Segunda eutanásia causou a morte do mamífero, que sofria há uma semana da Praia de ItapirubáO drama da baleia-franca encalhada há uma semana na Praia de Itapirubá, em Laguna, Sul do Estado, chegou ao fim exatamente à 1h11min de ontem, quando foi confirmada a morte da fêmea de 40 toneladas depois de uma segunda eutanásia.
O fim da resistência do mamífero, que sofreu imóvel na areia e ainda superou uma primeira tentativa de sacrifício com medicamentos na sexta-feira, comoveu centenas de pessoas que foram ao local na esperança de vê-lo vivo.
No final da noite de segunda-feira, biólogos e médicos veterinários receberam os medicamentos necessários para a segunda eutanásia. Pouco depois da meia-noite, a veterinária Cristiane Koslenikovas, do Instituto R3 Animal, fez a aplicação do coquetel à base de sedativos e relaxantes. Aos poucos, a respiração da baleia foi enfraquecendo até parar completamente e o óbito ser confirmado.
O cenário da manhã, com a baleia morta, despertou sentimentos de compaixão e solidariedade em pessoas como o representante comercial Ocimar Antonio Conte, 51 anos, e a mulher Rúbia Santos, 52, moradores de São José. Eles ainda não tinham visto o animal e alimentavam a esperança de que a situação tivesse um desfecho positivo:
– Dá pena ver um animal assim desse jeito, morrer depois de sofrer tanto – disse Rúbia.
Curiosos acompanharam trabalho da força-tarefa
Por volta das 10h, quando especialistas e pesquisadores contavam com a ajuda de integrantes da Capitania dos Portos, militares do Exército e operadores de máquinas para a remoção da carcaça, dezenas de curiosos já movimentavam a praia.
O motorista Humberto Steiner Araújo, 29 anos, estava de folga na região e levou a mulher Patrícia e os filhos Humberto Filho e Maria Clara para ver a baleia.
A carcaça do mamífero foi deslocada para uma área mais próxima das dunas, onde integrantes do Departamento de Zoologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), de Criciúma, abriram a camada de gordura para retirar amostras das vísceras que serão analisadas. O procedimento deve esclarecer questões como a possível causa do encalhe.
Os trabalhos de necropsia devem ser encerrados hoje. A carcaça da baleia será enterrada nas imediações e em dois anos os ossos devem ser resgatados para novos estudos.
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FONTE : jorn. MARCELO BECKER, Diário Catarinense (15/09/2010).
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