04 de junho de 2014 - Diário Gaúcho
Promovido pelo Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), o projeto vai atender 33 municípios gaúchos, envolvendo 36 associações e cooperativas e beneficiar mais de 800 catadores. Entre os objetivos, busca fortalecer redes de associações e cooperativas e a incidência em políticas públicas, como a Política Nacional para Resíduos Sólidos (Lei 12.305), que prevê a inclusão dos catadores no processo de gestão de materiais recicláveis em âmbito nacional e acaba com os lixões.
Neste sentido, o Cavalo de Lata é uma forma de melhorar e incentivar o trabalho dos catadores. De engenharia simples, manutenção econômica e ideia sustentável, semelhante a um carrinho de golfe, o protótipo evita o desgaste físico dos trabalhadores, já que é elétrico, e tem capacidade muito superior às carroças e carrinhos convencionais, suportando mais de 600 quilos. Além disso, substitui a tração animal e, consequentemente, acaba com possíveis maus tratos aos cavalos.
O Cavalo de Lata, no entanto, ainda não pode circular legalmente pelas ruas, a não ser que uma prefeitura autorize o carrinho a trafegar pelo município, como já ocorre em Santa Cruz do Sul, onde o projeto foi criado. Isso ocorre porque o Brasil não tem uma lei que regule carrinhos elétricos de quatro rodas.
O idealizador do projeto, engenheiro Jason Duani Vargas, ainda aguarda que o Denatran agende uma visita para avaliar o veículo e conceder uma autorização nacional para circular. Com isso, não sabe se o motorista do veículo precisa portar CNH. Por precaução, os testes são realizados em vias públicas só com pessoas habilitadas.
“Estamos já com um novo projeto, que o carrinho é quase um mini caminhão, mas ainda com velocidade reduzida, tudo pensando na qualidade de vida dos catadores e no fim dos maus-tratos a animais”, conclui Vargas.
Projeto tem apoio internacional
Há cerca de três meses, o Cavalo de Lata conta com apoio internacional. A modelo brasileira, mas com carreira focada no Exterior, Kat Torres apoia financeiramente o projeto e estampa o protótipo de teste que circula o país.
Aos 21 anos, a paraense já morou em Lisboa, Milão, Paris, Barcelona e atualmente reside em Nova York, onde estuda Artes Cênicas, se dedica a outras ações de de proteção aos animais, afiliando-se a ONGs, fazendo doações e emprestando sua imagem e assinatura.
Fonte: Diário Gaúcho
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