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Questão Agrária
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Operação policial revela esquema de compra de lotes de assentamento, no Mato Grosso. Segundo Polícia Federal, ação seria liderada por irmãos do atual ministro da Agricultura, Neri Gueller (daí o trocadilho do título do texto). Justiça Federal enviou processo ao STF por causa de menções a ele nos depoimentos. Confira artigo de Márcio Santilli sobre o assunto - Blog do PPDS/ISA, 4/12. |
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O juiz federal Pablo Zuniga Dourado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mandou soltar todos os 34 presos da Operação Terra Prometida, que foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 27 e levou à prisão dois irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller, sob suspeita de fraude na negociação de assentamentos em Mato Grosso. A determinação atende a pedido da defesa do produtor rural Antônio AdMattei, que foi estendida aos demais presos. A operação tem como alvo uma organização criminosa com atuação na região de Lucas do Rio Verde e Itanhangá que fraudava documentação de concessão em terras da reforma agrária em dois loteamentos, o de Itanhangá e o de Tapuráh - OESP, 5/12, Política, p.A7; FSP, 5/12, Poder, p.A12. |
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Mudanças Climáticas
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A água nas profundezas do oceano em torno da Antártica ficou mais quente nas últimas décadas, aos poucos "comendo" por baixo as gigantescas plataformas de gelo e ameaçando a integridade do imenso manto gelado. Um grupo internacional de pesquisadores pela primeira vez verificou o aumento na temperatura da água próxima ao leito da plataforma continental antártica, que estaria por trás do rápido derretimento das plataformas de gelo. Caso apenas as plataformas de gelo sobre os mares de Amundsen e Bellingshausen, na Antártica Ocidental, venham de fato a sumir ao longo dos próximos séculos, o nível médio global dos oceanos vai subir quase cinco metros, inundando cidades e regiões costeiras que hoje são lar da maior parte da população da Terra - O Globo, 5/12, Sociedade, p.30. |
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O esboço de um acordo global de reduções de emissões de gases-estufa que está em negociação na 20ª Conferência do Clima da ONU, a COP 20, no Peru, incluiu um conceito criado por diplomatas brasileiros: dividir os países em desenvolvimento em diferentes graus de responsabilidade pelo aquecimento. A ideia tenta destravar as negociações, permitindo que gigantes emergentes como China, Brasil e Índia assumam compromissos mais ambiciosos de cortes de emissões. Os países mais pobres entre os pobres, sobretudo na África e na Ásia, ficariam livres de cumprir meta. Em troca, países ricos teriam de garantir um fluxo financeiro para ajudar todas as nações em desenvolvimento na transição para uma economia limpa - FSP, 5/12, Ciência, p.C10. |
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"Em 2015, se a seca persistir, estaremos na bizarra situação de poluir mais por uso de energia e não ter luz para todo mundo: a mais perfeita tradução da estagflação climática, prenunciando a econômica. É um quadro constrangedor para o país, que chegou nesta semana a Lima para negociar na COP 20, o rascunho do futuro acordo global de redução de emissões. A liderança que o Brasil um dia teve nesse campo pode passar a outros, como EUA e China, que dobraram a aposta em energia limpa. A boa notícia é que há tempo para o país agir, colocando na mesa compromissos ambiciosos de redução para depois de 2020. Mas há um risco real de vermos o mundo avançar na descarbonização enquanto ficamos parados na pista", artigo de Carlos Rittl - FSP, 5/12, Tendências/Debates, p.A3. |
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Energia
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A consultoria PSR acredita que os modelos oficiais adotados por órgãos ligados ao governo federal podem estar considerando uma eficiência inexistente no sistema elétrico brasileiro. A conclusão leva em conta o resultado de um estudo da própria PSR identificando que as usinas estariam utilizando 4% mais água para gerar o mesmo volume de carga. Além disso, o estudo identificou que atualmente não há um adicional de geração de energia, como órgãos do governo costumam atestar. Ocorreria exatamente o contrário, um déficit, que exigiria a contratação adicional de cerca de 1,5 mil megawatts médios de energia - OESP, 5/12, Economia, p.B10. |
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A EDP Energias do Brasil prevê colocar em operação nas próximas semanas a terceira, e última, turbina da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, no rio Jari, entre o Amapá e o Pará. Com o marco, a empresa concluirá a instalação da usina, que iniciou a operação com três meses e meio de antecedência em relação ao cronograma. Santo Antônio do Jari será a primeira concluída nos moldes do conceito de "usina-plataforma" no país. As estruturas auxiliares para a construção foram instaladas em uma área utilizada pela Jari Celulose perto da usina. Com a proximidade do fim da obra, a área está sendo desmobilizada e será devolvida à produtora de celulose. E, no local, será replantada uma floresta de eucalipto - Valor Econômico, 5/12, Empresas, p.B3. |
