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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Biodiversidade, Cadastro Ambiental Rural, Energia, Mudanças Climáticas
Ano 14
06/02/2014

 

Direto do ISA

 
  O PL 7.735/2014 pode ser votado na Câmara nos próximos dias. Ele pretende regulamentar o acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade. Leia a análise do ISA sobre alguns dos principais retrocessos para povos indígenas e tradicionais previstos na proposta Blog do ISA, 5/2.
  
 

Água

 
  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que a terceira cota do volume morto do Sistema Cantareira não será usada agora e deve ficar para o inverno. Os serviços de meteorologia preveem que o inverno deverá ter índices menores de chuva do que a média. OESP, 6/2, Metrópole, p.A14.
  A redução da vazão na bacia do Rio Paraíba do Sul deverá ser gradual. Em reunião ontem no ONS, técnicos apontaram a necessidade de se chegar a 110 mil litros por segundo caso a seca se mantenha. O objetivo é preservar estoques de água ameaçados pela crise hídrica. A tendência é que seja definida a redução para 130 mil litros por segundo na próxima reunião do Grupo de Trabalho que acompanha a operação na bacia, no dia 12. Até o dia 28, está autorizada pela ANA a vazão de 140 mil litros por segundo na estação de Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ). Ali, cerca de dois terços das águas do Paraíba do Sul são desviadas para o Rio Guandu, que abastece 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio OESP, 6/2, Metrópole, p.A14.
  O prefeito Fernando Haddad (PT) disse ontem que levará ao comitê criado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para lidar com a crise da água a sugestão de um plano de contingência que envolva diferentes cenários de desabastecimento hídrico. Segundo a Prefeitura, essa iniciativa é encampada pelos outros prefeitos da Região Metropolitana, que se reúnem em um conselho presidido por Haddad. Haddad quer ainda sugerir a criação de um órgão executivo nesse comitê, "que responda ao problema da crise hídrica, que vai repercutir não só no abastecimento, pode repercutir na saúde, na segurança pública" OESP, 6/2, Metrópole, p.A14.
  No Rio e em São Paulo, criminosos lucram na crise hídrica. Traficantes e milicianos instalam redes clandestinas em comunidades fluminenses e cobram das pessoas pelo acesso à água. Na Grande São Paulo, ex-colaboradores da Sabesp vendem sistemas - como um que usa imãs - para burlar os registros de medição. A polícia tenta coibir essas ações FSP, 6/2, Cotidiano, p.C1 e C4.
  "O Sistema Guandu abastece quase 9 milhões de pessoas somente no Grande Rio. É resultado de uma impressionante obra, que remonta à década de 50. Desde então, a população da área beneficiada pelo abastecimento triplicou, mas o Guandu não aumentou seus níveis de captação, tratamento e distribuição de água na mesma proporção. Problemas adicionais, como desperdício e a permanência de altos volumes de poluição na rede fluvial que alimenta o sistema, entre outros, contribuem para potencializar a crise da água no estado. Desarmonia entre crescimento demográfico e ampliação da capacidade de prover o abastecimento da população é fruto da falta de planejamento", editorial O Globo, 6/2, Opinião, p.20.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  Enchentes seguidas por semanas de seca, ondas de calor constantes, ressacas que invadem a pista dos aeroportos e a orla da praia. Até o fim do século, o Rio vai mudar de cara - e não será para melhor. As mudanças climáticas prometem multiplicar eventos que já assustam o carioca, como o aumento da temperatura e os deslizamentos de terra após tempestades. A previsão é assinada pela própria prefeitura, no relatório "Rio resiliente: diagnóstico e áreas de foco". Divulgado no mês passado, o documento servirá como guia para a criação de novas ações emergenciais O Globo, 6/2, Sociedade, p.27.
  Um novo estudo mostra que as vastas cadeias de vulcões escondidas no fundo dos oceanos se agitam em ciclos regulares, que variam de duas semanas a cem mil anos, entrando em erupção quase exclusivamente nos primeiros seis meses de cada ano. E tais pulsos, aparentemente ligados a variações de curto e longo prazo na órbita da Terra e no nível do mar, podem ajudar a dar a partida em mudanças climáticas naturais O Globo, 6/2, Sociedade, p.27.
  
