Atlas Amazônia sob pressão será lançado nesta quarta no Fórum Amazônia Sustentável
A Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) lança nesta quarta-feira (5/12), o Atlas Amazônia sob pressão, no VI Encontro do Fórum Amazônia Sustentável e II Encontro Pan-amazônico do Fórum Amazônia Sustentável e Articulação Regional da Amazônia (ARA), em Belém (PA). Será às 17h, no Centro de Convenções Amazônia – Hangar. O tema dos encontros, que acontecem entre 5 e 7 deste mês, são os desafios para o desenvolvimento sustentável na Pan-Amazônia. O Atlas foi lançado ontem (4/12) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia - Agenda Socioambiental, 5/12.
Povos Indígenas
Índio tembé correu 40 km após ataque de madeireiros
Um líder da etnia Tembé que havia desaparecido no sábado após ataque de madeireiros na Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará, correu e andou 40 km pela mata, se feriu na floresta e pegou duas caronas até chegar de volta a sua aldeia, na noite de anteontem. As buscas pelo cacique Valdeci Tembé mobilizaram um helicóptero da Funai e cerca de 800 índios. No sábado, o cacique estava com policiais militares e fiscais do Ibama que foram atacados a tiros durante uma ação policial para retirar madeira apreendida dentro da terra indígena. Há dois meses, os índios pediram providências ao Ibama contra a extração ilegal de madeira na área - FSP, 5/12, Poder, p.A11; O Globo, 5/12, País, p.9.
Índios exigem demarcação de terras em ato em Brasília
Índios se reuniram em Brasília ontem para exigir a demarcação de terras e entregar à Comissão de Direitos Humanos da Câmara um documento com 20 mil assinaturas em apoio à causa indígena. O ato também reivindica a rejeição da PEC 215 e o julgamento de todas as ações em andamento no Supremo Tribunal Federal que envolvam os direitos indígenas. Participaram da ação cerca de 70 lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul e de diversas regiões do país que defendem a campanha "Eu apoio a causa indígena". A PEC 215, em tramitação na Câmara, transfere do Executivo para o Congresso a competência de aprovar a demarcação das terras indígenas, a criação de unidades de conservação e a titulação de terras quilombolas - FSP, 5/12, Poder, p.A11.
Amazônia
Ação liberta quase 400 tartarugas na região amazônica
Uma ação que resultou na apreensão de quase 400 tartarugas vivas de espécies ameaçadas de extinção, entre elas a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), acaba de ser concluída pela Superintendência da Polícia Federal (PF) em Roraima. Foram devolvidas ao Baixo Rio Branco 362 tartarugas vivas. Foram encontrados 16 animais mortos em consequência de maus-tratos. Os policiais queimaram sete embarcações e grande quantidade de redes de pesca em acampamentos abandonados às pressas pelos tartarugueiros. Sete deles foram presos, mas já estão soltos, após pagamento de fiança no valor de 1 salário mínimo. O superintendente da PF no Estado previu que, no ritmo atual da caça clandestina, a tartaruga-da-amazônia estará extinta naquela região em, no máximo, 20 anos - OESP, 5/12, Vida, p.A24.
A solidez da Zona Franca de Manaus
"A Zona Franca de Manaus impressiona. Seja numa rápida visão da amplitude social que tomou ao longo dos 45 anos de existência, seja na análise detida dos números de sua economia na última década. Sua indústria de transformação, quando comparada ao restante do país, demonstra a solidez de um modelo que, apesar das críticas, segue próspero e vigoroso. Manaus tem uma geração de empregos industriais superior à famosa São José dos Campos, no Vale do Paraíba Paulista. Com 110.122 empregos em 2010, Manaus ocupava o 13o lugar entre os principais polos industriais em termos de volume de emprego na indústria de transformação brasileira. Fora do eixo Sul-Sudeste, Fortaleza é a única capital brasileira com mais empregos industriais do que Manaus", artigo de João Saboia - O Globo, 5/12, Opinião, p.23.
Mudanças Climáticas
Brasil propõe gatilho para elevar metas de Kyoto
Na tentativa de destravar ao menos em parte a pouca ambição dos países na Conferência do Clima da ONU, o Brasil propõe uma espécie de gatilho para aumentar as metas de reduções de emissões das nações que se comprometerem com o segundo período do protocolo de Kyoto. O Brasil propõe que a meta seja elevada no decorrer do período - o que grupo europeu já tinha proposto -, mas que essa definição já esteja prevista. "A ideia é que seja possível subir os valores a qualquer momento, sem ter de refazer a emenda ou passar por um novo processo de ratificação", explica o embaixador brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil - OESP, 5/12, Vida, p.A24.