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Água
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O governador Geraldo Alckmin assinou ontem com a presidente Dilma Rousseff um contrato que garantirá o financiamento de R$ 2,6 bilhões às obras do Sistema Produtor São Lourenço. O empreendimento ajudará a ampliar a capacidade de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo. A previsão é de que a obra beneficie sete municípios a oeste da capital, reduzindo a pressão sobre outros sistemas, como o Cantareira - OESP, 5/12, Metrópole, p.A17; FSP, 5/12, Cotidiano, p.C7. |
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A água que sai do Sistema Cantareira para o Rio Atibaia está chegando às estações de tratamento de cidades da região de Campinas com maior quantidade de minérios e poluentes. Em Atibaia, a cidade abastecida pelo rio que fica mais próxima da represa, os moradores reclamam do cheiro ruim e da cor amarelada. A água que sai das torneiras mancha as roupas e louças sanitárias. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) afirma que o problema decorre da estiagem e do uso do volume morto nas represas do Cantareira pela Sabesp para abastecer a Grande São Paulo. Houve um aumento de minérios como o ferro e manganês na água do Rio Atibaia e, mesmo após o tratamento, o líquido às vezes apresenta alteração na cor - OESP, 5/12, Metrópole, p.A17. |
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Chegada de caminhão-pipa é motivo de agitação no Jardim Cumbica, um dos bairros mais afetados pela seca em Guarulhos, o maior município no estado de São Paulo a enfrentar racionamento de água. Lá, 13% da água é captada por produção própria e 87% são comprados da Sabesp, retirados dos sistemas Alto Tietê (25%) e Cantareira (62%). Desde fevereiro, a distribuição é feita por rodízio: um dia com água, outro sem. Mas os locais mais altos nem sempre são abastecidos, reconhece a Saae, empresa municipal. O jeito de a prefeitura amenizar a situação nos bairros mais afetados é contratar caminhões-pipa - FSP, 5/12, Cotidiano, p.C7. |
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"Dados da Sabesp indicam que 24% dos seus clientes aumentaram o consumo nos últimos meses, em comparação com a média de 2013, mesmo com os incentivos e as campanhas destinadas a levar a população a poupar água. É esse grupo de consumidores que se mostram insensíveis à gravidade da crise que seria visado pelo 'plus', pela multa ou que outro nome possa ter a fórmula destinada a levá-los a gastar menos. Não há como negar que a situação exige medidas mais duras do que as adotadas até agora. As chuvas, que têm sido menos intensas do que a média para esse período do ano, não conseguiram evitar que os seis principais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo registrassem nos últimos dias pequenas quedas", editoriais - OESP, 5/12, Notas e Informações, p.A3. |
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Geral
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Típico da Bacia do Rio Amazonas, o poraquê () usa descargas de alta voltagem para controlar remotamente os músculos de suas presas, de acordo com novo estudo, publicado na edição de ontem da revista Science. O poraquê, também conhecido como peixe-elétrico, produz descargas de até 600 volts, suficientes para matar um cavalo adulto. Até agora, no entanto, a ciência ignorava como funciona de fato o sistema elétrico do animal. Com uma série de experimentos, um pesquisador acaba de revelar que as descargas elétricas do poraquê afetam os neurônios motores que controlam os músculos de suas presas, "sequestrando" assim os circuitos neurais que eles usam para se mover - OESP, 5/12, Metrópole, p.A21. |
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"Remexendo velhos papéis, o autor destas linhas encontra artigo que publicou em 7 de novembro de 1990, na revista Visão, no qual relatava advertências do cientista Stephen S. Morse, da Universidade Rockefeller, na revista The Sciences. Dizia ele que se os avanços do desmatamento e da fronteira agrícola não forem 'acompanhados de rigorosos estudos de impacto ambiental corremos o risco de vir a ser ameaçados nas próximas décadas por um número cada vez maior de perigosos vírus, até aqui confinados a certas regiões ou certas espécies'. E entre esses vírus ele já mencionava o Ebola. Morse propunha: é preciso juntar o trabalho dos virologistas com o dos biólogos de campo. E criar uma rede de centros de pesquisa e controle sanitário nas áreas tropicais. Isso foi registrado em 1990. Quem prestou atenção?", artigo de Washington Novaes - OESP, 5/12, Espaço Aberto, p.A2. |
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