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sexta-feira, 6 de junho de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Amazônia, Áreas Protegidas, Cidades, Trabalho Escravo, Vale do Ribeira
Ano 14
06/06/2014

 

Direto do ISA

 
  Iniciativa é considerada mais uma trincheira de ataque à legislação ambientalista e indigenista e às áreas protegidas e aconteceu em plena Semana do Meio Ambiente - Direto do ISA, 5/6.
   
 

Amazônia

 
  O Brasil apareceu como destaque positivo em dois relatórios que descrevem o país como o que mais reduziu o desmatamento no planeta nos últimos anos, sendo assim o que também mais contribuiu com os esforços para cortar as emissões de carbono. Relatório publicado na edição desta semana da revista Science analisa a série de políticas e fatores internos e externos que levaram a uma redução de 70% na taxa de desmatamento da Amazônia em 2013, na comparação com a média registrada entre 1996 e 2005. Já o segundo relatório, produzido pela organização americana União de Cientistas Preocupados (UCS, na sigla em inglês) traz informações sobre a luta contra o desmatamento em 17 países em desenvolvimento e com florestas tropicais, na África, na América do Sul e no Sul e Sudeste da Ásia. O documento usa estatísticas semelhantes para colocar o Brasil como o maior exemplo de sucesso nesse esforço - O Globo, 6/6, Sociedade, p.34; FSP, 6/6, Ciência, p.C7.
  A queda de 70% na taxa de desmatamento da Amazônia nos últimos anos é fruto de várias ações bem-sucedidas que combinaram políticas de comando e controle e intervenções sobre as cadeias de soja e carne. Mas todo esse ganho é frágil e pode estar em risco, se uma nova abordagem não for adotada. Essa é a mensagem de uma revisão publicada por pesquisadores brasileiros e americanos na edição desta semana da revista Science. O trabalho, liderado pelo americano radicado no Brasil Daniel Nepstad, sugere que é hora de investir em ações territoriais mais integradas, que unam os governos locais, estaduais e o federal com produtores e empresas. E recomenda que se incentivem os bons desempenhos - OESP, 6/6, Metrópole, p.A22.
  Em apenas 200 anos, 47 espécies de aves da Região Metropolitana de Belém, no Pará, podem ter sido extintas localmente. É o que mostra levantamento em torno do impacto da perda de vegetação sobre a avifauna amazônica. O trabalho, publicado na revista Conservation BiologyM/em>, avalia a perda regional, mas também reflete o drama da chegada do desenvolvimento à floresta. Os pesquisadores se valeram de identificações feitas pelos primeiros naturalistas, que chegaram a Belém no começo dos anos 1800 e do último levantamento das aves da região, de 1970. Depois eles começaram a avaliar os registros de visualização daquelas aves depois disso e observaram que cerca de 14% das 329 de terra firme não são vistas desde 1980 - OESP, 6/6, Metrópole, p.A22.
  "No Dia do Meio Ambiente, a única comemoração foi o reconhecimento de um plano para reduzir o desmatamento. Um relatório da União de Cientistas Comprometidos destacou as ações na Amazônia brasileira na década passada como uma contribuição sem precedentes para atrasar o aquecimento global. Para os cientistas, reduzir o desmatamento não impede o desenvolvimento, como mostra o crescimento da economia rural no período, com vários acordos para frear práticas ilegais na produção de carne e de soja, por exemplo. Surgem agora dúvidas. Os cientistas veem risco em mudanças no Código Florestal e no aumento de 28% na taxa de desmatamento em 2013. O que será no futuro? Logo saberemos", artigo de Marina Silva - FSP, 6/6, Opinião, p.A2.
   
 

Vale do Ribeira

 
  O governo do Estado de São Paulo planejava anunciar ontem uma nova unidade de conservação da Mata Atlântica, o Parque Estadual do Taquari, de 245 km². Localizado no Vale do Ribeira, ele formaria um mosaico de proteção com os atuais parques estaduais do Petar, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Carlos Botelho. Mas o anúncio teve de ser adiado por causa da oposição de ambientalistas e de uma ação civil pública, pedindo a suspensão do processo administrativo de criação do parque. Ambientalistas se opõem à criação do parque pelo fato de a área em questão já ser protegida há mais de 40 anos por uma empresa privada, a Agro Industrial Eldorado, que mantém vigilância permanente no local - OESP, 6/6, Metrópole, p.A22.
  A área total da Fazenda Nova Trieste é de 30 mil hectares (300 km2). Pela proposta da Secretaria do Meio Ambiente, o Parque Estadual do Taquari ocuparia cerca de 80% disso (245 km2). Cerca de 15% permaneceria como área privada. O restante seria separado como uma área quilombola, que se sobrepõe ao perímetro atual da fazenda. Discute-se também a possibilidade de criar uma Floresta Estadual de 200 km2, para uso público, na parte leste da propriedade. Apesar do nome "fazenda", não há atividades agropecuárias no local - OESP, 6/6, Metrópole, p.A22.
   
 

Geral

 
  O Congresso promulgou ontem a emenda constitucional que determina a expropriação de terras que mantiverem trabalhadores em regime análogo ao de escravidão. Com a nova lei, as terras desapropriadas devem ser destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular -sem indenizações ao proprietários. As mudanças, porém, só vão entrar em vigor em definitivo depois que o Congresso aprovar outro projeto que definirá o que é trabalho escravo, assim como o modelo de desapropriação das terras. Senadores querem retirar do projeto as "jornadas exaustivas" e "trabalho degradante" como parte da tipificação de trabalho escravo, mas o Código Penal tipifica o trabalho escravo incluindo essas duas categorias - O Globo, 6/6, País, p.8.
  "A Cetesb e a OMS advertem que os níveis de poluição da atmosfera em São Paulo continuam acima dos recomendáveis para a saúde humana. Os índices da OMS admitem até 20 microgramas por metro cúbico de ar para a média anual; São Paulo esteve com 35 microgramas em 2012, que resultam principalmente da queima de combustíveis. A poluição do ar matou 99 mil pessoas no Estado de São Paulo entre 2006 e 2011. Só em 2011 foram 17 mil. É um panorama que mostra que precisamos avançar com a inspeção veicular em todo o País, principalmente em São Paulo. E que na capital paulista não faz sentido o retrocesso de acabar com o rodízio uma vez por semana. Precisamos de mais, não de menos", artigo de Washington Novaes - OESP, 6/6, Espaço Aberto, p.A2.
   
 
Imagens Socioambientais

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