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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Manchetes Socioambientais - 13/12/2012



Resolução abre caminho para que consumidores gerem sua própria energia
Quem quiser instalar micro ou minigeradores em sua casa ou empresa terá direito a um abatimento na conta de luz de acordo com a sua produção. Sobras de energia serão injetadas no sistema de distribuição. Depois que o consumidor fizer o pedido para conectar seu gerador à rede, as distribuidoras terão até 82 dias para finalizar os procedimentos necessários - Notícias Socioambientais, 12/12.


Amazônia

Protesto contra desocupação de terra indígena
Produtores de Mato Grosso decidiram unir forças contra a desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, determinada pelo STF, e estão bloqueando cidades diferentes ao longo da BR-158, que liga Goiás, Mato Grosso e Pará. Os bloqueios começaram no sábado e eram realizados pelos próprios invasores. Agora, a ação ficou mais forte com o apoio de grandes fazendeiros. Segundo o Ministério Público Federal de Mato Grosso, grande parte das áreas da Terra Indígena Marãiwatsédé está nas mãos de 22 grandes posseiros. O grupo constituído de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, empresários e até um desembargador, é dono de mais de 32 fazendas - o equivalente a 44,6 mil hectares. O bloqueio da rodovia em trechos diferentes já provoca desabastecimento de gêneros alimentícios, principalmente em Alto da Boa Vista - OESP, 13/12, Nacional, p.A15.

PF investiga ameaça de morte a bispo emérito em MT
A Polícia Federal apura ameaças de sequestro e morte feitas a dom Pedro Casaldáliga, 84, bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT). O inquérito foi aberto na semana passada e está avançado. O bispo, que defendeu o direito de posse dos índios xavante da Terra Indígena Marãiwatsédé, saiu da região no dia 7 em razão das ameaças. Há três meses, segundo o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, começaram a chegar informes da Polícia Civil e da população sobre ameaças ao bispo. As primeiras informações indicavam que o bispo seria sequestrado. Na semana passada, um homem disse que ele "não passaria desta semana" - FSP, 13/12, Poder, p.A17.

Haitianos criam 'pequena Porto Príncipe' em Porto Velho
A capital de Rondônia é um dos principais destinos dos imigrantes haitianos que chegaram após o terremoto de 2010. Hoje, Porto Velho já tem ruas em que a maioria dos moradores é de haitianos. Estas ruas se transformaram em redutos, "pequenas Porto Príncipe", uma referência à capital do Haiti. O governo de Rondônia oferece aulas de português aos imigrantes, mas o idioma que predomina nos redutos é o creole -língua falada pela maioria dos haitianos. Segundo o governo, 792 se instalaram na capital, que tem como atrativo as obras das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, no rio Madeira - FSP, 13/12, Mundo 2, p.8.


Pescadores

Milícias ameaçam pescadores na baía de Guanabara
Grupos armados contratados para fazer a segurança de obras de extração de petróleo da Petrobras na Baía de Guanabara, no Rio, estão ameaçando pescadores e moradores da região. As ameaças têm como alvo pescadores e aqueles que passam de barco pelos locais controlados pelos milicianos. Em nota, a Petrobras disse que "repudia qualquer ameaça a pescadores e que não contrata milícias". Pescadores e ambientalistas, no entanto, afirmam que os milicianos não se limitam em garantir a segurança dos empreendimentos e estão impedindo a pesca artesanal. Segundo a Associação de Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), apenas 16% da região está sendo usada atualmente para a pesca. Em três anos, quatro pescadores foram assassinados. O presidente da Ahomar está sob ameaça de morte - FSP, 13/12, Cotidiano 2, p.5.


Biodiversidade

Espécie recém-descoberta amarga 'gaveta'
Cálculo feito por pesquisadores franceses indica que, em média, passam-se mais de 20 anos entre a descoberta de uma espécie e sua descrição, ou seja, o "batismo" formal com um nome científico. O dado dá uma medida do tamanho do atraso que afeta o conhecimento sobre a diversidade de espécies do planeta. Segundo o estudo publicado na Current Biology, esta demora atrapalha os esforços para mapear a biodiversidade do planeta. Nesse andar da carruagem, seriam necessários muitos séculos para descrever todas as espécies que vivem na Terra - e, sem essa informação, fica difícil tomar decisões sobre conservação - FSP, 13/12, Ciência, p.7.

O mar perdido de Búzios
Um balneário que vê sua população aumentar oito vezes no verão demanda cuidados especiais para suas fauna e flora marinhas. A crescente ameaça à biodiversidade com algumas espécies, inclusive, ameaçadas de extinção, a poluição excessiva e a pesca predatória reuniu especialistas da UFF, Uerj e UFRJ, convidados pelo Projeto Coral Vivo, para fazer uma radiografia das praias de Búzios (RJ). Quatro projetos são conduzidos simultaneamente: uma fazenda experimental de corais, o mapeamento 3D do fundo do mar, o registro da biodiversidade e outro especificamente sobre cavalos-marinhos (Hippocampus reidi), que praticamente desapareceram do balneário - O Globo, 13/12, Ciência, p.35.


