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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Manchetes Socioambientais - 26/12/2012‏



Belo Monte conclui desvio de rio 
A Norte Energia, empresa responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), anunciou sexta-feira que concluiu uma das partes mais polêmicas da obra: uma ensecadeira (barragem provisória) para desviar o rio Xingu, permitindo a construção da casa de força complementar da usina. Essa ensecadeira foi alvo de diversos protestos de índios e pescadores, pois sua construção impede a passagem pelo rio. Para permitir a navegação, a empresa também construiu um sistema de transposição, que é um guincho usado para atravessar as embarcações por cima da barragem. O sistema já está operando para pequenos barcos - FSP, 22/12, Mercado, p.B5. 

Emenda à MP das elétricas pode destravar usinas 
Uma emenda à Medida Provisória 579 do pacote de renovação das concessões do setor elétrico pode ressuscitar a viabilidade econômica de oito usinas hidrelétricas que, apesar de terem sido leiloadas no começo deste século, ainda não conseguiram sair do papel. Os empreendimentos somam cerca de 2 gigawatts de potência e esperam pelas licenças ambientais há dez anos. Pela proposta que seguiu para a sanção da presidente Dilma Rousseff, poderão ter seus prazos de concessão renovados - OESP, 25/12, Economia, p.B4. 

Fábrica paraguaia da Rio Tinto deve afetar Brasil 
O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que o país vizinho consumirá mais energia com a futura instalação de uma fábrica de alumínio e, assim, deve exportar menos eletricidade ao Brasil e à Argentina. Ou seja, além de pedir aumento dos preços, o governo paraguaio agora sinaliza a perspectiva de reduzir o volume de eletricidade vendida. "O Brasil paga hoje US$ 240 milhões pela energia de nove turbinas de Itaipu que correspondem à parte paraguaia. Pela energia de apenas uma turbina, a Rio Tinto pagará muito mais do que as nove turbinas", disse, em entrevista ao canal de televisão Telefuturo no domingo -OESP, 25/12, Economia, p.B4. 


 MINERAÇÃO 

Mineração fica dez vezes maior na década 
A produção mineral brasileira deverá fechar 2012 com crescimento expressivo em relação à década passada e em perspectiva de investimento recorde de US$ 75 bilhões até 2016. A estimativa do Instituto Brasileiro da Mineração é que o valor da produção mineral brasileira atinja US$ 55 bilhões em 2012, um avanço de 900% em relação à marca de 2002 (US$ 5,5 bi). O crescimento da última década colocou o Brasil em posição privilegiada no mercado mundial -os aportes previstos para o país até 2016 correspondem a 20% de todo o investimento global do setor previsto no período. Nesse cenário destacam-se Minas Gerais e Pará com, respectivamente, 48% e 28% da produção nacional - FSP, 25/12, Mercado, p.A15. 

País é o que menos investe em pesquisa 
O Brasil figura entre os dez maiores produtores minerais do mundo, mas, entre os líderes do ranking, é o que menos investe em pesquisa no setor. O país responde por 3% do total do investimento privado mundial em exploração mineral, que chega a US$ 10,7 bilhões. Apesar da performance ruim na comparação com outros países, os números brasileiros cresceram. Dados do Departamento Nacional de Produção Mineral mostram que as autorizações para pesquisa de minério de ferro avançaram de 75, em 2000, para 9.098 ao longo do ano passado - FSP, 25/12, Mercado, p.A15. 


 SANEAMENTO 

Parcerias para universalizar o saneamento 
"A situação do saneamento é trágica. Em 2010, mais da metade da população (54%) não possuía acesso à rede de esgoto. Do esgoto coletado, apenas 30% era tratado. A falta de saneamento tem efeitos nefastos sobre a saúde e o meio ambiente. É imperativo aumentar o investimento. No ritmo atual, a universalização ocorreria daqui a meio século! Algo inaceitável para uma sociedade que busca o desenvolvimento. É impossível elevar o investimento na escala necessária sem parcerias entre os setores público e privado. O setor público sozinho não tem os recursos e a capacidade de gestão dos projetos necessários", artigo de Gesner Oliveira - FSP, 23/12, Tendências/Debates, p.A3. 

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