De forma geral áreas degradadas são aquelas que, após algum tipo de distúrbio, tem seus meios de regeneração eliminados. Isso pode ser fruto de mineração, uso intensivo do solo para fins agropecuários, queimadas consecutivas ou desmatamento. A recuperação dessas áreas tem por objetivo oferecer ao meio ambiente condições para que ele se recupere da degradação sofrida. Os métodos para se recuperar áreas degradadas variam conforme a natureza da degradação.
Portanto, o primeiro passo é atentar para o histórico de degradação e uso do solo da área escolhida para ser recuperada, identificando os fatores da degradação (queimada, desmatamento, mineração, etc). Depois é importante notar se há capacidade de recuperação natural, pois apesar de ser um processo longo e delicado, a recuperação natural sempre é mais recomendável do ponto de vista ecológico. Se a recuperação natural não for possível, deve-se avaliar os recursos disponíveis (financeiro e material) para escolher a técnica mais adequada.
Existem várias técnicas de recuperação de áreas degradadas, tais como plantio em linhas, plantio alternado e sistemas agroflorestais. A escolha da técnica de recuperação implica na seleção de espécies que devem pertencer ao bioma da área a ser recuperada. Não é recomendável, por exemplo, usar uma espécie endêmica da Mata Atlântica em um processo de recuperação de uma área no Cerrado.
As espécies escolhidas também devem ser: de fácil propagação e possuir crescimento rápido para cobrir o solo e fornecer matéria orgânica ao ambiente. Ao escolher as sementes que atendem a estas exigências é necessário decidir como será o plantio, que pode ser feito por meio de mudas ou de sementes plantadas. É fundamental que o plantio seja realizado no início da temporada de chuvas para facilitar o seu crescimento.
O Projeto Interagir patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, tem unido o conhecimento de indígenas e não-indígenas na produção de alimentos agroecológicos e na recuperação de áreas degradadas na região do Araguaia, em Mato Grosso.
O ano de 2015 foi declarado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como o Ano Internacional dos Solos. Dessa forma, o uso adequado da terra e a adoção de tecnologias baseadas na proteção ambiental são tópicos importantes para a conservação dos solos, pois são eles os provedores de recursos fundamentais a produção de alimentos e, portanto, ao combate à fome no mundo.
Fonte: Embrapa, Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (SOBRADE) e Ministério da Agricultura.
Colaboração do Projeto Interagir, para o Portal EcoDebate, 24/02/2015
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