Clima

A vida no meio dos escombros
Sem opção, famílias voltam a morar em casas interditadas em área de risco de Teresópolis (RJ). Sem receber aluguel social desde março, elas não têm mais como pagar por moradia num lugar seguro. Para a área de risco, já retornaram cerca de 50 famílias, que hoje vivem em meio a escombros e possivelmente sobre corpos de vítimas soterradas que nunca foram resgatados. As casas interditadas estão sendo alugadas, em média, por R$ 350 mensais. Nas chuvas de 2011, morreram 391 pessoas no município - O Globo, 13/12, Rio, p.12 e 13.

Após a chuva, corrupção
Uma série de reportagens do Globo revelou, em julho do ano passado, a existência de um esquema para desvio da verba destinada à reconstrução das cidades serranas atingidas pela chuva, envolvendo prefeituras e empresas contratadas para prestar socorro às vítimas e fazer obras de recuperação. As denúncias culminaram na cassação dos prefeitos de Teresópolis, Jorge Mário Sedlaceck, e de Nova Friburgo, Dermeval Neto. Um empresário contou em depoimento ao Ministério Público Federal que, na semana da tragédia, um grupo de empresários e funcionários públicos dos dois municípios acertou a divisão dos recursos públicos e ainda o valor da propina que seria paga pelos empresários. A investigação do MPF apontou ainda irregularidades em licitações - O Globo, 13/12, Rio, p.12.

Descaso do poder público e o medo de novas chuvas
"A maior tragédia climática de que se tem notícia na história do país está a um mês de completar dois anos. Em janeiro de 2011, o céu desabou sobre a Serra Fluminense, arrastando encostas, uma quantidade imensurável de entulhos morros abaixo, destruindo casas, ruas, bairros inteiros. A macabra contabilidade do flagelo deixou registrados oficialmente a morte de 918 pessoas, o desaparecimento de outras 215 e milhares de desabrigados. Dois anos depois, Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, cidades devastadas, pouco ou nada avançaram não só na tarefa de reconstruir as áreas destruídas, mas igualmente na adoção de um eficiente sistema de prevenção contra danos de temporais", editorial - O Globo, 13/12, Opinião, p.16.

Riscos demais
"O paulistano sabe, há séculos, que o verão na cidade sempre vem acompanhado de chuvas torrenciais e enchentes. De acordo com mapeamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), existem, hoje, 98 mil pessoas vivendo perigosamente expostas às intempéries. Se, como todos desejam, a temporada de chuvas passar sem ocorrências fatais, o assunto voltará a ser esquecido pela prefeitura. Se, ao contrário, vier alguma tragédia, o discurso oficial culpará o extraordinário volume de água e a inoperância das gestões passadas. Em ambos os casos, pouco se fará. No entanto evitar que as vidas de centenas de milhares de munícipes fiquem expostas a esse risco desnecessário deveria encabeçar a agenda prioritária de todo prefeito", editorial - FSP, 13/12, Opinião, p.A2.


Política Ambiental

Cabral reavalia projeto ambiental polêmico
Diante da forte repercussão negativa e da mobilização contrária do Ministério Público estadual, o governador Sérgio Cabral anunciou ontem que entregou um ofício ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo (PMDB), solicitando a retirada do projeto de lei 1.860/2012, que flexibiliza o licenciamento ambiental. De acordo com o governo, o projeto será reavaliado. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que o governo reconheceu falhas no texto, que abria a possibilidade de dispensa de estudos ambientais aprofundados no licenciamento de diversas atividades - O Globo, 13/12, Rio, p.22.

Por inspeção, Tripoli pode deixar o Verde
Depois de negociar com o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) sua nomeação à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o vereador Roberto Tripoli colocou ao governo de transição de São Paulo uma série de obstáculos que praticamente o inviabilizam no cargo. O vereador disse que era favorável à taxa cobrada pela inspeção veicular, até mesmo para os carros novos - uma das promessas de Haddad foi a de acabar com a tarifa. Em seguida, Tripoli afirmou que não aceitaria o cargo se não tivesse um promotor do Meio Ambiente de sua confiança como secretário adjunto. Segundo relato de amigos, vereadores e lideranças do PV, Tripoli teria desistido do cargo ao se assustar com a estrutura da secretaria e o volume de trabalho que teria a partir de 2013 - OESP, 13/12, Metrópole, p.C5.

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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 13/12/2012.

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