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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Maior parte da expansão agrícola ocorreu às custas das florestas tropicais

Um novo estudo, liderado por Holly Gibbs da Universidade de Stanford, concluiu que nas décadas de 1980 e 1990 mais de 55% das novas terras agrícolas foram resultantes da eliminação de florestas intactas e outros 28% de florestas já perturbadas.

As análises dos pesquisadores foram feitas com base no banco de dados com imagens Landsat criado pela Organização para Alimentação e Agricultura (FAO - Food and Agricultural Organization), examinando os caminhos percorridos pela expansão agrícola nas principais regiões tropicais.

Publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo foi motivado pela falta de uma quantificação definitiva das mudanças no uso da terra, apesar dos padrões gerais serem conhecidos.

“Isto confirma que a expansão agrícola não prosperou significativamente de terras anteriormente abertas e que de fato tem sido um dos grandes condutores do desmatamento e das emissões associadas de carbono”, completam os autores.

As terras agrícolas aumentaram em 629 milhões de hectares (ha) nos países em desenvolvimento no período estudado, incluindo um crescimento líquido de mais de 100 milhões de ha em regiões tropicais. Grande parte da expansão se deu no Brasil, Indonésia e Malásia, que atualmente produzem 40% da cana de açúcar, soja e óleo de palma globalmente.
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FONTE : Fernanda B Muller, da Carbono Brasil (Envolverde/CarbonoBrasil)

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