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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agricultura, Água, Cadastro Ambiental Rural, Energia, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas
Ano 14
02/02/2015

 

Povos Indígenas

 
  Preocupadas com informações divulgadas na imprensa de que alguns candidatos estão costurando apoios em troca de ressuscitar propostas que limitam, reduzem/extinguem direitos dos povos indígenas, as organizações que formam a Mobilização Nacional Indígena cobram dos parlamentares o compromisso com direitos garantidos na Constituição Direto do ISA, 30/1.
  
 

Água

 
  Não é só a seca histórica que explica por que quatro das sete maiores regiões metropolitanas do país estão ficando sem água para abastecer suas cidades. Especialistas em recursos hídricos apontam a falta de planejamento dos governos e a demora dos gestores públicos na execução de obras importantes como corresponsáveis pela situação vivida por Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Recife, onde o ritmo da construção de novos sistemas produtores de água não acompanhou a velocidade do crescimento populacional. Das três regiões metropolitanas do Sudeste que convivem com a possibilidade de decretar rodízio de água nos próximos meses, nenhuma inaugurou um novo manancial ou represa de grande porte nos últimos 22 anos. Ao longo dessas duas décadas, o número de habitantes de Rio, São Paulo e Belo Horizonte aumentou 16,5%, passando de 17,1 milhões para 19,9 milhões - sem contar os municípios vizinhos O Globo, 1/2, Rio, p.16.
  No Rio, a Cedae começa nesta segunda-feira uma megaoperação para identificar furtos de água em sistema de abastecimento. Segundo a companhia, 20% de todo o volume captado do Rio Guandu - o equivalente a 720 milhões de litros diariamente - são desviados em ligações irregulares. Para promover a ação contra os “gatos”, a concessionária aumentou, na semana passada, o número de agentes responsáveis pela fiscalização. Na mira dos agentes da Cedae estão fábricas de gelo, motéis e hotéis, chuveirinhos de praia e lava-jatos. Mas outros tipos de estabelecimentos também serão visitados pela força-tarefa do estado O Globo, 2/2, Rio, p.7.
  
 

Energia

 
  Cabe ao Ibama monitorar as dezenas de "condicionantes" socioambientais assumidas pela Norte Energia S.A (Nesa) como precondição para a licença de operação (LO) da usina de Belo Monte. Sem a licença não se enchem os lagos nem se movimentam as turbinas. O atraso maior se deu no componente indígena. Só em 2014 começaram de fato as melhorias nas aldeias das sete terras indígenas sob influência de Belo Monte. Há mais problemas. Um deles é a desintrusão (expulsão de não índios) das terras indígenas Cachoeira Seca do Iriri (dos Arara) e Apyterewa, (Paracanã), que figura entre as condicionantes da usina. Nem Funai nem Ibama dão resposta direta sobre ser a desintrusão uma condição necessária para a LO FSP, 1/2, Mercado, p.B5.
  Cerca de 1.500 famílias já foram removidas para os novos bairros construídos pela Nesa. Em dezembro faltava relocar pelo menos 2.600 famílias, 64% do total cadastrado. Em contraste, restavam só 33% das obras civis da usina por concluir. Quase 30 mudanças são feitas por dia. Em teoria, o reassentamento teria de terminar no final de março, mas deve atrasar. Até julho a Norte Energia precisaria concluir o saneamento dos igarapés Altamira, Ambé e Panelas e construir pontes sobre áreas que permanecerão inundadas quando o reservatório principal começar a encher, em agosto. Com o barramento do rio, essa seria a condição definitiva. Daí a pressa na remoção FSP, 1/2, Mercado, p.B6.
  O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que o governo vai colocar em prática um plano emergencial para garantir o abastecimento de energia no País nos horários de maior demanda, entre 14h e 17h. O foco é incentivar o uso de geradores próprios pelo comércio, shoppings centers e hotéis durante a tarde e a produção de energia por indústrias e produtores independentes. Braga disse ainda que o Brasil enfrenta uma crise hídrica e não uma crise energética e admitiu que novas medidas podem ser anunciadas em breve O Globo, 2/2, Economia, p.18; OESP, 2/2, Economia, p.B5; FSP, 2/2, Mercado, p.B3.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontam que 2014 foi o ano mais quente jamais identificado, mas alertam que é a tendência que mais preocupa: dos 15 anos com as temperaturas mais elevadas da história, 14 ocorreram desde 2000. O único ano fora do século 21 que entrou na lista foi o de 1998. No Brasil, o Sudeste registrou no ano passado temperaturas de 1oC a 2oC superior à média entre os anos 1961 e 1990. O aumento ficou acima da elevação das temperaturas no restante do mundo. Segundo os especialistas, o que surpreende é que as temperaturas elevadas de 2014 ocorreram "na ausência de um El Niño totalmente desenvolvido". A OMM aponta que em 1998 o El Niño teve "grande influência" OESP, 2/2, Metrópole, p.A13.
  A cidade de São Paulo está vivendo a temporada chuvosa mais seca dos últimos 30 anos. Desde 1985, não chovia tão pouco entre os meses de outubro e janeiro. Os dados são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), cuja série histórica na cidade acumula 48 anos. Com índice de precipitação de 502 mm entre outubro de 2014 e janeiro de 2015, a atual estação chuvosa é, portanto, a segunda pior em quase 50 anos. A média é de 753,6 mm. A falta de chuvas se reflete também no Sistema Cantareira, hoje à beira de um colapso FSP, 2/2, Cotidiano, p.C4.
  Exímios pescadores, os bajaus são recebidos com crescente hostilidade nas vilas costeiras dos países. A comunidade de 100 mil pessoas é uma das menos conhecidas e mais discriminadas do mundo. Parte do anonimato se deve à falta de um lar. A alcunha "nômades do mar" faz jus a um povo que há mais de mil anos migra no litoral de cidades do Triângulo dos Corais, a região de maior biodiversidade marinha do planeta, entre países como Filipinas e Indonésia. Porém, as Filipinas estão entre os países mais vulneráveis a eventos climáticos extremos, como furacões, e onde já se observa o maior aumento do nível do mar. Durante o século XX, as águas se elevaram a ritmo de até 12 milímetros por ano, quatro vezes mais do que no resto do planeta O Globo, 1/2, Sociedade, p.37.
  
 

Geral

 
  "No apagar das luzes de 2014, o governo tornou sigiloso o nome dos donos das propriedades rurais inscritas no cadastro ambiental, medida capaz de tornar muito mais difícil o cerco e a punição das empresas desmatadoras. Também à sombra das comemorações de fim de ano, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, em pleno recesso, deu liminar suspendendo a publicação da lista dos empregadores flagrados usando trabalho escravo, anualmente atualizada e publicada no site do Ministério do Trabalho", coluna de Helena Celestino O Globo, 1/2, Mundo, p.40.
  "O Brasil tem grandes extensões de terras degradadas no Cerrado e em algumas regiões da Amazônia, em razão de uma gerência equivocada e da adoção de práticas inadequadas de manejo. Sabemos que a melhor alternativa para a expansão das áreas de produção agrícola é a reabilitação desses espaços degradados. Temos tecnologia para fazê-lo. No entanto, falta-nos uma política nacional de uso sustentável e um programa que propicie incentivos adequados para a reabilitação das terras que estão atualmente impróprias para o plantio", artigo de Antonio Alvarenga, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura O Globo, 2/2, Opinião, p.15.
  
 
Imagens Socioambientais

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