 

Energia

 
  "Qual é nossa estratégia diante das questões globais na área do petróleo e com a redução dos preços? Que vamos fazer no pré-sal? Na nossa matriz de combustíveis para veículos e em suas ligações com os problemas do clima? Vamos ouvir o que o mundo diz sobre a energia eólica? Chegamos a 4.708 MW no final de 2014, que poderiam ser mais com a instalação de linhas de transmissão e maior investimento; mas espera-se chegar ao final deste ano com 10.354 MW (4,7% da matriz energética nacional). Para 2023 a projeção é de 25,6 GW. Na solar, a participação na matriz energética nacional ainda é de apenas 1,03%. Mas os custos poderão baixar", artigo de Washington Novaes OESP, 6/2, Espaço Aberto, p.A2.
  "As fontes renováveis de energia - biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), eólica e solar fotovoltaica - devem proporcionar grande parte da solução para uma matriz elétrica diversificada, limpa, segura, econômica e abundante no País. Estamos presenciando o movimento em direção às renováveis no Brasil e no mundo - uma revolução energética. A energia renovável está cada vez mais competitiva e os projetos podem ser construídos rapidamente, atendendo à crescente demanda por energia no País. As fontes renováveis de energia representaram mais da metade do aumento na capacidade de geração no ano - 3,9 GW dos 7,5 GW instalados em 2014, de acordo a Aneel", artigo de Camila Ramos OESP, 6/2, Espaço Aberto, p.A2.
  "O setor elétrico está vivendo uma crise sem precedentes, consequência da intervenção desastrosa do governo via medida provisória no 579. A seca apenas agravou o desequilíbrio criado com a mudança nas regras contratuais e o cancelamento do leilão de energia no final de 2012. O nível dos reservatórios é só mais um resultado da política populista que estimulou o consumo mesmo frente aos evidentes sinais de problemas na oferta. Em pouco mais de dois anos, o setor acumula desequilíbrios financeiros acima de R$ 100 bilhões e a Eletrobras se inviabilizou, sem que isso pudesse impedir aumentos extraordinários de tarifas em 2014 e 2015", artigo de Elena Landau -FSP, 6/2, Tendências/Debates, p.A3.
  
 

Geral

 
  A três meses do fim do prazo para a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), a maior parte das terras brasileiras ainda não está no sistema. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, dos 371,8 milhões de hectares que podem ser cadastrados, apenas 132,2 milhões (35,5%) o foram até a última terça-feira. O novo Código Florestal estabeleceu que todos os imóveis rurais sejam cadastrados no CAR. O processo começou em maio do ano passado e vai até 5 de maio de 2015, prazo que pode ser prorrogado ou não por mais um ano. Ainda não há decisão sobre uma eventual prorrogação. Segundo o governo, Mato Grosso está no topo da lista, com mais de 80% da área cadastrada. Na outra ponta está o Rio Grande do Sul: 0,19% O Globo, 6/2, País, p.13.
  O atraso nas obras da BR-163 está fazendo com que empresas que investiram bilhões em terminais portuários de transporte de grãos no Pará trabalhem abaixo da sua capacidade ou reduzam o ritmo dos investimentos na região. O governo começou os trabalhos para asfaltar cerca de 700 km de estrada em 2007, prometendo a rodovia pronta em 2011. Faltam 150 quilômetros a serem asfaltados, e a previsão, agora, é que a estrada fique pronta em 2017. Pela BR-163, os grãos produzidos na região norte de Mato Grosso chegariam ao distrito de Miritituba, em Itaituba (PA), onde, por barcaça, alcançariam outros portos do Estado para então serem exportadas FSP, 6/2, Mercado, p.B5.
  
 
Imagens Socioambientais

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