Em comunicado emitido na sexta-feira, 30 de novembro, o Pnuma ressaltou que as ilhas sofrem desafios jamais vistos às suas economias e meio ambiente. Entre os problemas estão o aumento do nível do mar, ciclones tropicais, cheias e secas, entre outros.
O Pnuma baseou-se em um estudo apresentado durante a 18ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-18), em Doha, no Catar. O embaixador de Cabo Verde, que participa do encontro, comentou à Rádio ONU que o tema é preocupante, e que embora a ameaça seja maior para os estados-ilha, como Cabo Verde, o aquecimento global não deixará nenhum país imune.
Até 60% dos répteis, 21% dos mamíferos e 13% dos pássaros da região estão ameaçados.
“Evidentemente que os países insulares enfrentam uma ameaça a sua sobrevivência, mas todos os países, neste momento, grandes, pequenos, ricos, pobres vão ter que se submeter às consequências da nossa inação perante às mudanças climáticas”, observou o embaixador.
Influência na pesca
Durante a COP-18, os países-membros analisam ainda o efeito que as mudanças climáticas têm sobre a pesca e o desenvolvimento costeiro. As ilhas localizadas mais abaixo no Pacífico podem ter até 18% de seu PIB comprometido por causa das novas condições do clima. Até 60% dos répteis, 21% dos mamíferos e 13% dos pássaros da região estão ameaçados. Existe vazamento em 50% do fornecimento de água da área.
O estudo Panorama do Meio Ambiente no Pacífico e das Mudanças Climáticas foi compilado por autoridades da região com o apoio do Pnuma e outras entidades. O documento lista 21 países e territórios e experiências de 500 comunidades. O diretor executivo do órgão da ONU, Achim Steiner, enfatizou que é preciso aumentar a capacidade de gerenciamento dos impactos sobre as ilhas e os moradores.
A COP-18 segue até o dia 7 de dezembro.
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FONTE : * Publicado originalmente no site EcoD.
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