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segunda-feira, 5 de outubro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agrotóxicos, Água, Amazônia, Cidades, Energia, Licenciamento Ambiental, Mudanças Climáticas, Pobreza, Povos Indígenas
Ano 15
05/10/2015

 

Direto do ISA

 
  Entre 2000 e 2013 foram desmatados 222.249 km2 na região Direto do ISA, 4/10.
  A denúncia é da Hutukara Associação Yanomami ( HAY) em documentos enviados ao Ministério Público Federal (MPF/RR) e à Funai/RR. Nele, a associação indígena relata a ocupação por garimpeiros da Base de Fiscalização da Funai na Serra da Estrutura, na região do Alto Catrimani, na Terra Indígena Yanomami Blog do Rio Negro/ISA, 2/10.
  
 

Amazônia

 
  O desmatamento da Amazônia nos nove países amazônicos perdeu fôlego entre 2000 e 2013 em relação ao ritmo verificado nos 30 anos anteriores, com exceção da Venezuela, que mantém tendência de alta. Os números continuam expressivos: desmatou-se 223 mil km2 no período, o que significa 13% da cobertura vegetal original. O dado faz parte de novo estudo "Desmatamento na Amazônia (1970-2013)" lançado pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) Valor Econômico, 5/10, Brasil, p.A2.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  O Pentágono chama de "multiplicação de ameaças". O secretário de Estado americano, John Kerry, alerta para os "novos refugiados". Sua antecessora, a pré-candidata à Presidência dos EUA Hillary Clinton, ressalta a "guerra pela água". Paddy Ashdown, um político veterano britânico, acredita que o planeta vive uma "crise humanitária". Não importa o termo, a população desalojada pelas mudanças climáticas e pelas catástrofes naturais preocupa autoridades mundiais. Estima-se que, desde 2008, cerca de 22,5 milhões de pessoas deixaram suas casas, por ano, devido a eventos extremos do clima - o equivalente a 62 mil casos diários. Este cenário ainda pode piorar O Globo, 4/10, Sociedade, p.36.
  A Índia, terceiro maior poluidor do mundo, anunciou na quinta-feira o plano para conter a emissão de gases de efeito estufa que levará para a 21ª conferência global da ONU sobre o clima, em Paris. O país não se comprometeu com uma redução absoluta dos níveis de emissão de carbono, ao contrário de outras grandes economias poluentes, como os EUA, a União Europeia e o Brasil. No cerne da proposta está a redução da intensidade de emissões por PIB entre 33% e 35% até 2030, tendo como base o ano de 2005. Ou seja: não é um corte absoluto do que o país emitia em 2005, mas uma promessa de poluir menos para o tanto que sua economia crescer. As emissões cresceriam, mas em velocidade menor FSP, 3/10, Mundo, p.A19.
  "Um estudo de Eduardo Haddad, da FEA-USP, estimou que o trânsito da região metropolitana de São Paulo impõe uma perda de R$ 156 bilhões por ano ao PIB brasileiro. O cálculo foi feito só com base no tempo perdido e na decorrente queda de produtividade. Nessa estimativa não entram as mortes prematuras causadas pela poluição do ar. Segundo Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, 3.500 óbitos precoces poderiam ser evitados se valessem aqui os padrões recomendados pela OMS. O trânsito de São Paulo mata muitas pessoas, detona a economia e enlouquece o clima do planeta. Se mudá-lo radicalmente não for encarado como prioridade, o médio e o longo prazo serão lugares muito ruins de se viver", artigo de Marcelo Leite FSP, 4/10, Ciência, p.B21.
  Suzana Kahn Ribeiro não poupa críticas ao empresariado fluminense ao lembrar que o mercado de carbono, que tinha como objetivo implementar as bases para uma economia mais limpa no Rio, não avançou um milímetro desde que a proposta foi discutida, às vésperas da Rio+20, há três anos. A ideia era beneficiar as empresas que emitissem menos gases do efeito estufa: cada tonelada de carbono que deixasse de ser emitida seria transformada num crédito, a ser negociado livremente entre as companhias. "Foi uma frustração grande a gente não ter conseguido fazer o mercado de carbono", lamenta. "O decreto não foi assinado por causa de uma pressão grande das empresas. Elas diziam que perderiam competitividade" O Globo, 4/10, Rio, p.17.
  "Apresentado como um compromisso ambicioso, capaz de colocar o Brasil na posição de um dos líderes do debate sobre as medidas internacionais para conter o aquecimento global, o plano do governo é, na verdade, tímido. Simplesmente mais do mesmo e, em alguns casos, menos do mesmo.Certamente, é razoável que os países em desenvolvimento tenham menores porcentuais de redução das emissões de CO2 que os desenvolvidos. No entanto, isso não justifica a posição brasileira de posar de audaz quando, na verdade, está sendo tímida. Além de constrangedor, é prejudicial ao meio ambiente", editorial OESP, 5/10, Notas e Informações, p.A3.
  
