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Áreas Protegidas
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Uma proposta de plano de manejo com regras de exploração da Chapada dos Veadeiros - um santuário ecológico em Goiás que abriga o parque declarado Patrimônio Natural da Humanidade - colocou ambientalistas e setores do agronegócio em pé de guerra. Entre os pontos mais polêmicos do projeto apresentado pelo governo de Goiás estão a permissão para pulverização aérea de agrotóxico, o aval para a implantação de hidrelétricas e regras para delimitação de zonas protegidas. O alvo das novas normas é a Área de Preservação Ambiental (APA) Pouso Alto, com 872 mil hectares, mais de 2% do território estadual. - O Globo, 25/2, Sociedade, p.28. |
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Na Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri, onde a Vale explora cobre, os índios xikrin-cateté mantêm a tradição de permanecer meses dentro da mata a cada ano para colher castanhas. A Tapirapé-Aquiri é uma das unidades de conservação da região de Carajás, sudeste do Pará, onde existe um "mosaico" de Floresta Amazônica. É nesse ambiente de mata nativa que a mineração de ferro se desenvolveu nos últimos 30 anos, desde que a Vale começou os embarques do produto nas jazidas da região, situadas dentro de outra área de conservação criada pelo governo federal em 1988, a Floresta Nacional de Carajás - Valor Econômico, 25/2, Empresas, p.B2. |
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Amazônia
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Idealizada em 1997 pelos então presidentes Fernando Henrique Cardoso e Jacques Chirac, a ponte binacional que liga o Amapá à Guiana Francesa, sobre o rio Oiapoque, está concluída desde 2011, mas não tem previsão de inauguração. Única ligação terrestre entre as cidades de Oiapoque (AP) e Saint Georges de l'Oyapock, na Guiana Francesa, o traçado não foi liberado porque o Brasil ainda não cumpriu sua parte: concluir as obras da aduana e a ligação da rodovia BR-156 até a obra. A ponte estaiada mede 378 metros, custou R$ 61 milhões, divididos entre os dois países, e está pronta desde junho de 2011, mesma época em que a França concluiu toda a estrutura viária e aduaneira do seu lado da fronteira - FSP, 25/2, Mundo, p.A11. |
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Mudanças Climáticas
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O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), Rajendra Pachauri renunciou ao cargo ontem em meio a acusações de assédio sexual. A polícia indiana investiga a denúncia de uma funcionária do escritório de Pachauri, em Nova Delhi. Ele negou as acusações. Pachauri liderava o Painel do Clima da ONU desde 2002 e já ocupava o cargo quando o IPCC recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 2007. Seu mandato no IPCC deveria terminar em outubro deste ano - FSP, 25/2, Mundo, p.A11; OESP, 25/2, Metrópole, p.A15; O Globo, 25/2, Sociedade, p.27. |
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"Emissão zero, pobreza zero, talvez esta seja a referência necessária e aglutinadora para se alcançar em Paris o novo acordo global sobre mudanças climáticas ambicioso o suficiente para superar, até 2050, o risco dos impactos de aumento da temperatura média global acima de dois graus. As 86 páginas do texto-base de negociação do novo acordo climático aprovado na Conferência de Clima de Genebra estão longe desse grau de ambição, mas possuem várias brechas e espaços para alcançá-la. Portanto, agora é focar em garantir o zero a zero no acordo até dezembro", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 25/2, Opinião, p.19. |
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Água
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Um relatório internacional divulgado ontem adverte que, em 15 anos, a demanda mundial por água doce será 40% superior à oferta. Os países mais deficitários serão os com menos recursos e populações jovens e em crescimento. O documento do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde (INWEH) da Universidade das Nações Unidas, com sede no Canadá, prevê que em 10 anos 48 países - e uma população de 2,9 bilhões de pessoas - estarão classificados como "com escassez ou com estresse de água" - OESP, 25/2, Metrópole, p.A15. |
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Após a 19.ª alta consecutiva, o nível do Sistema Cantareira atingiu ontem 10,7% da capacidade, índice que marca a "recuperação" da segunda cota do volume morto, de acordo com a Sabesp e a Agência Nacional de Águas (ANA). A primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, talvez somente possa ser recuperada em um ou dois anos. Isso ocorrerá quando o nível do manancial atingir 29,2% - OESP, 25/2, Metrópole, p.A15; FSP, 25/2, Cotidiano, p.C6. |
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"Governo reage à crise hídrica sobretudo com obras, mas deveria também mudar mentalidade em relação à preservação ambiental. Cabe ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) -se de fato estiver empenhado em promover a segurança hídrica no longo prazo, e não só em recuperar o quanto antes a popularidade abalroada- planejar e executar um programa muito mais ambicioso de restauração florestal", editorial - FSP, 25/2, Editoriais, p.A2. |
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"Com ou sem chuva à vista, a população precisa entender que a água pode -e vai- acabar se não forem tomadas medidas preventivas. A conscientização sobre o consumo deve ser permanente. Optar pelo reúso pode ser uma das soluções. Em São Paulo, a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros também é um caminho. Mas esse parece ser um cenário utópico. O que nossas autoridades precisam entender é que não dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Há ainda muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu -nem mesmo a água tem caído ultimamente", artigo de Carlos Magno - FSP, 25/2, Tendências/Debates, p.A3. |
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