biosfera, a composição da estratosfera, a acidificação dos oceanos, os fluxos biogeoquímicos, a cobertura dos solos, o uso de água doce e a quantidade de aerossóis na atmosfera. Para cada um desses processos, os cientistas definiram o valor normal dessa medida e qual situação merece atenção. A lista de sinais vitais contém 15 itens. Mas o mais difícil será educar os médicos, que, baseados nesses diagnósticos, administrarão os tratamentos. Eles são os seres humanos que habitam o planeta Terra", artigo de Fernando Reinach - OESP, 14/2, Metrópole, p.A14. |
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