 

Água

 
  O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão do governo da Bahia responsável pela gestão de águas no Estado, confirmou a presença de alto teor de urânio em um poço da zona rural de Lagoa Real, a cerca de 20 km de distância do local onde ocorre exploração de urânio, no município vizinho de Caetité. Os resultados apontaram presença de 60 microgramas de urânio por litro de água, quando o limite para consumo humano estabelecido pela OMS e pelo Conama é de, no máximo, 15 microgramas por litro. O governador Rui Costa promete criar um programa de Monitoramento Permanente na região OESP, 5/10, Metrópole, p.A19.
  Após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado, o governo paulista assinou sexta-feira a autorização para o início das obras de interligação das represas Jaguari (da bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (do sistema Cantareira). O projeto, orçado em R$ 830 milhões, garante o bombeamento de até 8,5 m3/s para o Cantareira e provocou polêmica entre São Paulo, Rio e Minas, estados abastecidos pelo Paraíba do Sul. A ordem para o início das intervenções, no entanto, só deve ser dada em janeiro de 2016, com conclusão prevista para 14 meses - ou seja, em 2017. O aval do governo paulista ocorre sem que as novas regras de operação dos reservatórios do Paraíba do Sul tenham sido referendadas pelo Supremo Tribunal Federal O Globo, 4/10, Rio, p.21; OESP, 3/10, Metrópole, p.A23.
  Escassez do produto, principalmente nos oeste dos EUA, atrai milhões de dólares a projetos de extração e distribuição de água. A água é o recurso escasso que definirá o século 21, como o petróleo abundante definiu o século passado FSP, 3/10, Mercado, p.A25.
  
 

Geral

 
  A Lei Muwaji, que tramita no Congresso desde 2007 e foi aprovada pela Câmara no final de agosto, prevê que qualquer instituição, incluindo órgãos públicos e ONGs, ou até cidadãos comuns, denunciem práticas indígenas que atentem contra a vida, a saúde e integridade, sob pena de omissão de socorro. A lei obriga a denúncia de qualquer prática indígena tida como violenta ou abusiva, como infanticídio, homicídio, abuso sexual ou maus-tratos. Gestantes poderão ser retiradas das aldeias, com anuência, caso se verifique que a criança corre risco de morte. O texto segue ao Senado. A medida divide indigenistas, antropólogos e políticos, que temem que dê margem para desrespeito a práticas tradicionais e culturais dos índios FSP, 5/10, Poder, p.A9.
  É quase certo que a fruta, o legume e a verdura que chegam atualmente à sua mesa não tenham passado por nenhum controle rígido dos níveis de agrotóxicos. A fiscalização, quando é feita, atinge somente uma fração pequena dos produtos e reprova até um terço deles. Por exemplo: análise por amostragem da Anvisa em alimentos típicos da cesta básica que circularam no Estado de São Paulo em 2014 mostrou que 31% tinham agrotóxicos proibidos ou em quantidade acima da permitida para os produtos. Durante todo o ano passado, segundo documento do Ministério da Agricultura, só duas amostras de bananas foram coletadas na Ceagesp para monitoramento FSP, 4/10, Cotidiano, p.B11 e B13.
  As regiões metropolitanas do Brasil, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, estão longe de respeitar os níveis de qualidade do ar recomendados pela OMS. Entre os poluentes que mais prejudicam a saúde, quase todas as estações medidoras passam dos limites. É o caso do material particulado fino, poeira que penetra fundo no trato respiratório. Todos os 27 aparelhos paulistas e fluminenses que medem esse poluente registram médias anuais acima do padrão. A partir de sábado (3), a população poderá acompanhar esses índices pela internet, com o lançamento daPlataforma da Qualidade do Ar. A base de dados reúne os níveis oficiais de poluição atmosférica publicados no Brasil de 2000 a 2014 FSP, 3/10, Cotidiano, p.B6.
  Até o fim do ano, o número de pessoas que vivem em pobreza extrema deve cair para 9,6% da população global, segundo projeção divulgada neste domingo pelo Banco Mundial. Em 2012, essa fatia era de 12,8%. É a primeira vez que o percentual diminui para menos de 10%, desde que o organismo começou a compilar os dados, em 1990. Ainda assim, 2015 chegará ao fim com 702 milhões de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia - critério usado pelo organismo para definir o grupo de extremamente pobres. O desafio, afirma a entidade, é erradicar completamente a pobreza até 2030, em meio ao lento ritmo da economia global O Globo, 5/10, Economia, p.18.
  
 
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