Grã-Bretanha se compromete a doar US$ 2,4 bilhões
A Grã-Bretanha anunciou ontem o primeiro compromisso entre as nações ricas de prover um financiamento para medidas de adaptação de nações em desenvolvimento pelos próximos anos. A promessa é distribuir 1,8 bilhão de libras (cerca de US$ 2,9 bilhões) entre 2013 e 1015. O anúncio foi feito pelo secretário de Energia e Mudança Climática, Ed Davey, na Conferência do Clima da ONU, que ocorre em Doha até o fim da semana. A Grã-Bretanha está no grupo de países que se comprometeu em 2009 a colocar, de 2010 a 2012, US$ 30 bilhões em um fundo rápido e mais US$ 100 bilhões até 2020 - OESP, 5/12, Vida, p.A24.
ONU: extremos climáticos são cada vez mais comuns
Extremos climáticos já são considerados normais e representam uma ameaça à espécie humana, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, ao tentar destravar as negociações na COP-18. Ban fez um apelo por uma extensão, ainda que simbólica, do Protocolo de Kyoto - o acordo pelo qual 35 nações ricas se comprometem a cortar emissões e que expira este mês. Em discurso feito para representantes de mais de 200 países, Ban citou o derretimento recorde de gelo no Ártico este ano, as supertempestades e o aumento do nível do mar como sinais da crise. "O anormal é o novo normal", disse ele para os delegados, acrescentando que os sinais de mudanças climáticas estão em toda parte, "dos Estados Unidos à Índia, da Ucrânia ao Brasil, secas dizimaram cultivos essenciais" - O Globo, 5/12, Ciência, p.38.
ONU 'explora desgraça' do clima, diz carta
Uma carta enviada ao secretário-geral da ONU por mais de 120 cientistas, a maioria deles físicos dos EUA e do Canadá, pede que Ban Ki-moon "deixe de explorar a desgraça das famílias" afetadas por desastres climáticos e pare de afirmar que eles foram causados ou intensificados pelo aquecimento. A carta argumenta que, segundo dados do Escritório Meteorológico Britânico, não teria havido aumento significativo da temperatura global nos últimos 16 anos, apesar da emissão crescente de gases do efeito estufa. Para os signatários do texto, "não há como um aquecimento global que não ocorreu ser responsável pelos eventos extremos dos últimos anos". É bom lembrar, porém, que nove dos dez anos mais quentes da história foram de 2000 para cá - FSP, 5/12, Ciência, p.C9.
Alerta na Serra
"Não existe hoje qualquer planejamento eficiente de proteção às APPs (encostas, topo de morros ou terrenos com declive acentuado), seja pelo não cumprimento da lei ou pela omissão das autoridades, que permitem ocupações irregulares nessas áreas, afetando toda a vegetação que sustenta a camada de proteção do solo e, consequentemente, gerando deslizamentos na época de chuvas torrenciais. A ausência do cuidado dessas áreas coloca em risco a vida de milhares de pessoas. A responsabilidade é de todos. Governos precisam começar a enxergar a política ambiental de maneira mais séria. Até hoje, vítimas das chuvas de 2011 continuam sem moradia", artigo de Douglas de Figueiredo - O Globo, 5/12, Opinião, p.23.
Geral
Pecuária de MT tem área menor e produz mais
A pecuária ganha produtividade, ocupa menos área, mas produz mais carne. É o que mostram dados da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Estado líder na produção de carne bovina. A pecuária de Mato Grosso elevou a taxa de ocupação para 1,17 animal por hectare no ano passado, 63% mais do que há 16 anos. Nos últimos quatro anos, a taxa de ocupação cresceu 16%. Nesse período, o rebanho do Estado cresceu 12%, subindo de 26 milhões para 29 milhões de animais. Já a área destinada à pastagem caiu para 24,9 milhões no ano passado, uma redução de 864 mil em relação a 2008, conforme dados da Acrimat - FSP, 5/12, Mercado, p.B9.
Ex-superintendente da SPU assinou contratos sob suspeita
O Ministério Público Federal investiga os contratos de concessão da Ilha de Bagres, em Santos, à São Paulo Empreendimentos, por suspeita de irregularidades. Pelo menos três desses contratos foram assinados por Evangelina de Almeida Pinho, então superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) em São Paulo. Na última segunda-feira, a concessão foi suspensa pela SPU, que terá de pedir anulação dos contratos e reintegração de posse se quiser reaver a ilha e o manguezal do entorno, que é Área de Proteção Permanente (APP). Evangelina foi indiciada pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, suspeita de ter intermediado o pagamento de propina a outro funcionário da SPU, Mauro Henrique Costa Souza, que teria feito parecer favorável a negócios de interesse do ex-senador Gilberto Miranda - O Globo, 5/12, País, p.4; FSP, 5/12, Poder, p.A8.
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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 5/12/2012.
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