07 de outubro de 2015
(da Redação da ANDA)
Foto: Divulgação
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais lançou no último mês o livro digital sobre o I Encontro do Ministério Público em Proteção à Fauna. A publicação organizada pela Promotora de Justiça, Luciana Imaculada de Paula, traz depoimentos da idealizadora e presidente da ANDA, Silvana Andrade, e de duas colunistas do portal a promotora Vânia Maria Tuglio e a professora Aleluia Heringer.
“A imprensa não apenas informa; ela forma conceitos, modifica ideias, influencia decisões e define valores da sociedade”, afirmou a idealizadora e presidente da ANDA, Silvana Andrade. Por isso, a mídia tem um papel importante para a conquista dos direitos animais.
A jornalista Silvana Andrade reafirmou a importância da parcialidade do trabalho da agência. “A ANDA tem credibilidade justamente por ser uma agência de notícias parcial, porque é setorizada e nasceu para equilibrar o discurso na mídia. Antes, vocês só tinham notícias de animais se fossem, digamos, réus – se um Pit Bull atacasse alguém, por exemplo –, ou se fosse algo bizarro, como uma cabra com cinco pernas, ou nascimentos em zoológicos, algo muito valorizado e pouco educativo, porque a gente sabe quão triste e criminoso é encarcerar animais inocentes em jaulas e gaiolas. Então, a ANDA, hoje, é fonte de notícias para a sociedade e para a imprensa. Tudo que a gente pauta e lança no site acaba tendo uma repercussão muito grande na imprensa tradicional. Eu já considero a ANDA uma grande mídia, porque tem mais de um milhão de acessos por mês”, ressaltou Silvana. Ela defendeu que em 15 anos os direitos animais serão o tema mais importante debatido não só no Brasil, como também em muitos outros países.
A Promotora de Justiça Vânia Maria Tuglio falou sobre a questão animal na contemporaneidade. “A sociedade atual não tolera mais atos de maus-tratos contra os animais, contra seres indefesos, de modo que, sob todos os aspectos, a questão animal nunca esteve tão em voga”, disse. Entretanto, segundo a Tuglio, ainda existem alguns obstáculos a serem superados como o especismo e a falta do reconhecimentos dos animais não-humanos como sujeitos de direitos.
Já Aleluia Heringer explicou a importância da escola para a educação ambiental e a proteção à fauna de crianças e adolescentes. “Os animais também estão nas aulas práticas dos laboratórios de ciências ou de biologia. (…) É nessas iniciativas da escolarização básica que se vai naturalizando o uso do animal como objeto e dificultando o olhar segundo o qual o animal é sujeito de direitos, portador de uma vida. As escolas, sem perceberem, contribuem para isso”, explicou.
O evento ocorreu em 3 e 4 de outubro de 2013, em Belo Horizonte, e contou a presença de representantes do Judiciário, veterinários, estudiosos e ativistas. Os palestrantes abordaram temas como direitos animais, educação ambiental e proteção à fauna. Baixe aqui a publicação em PDF.
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